Na última sexta-feira (26/06) os conhecidos senadores
norte-americanos Marco Rubio (Republicano) e Bob Menéndez (Democrata) fundaram
o IPAC (Aliança Interparlamentar contra a China), um novo bloco reacionário
ianque para manter a pressão contra o antigo Estado Operário asiático, que
ameaça a hegemonia do imperialismo em vários terrenos. O IPAC é liderado pela
pelos Estados Unidos, com apoio dos títeres Austrália e Japão. Na direção
executiva do IPAC, estão figuras da extrema direita, que impulsionam a campanha
pela “democracia” em de Hong Kong, como o Dr. Darren Mann, cirurgião britânico
com experiência em zonas de guerra e conflitos armados, e o vice-presidente do
Congresso Mundial Uigur (minoria muçulmana da China) Robert L. Suettinger, que
estranhamente tem sua sede em Munique, sem um único representante da minoria
religiosa. O IPAC “envolveu” membros de doze parlamentos nacionais, incluindo
os do Partido Verde Alemão, Margarete Bause - membro do Bundestag alemão - e
Reinhard Bütikofer - membro do Parlamento Europeu - que estão entre os
vice-presidentes da entidade imperialista. Um dos objetivos do IPAC é conseguir
que a União Européia aplique as sanções econômicas dos Estados Unidos contra o
governo de Pequim, uma proposta que sequer conta com o apoio da maioria dos
governos europeus, mas sim com o do Parlamento Europeu. Em março deste ano,
durante a Conferência de Segurança de Munique, Reinhard Bütikofer, um membro
ambientalista do Parlamento Europeu, já propôs a criação de um grupo de pressão
legislativo contra a China, ele agora é vice-presidente do IPAC.
Na Alemanha, o Partido Verde é a espinha dorsal da política
imperialista dos Estados Unidos na Europa, e seus parlamentares não se importam
em coincidir com a escória ao estilo reacionário mais podre dos Estados Unidos,
como os senadores Rubio e Menéndez. Em particular, o ecologista Bütikofer é um
cão de rapina que se declarou um defensor de várias guerras imperialistas
realizadas por seu país, como a da Iugoslávia em 1999, na qual a OTAN
bombardeou a embaixada chinesa em Belgrado. As medidas do governo chinês em
Hong Kong e Xinjiang (região do conflito com a minoria muçulmana) são o
pretexto para a campanha de sabotagem imperialista. O patético neofascista
Trump em breve promulgará uma moção sobre Xinjiang, ao estilo da que está em
vigor em Hong Kong desde o ano passado. O ecologista Bütikofer falou
recentemente a favor da criação de um mecanismo de sanções concentradas a
partir do continente europeu, a fim de alcançar "a imposição de sanções
por violações dos direitos humanos por líderes do Partido Comunista
chinês".
Há algum tempo na Grã-Bretanha, um grupo de apoio
particularmente submisso aos Estados Unidos insiste em que a decisão do governo
britânico sobre o envolvimento limitado da Huawei no estabelecimento da rede 5G
britânica seja anulada. Recentemente, o último governador colonial britânico de
Hong Kong e o ex-comissário de Relações Exteriores da União Europeia, Chris
Patten, conclamou com base na nova lei de segurança decidida pela China em Hong
Kong, para que os governos imperialistas adotassem medidas conjuntas contra
China. O apelo teve como objetivo mobilizar o maior número possível de
parlamentares para adotar uma política de confronto armado com Pequim. O
sinistro apelo do ex-governador colonial britânico recebeu apoio especialmente
entusiasmado dos Verdes alemães. A cooperação entre os verdes alemães e a
reação mais obscurantista dos Estados Unidos tem uma longa tradição na política
do imperialismo em relação à China. Os ambientalistas alemães e a reação
americana apoiam há muitos anos os círculos tibetanos vinculados ao Dalai Lama,
que recorrem ao terrorismo em oposição ao regime de Pequim, chegando a exigir
que o Tibet se separe da China. Na histeria reacionária contra as ações do
governo de Pequim em Xinjiang, a extrema direita dos EUA e os ambientalistas
alemães estão trabalhando de mãos dadas. Os Verdes (talvez mais pelas notas de
dólares que recebem da Casa Branca) se opõem ao justo combate da China contra
os fanáticos jihadistas uigures, enquanto defendem os crimes maciços cometidos
desde “11 de setembro” pelos imperialistas ianques em sua "guerra ao
terror", como sequestros, torturas e assassinatos em massa.