domingo, 5 de julho de 2020

NÃO A ANEXAÇÃO DA CISJORDÂNIA PELO ENCLAVE SIONISTA: RESPONDER A OFENSIVA DE ISRAEL CONTRA A PALESTINA COM UMA NOVA INTIFADA PARA DERROTAR O PLANO DE TRUMP E NETANYAHU!


No dia 1º de julho de 2020, conforme anunciado pelo chacal primeiro ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, deveria ter se “iniciado” oficialmente a anexação da Palestina, 30% da Cisjordânia, que inclui o vale do rio Jordão, todos os assentamentos ilegais e a margem norte do Mar Morto, conforme o plano de Donald Trump intitulado cinicamente como "Acordo do Século". O único acordo ali estabelecido, obviamente, é entre Israel e Estados Unidos, que criaram um meio para oficializar a colonização das terras palestinas, assentamentos sionistas, efetivação da limpeza étnica. O projeto de perseguição aos palestinos e o roubo de seu território histórico teve como um dos pontos cruciais a partilha de 1947 e a posterior Nakba, Catástrofe, quando foi executada a expulsão de um enorme contingente de palestinos – mais de 80% da população que habitava o que se tornou Israel foi deslocada -, gerando refugiados internos e externos, hoje somando 5,6 milhões. Fato é que para muitos palestinos essa catástrofe não se encerra. O regime de apartheid e colonialismo da Palestina por parte de Israel ocorre desde 1948. A ocupação de Jerusalém, desde 1967 já é uma anexação do território. O que "Acordo do Século" avança contra os palestinos? Intitulado “Paz para a prosperidade: uma visão para melhorar a vida do povo palestino e israelense”, dentre as inúmeras propostas, neste plano Trump propõe a anexação da região do rio Jordão pelo Estado de Israel. Segundo o documento publicado pela Casa Branca, "O plano designa fronteiras defensáveis para Israel (…) conferindo-lhes a maior responsabilidade pelas terras a oeste do rio Jordão" bem como para os palestinos "alocando terras aproximadamente comparáveis a Cisjordânia e Gaza para estabelecer um Estado Palestino. As ligações de transporte permitiriam um movimento eficiente entre Gaza e a Cisjordânia..." O que podemos retirar desse projeto é a implementação de expropriação das terras palestinas, expulsão do povo palestino de suas casas, a larga ocupação da área fértil e agrícola do rio Jordão, o alargamento da faixa de dominação israelense no entorno de Jerusalém, além  da oficialização de Jerusalém como capital de Israel, como já era de interesse de Trump desde o início de seu mandato. Outras novidades vêm à tona, como a criação de um "arquipélago palestino" formado por aproximadamente oitenta ilhotas de terras subdivididas, que não estarão ligadas, ou seja, um aumento do controle exercido por Israel das fronteiras e, consequentemente, aniquilação total da Palestina. Um outro ponto crucial no plano de Trump é a perda do "Direito de Retorno" pelos refugiados palestinos, estabelecido demagocicamete através da resolução 194 da ONU. Alertamos que a única alternativa que poderá dar uma resolução cabal à legítima reivindicação nacional do povo palestino, assim como livrar as massas e trabalhadores da região de seus gigantescos sofrimentos ao longo de vários séculos, é a defesa de uma Palestina Soviética baseada em conselhos de operários e camponeses palestinos e judeus. A expropriação do grande capital sionista, alimentado em décadas pelo imperialismo ianque, impossível de ser conquistada sem a destruição do Estado de Israel, garantirá a reconstrução da Palestina sob novas bases, trazendo para seu povo o progresso e a paz tão almejada durante mais 70 anos de guerra de rapinagem imperialista na região.

A “paz” imperialista repousa essencialmente na renúncia da Palestina a todos os seus direitos legítimos de retomar seu território histórico, esquecendo às ocupações israelenses e consentindo em ser apenas um Estado “bantustão” fantoche. Em outras palavras, o objetivo é legitimar e dar permanência às ocupações e agressões de Israel. Para os Marxistas Revolucionários fica evidente que os planos de Donald Trump para o Oriente Médio equivalem a uma rendição da Palestina e preparar as condições futuras para nova guerra na região contra o Irã. Não existe outra alternativa para as massas palestinas e seus aliados árabes, que não seja a destruição revolucionária do gerdame militar de Israel, incrustado artificialmente na região pelo imperialismo ianque. Os Marxistas Leninistas combatem na mesma trincheira do Hamas, mas sem a subordinação ao seu programa ou a sua direção política. Da mesma forma estamos no campo militar da Fatah e do Hezbolah contra o sionismo, mantendo nossa completa independência política. A estratégia que apontamos como um norte na luta pela destruição do Estado terrorista é a construção de uma República Palestina Soviética, baseada em conselhos de trabalhadores das várias nacionalidades que povoam historicamente aquela região milenar!