O ministro das Relações Exteriores do Reino Unido, Dominic
Raab, anunciou nesta segunda-feira (06/07) sanções contra indivíduos e
organizações russas por alegadas violações de direitos humanos: "Este
governo está comprometido com o Reino Unido ser uma força cada vez mais forte
para o bem no mundo. Vamos responsabilizar os autores dos piores abusos dos
direitos humanos”. O porta voz do imperialismo britânico, atua como um mero
capacho da Casa Branca, já que o desmoralizado Trump não quer se “queimar” com
Putin, às vésperas da corrida eleitoral norte-americana. Os falcões do
Pentágono cobram cada vez mais uma posição mais dura em relação aos seus
adversários militares mundiais, como Rússia, China, Irã e Coreia do Norte. São
49 grupos e cidadãos da Rússia sancionados, um ato simbólico sem grandes
efeitos econômicos mas que sinaliza uma disposição de guerra em um futuro cada
vez mais próximo. As sanções são baseadas na "Emenda Magnitsky",
legislação de 2018 que permite ao governo britânico sancionar supostos violadores
de direitos humanos, desde que sejam inimigos do imperialismo. As regras
britânicas são inspiradas em legislação semelhante aprovada pelos Estados
Unidos. O nome da lei é uma homenagem a Sergei Magnitsky, um contador russo que
morreu em uma prisão russa depois de ser acusado de um esquema de fraude
fiscal. A imprensa afirmou na ocasião que Magnitsky era um delator que
denunciou casos de corrupção. Barack Obama, então presidente dos Estados
Unidos, aprovou a lei que proibiu oficiais russos acusados de participação na
morte de Magnitsky de visitar ou usar o sistema bancário dos Estados Unidos.” O
caso está encerrado. Aqueles com sangue nas mãos não estarão livres... para
entrar neste país, comprar propriedades na Kings Road, fazer compras de Natal
em Knightsbridge ou desviar dinheiro sujo pelos bancos britânicos",
afirmou cinicamente o Ministro Raab, seguindo instruções do seu reacionário
chefe Boris Jonhso. As sanções atingem 25 autoridades russas acusadas pelo
Reino Unido de envolvimento na morte de Magnitsky. Também foram sancionadas
duas entidades por sua suposta participação na operação de prisões na Coreia do
Norte. As ações diplomáticas do Reino Unido contra Rússia e Coréia do Norte, complementam a investida militar do
imperialismo ianque contra a China, em um estágio de belicosidade muito mais
avançado. O proletariado mundial não pode ficar neutro neste conflito, ainda
que esteja em sua etapa inicial. Os Marxistas Revolucionários não são
partidários do regime restauracionista de Putin, porém frente às investidas da
OTAN contra países soberanos, estabelecer a linha da omissão seria um
gravíssimo equívoco programático e político, que negaria todo o legado de Lenin
e Trotsky acerca do caráter do imperialismo como o principal inimigo dos povos.