quarta-feira, 15 de julho de 2020

ESTAFETA DOS RENTISTAS: PAULO GUEDES PREPARA PLANO DE GUERRA CONTRA OS TRABALHADORES... ENQUANTO ESQUERDA REFORMISTA SÓ PENSA NO CIRCO ELEITORAL


O estafeta dos rentistas, o “tichuthuca” Paulo Guedes, vai voltar à carga com seu programa de reformas trabalhistas e tributárias neoliberais enquanto a esquerda reformista (PT, PSOL e PCdoB) só tem olhos para o circo eleitoral que se próxima com a disputa para as prefeituras em novembro. 

Ele quer a capitalização da Previdência, na qual cada trabalhador é que tem de poupar para a aposentadoria. O ministro também trabalhará pela criação de um imposto sobre transações digitais, nos moldes da extinta CPMF. Também quer ampliar a contratação por hora trabalhada, em vez de salário mensal. 

Passada a fase de capacitação, Guedes defende que a contratação dessas pessoas depende da extinção da contribuição previdenciária patronal de 20% sobre a folha de salários. A ideia da equipe econômica é substituir essa contribuição pelo imposto sobre transações digitais. Seria similar à CPMF (o imposto do cheque), embora o canalha rejeite essa comparação. As alíquotas ainda estão em definição pela equipe econômica. Também está em debate se o imposto será cobrado por qualquer movimentação financeira ou só em compras com cartão e pelo sistema de pagamentos instantâneos desenvolvido pelo BC (Banco Central). Guedes também quer criar um regime de trabalho mais flexível. Com isso, o governo deve enviar ao Congresso Nacional uma proposta para criar o regime de contratação por hora trabalhada. Na prática, será definido um valor mínimo por hora trabalhada, com base no salário mínimo. Hoje já existe o trabalho intermitente, pago por hora. Mas no regime intermitente não é possível que o contrato seja contínuo e sem intervalos. 

A ideia original era de que no regime de hora trabalhada não existissem férias remuneradas, 13º salário e FGTS. Para os técnicos neoliberais do governo, os valores de férias, 13º e FGTS devem ser calculados proporcionalmente, com base nas horas trabalhadas. Enquanto isso... o PT se resume a frases de efeito contra o ajuste neoliberal e na prática seus dirigentes sindicais desmobilizam a ação direta das massas para derrotar as (contra)reformas, a Frente Popular tem todas suas expectativas voltadas para a disputa eleitoral em novembro, inclusive com setores do PSOL como o grupo Resistência defendendo a aliança eleitoral entre PT e PSOL em cidades como Rio de Janeiro e Recife, enquando setores petistas defendem a frente ampla... O movimento operário não deve depositar o mínimo de expectativas no palco viciado da institucionalidade burguesa, a estratégia político de lobby parlamentar adotada pelos partidos da Frente Popular (PT, PSOL e PCdoB) é o caminho mais curto para o proletariado sofrer uma dura derrota histórica como foi a extinção da Previdência Pública no país. 

É necessário organizar desde já a construção de uma vigorosa Greve Geral por tempo indeterminado para derrotar não só as (contra)reformas, mas o conjunto do regime de exceção, vigente após o golpe parlamentar que resultou na fraude eleitoral, empossando o fascista Bolsonaro no Planalto. Somente forjado uma alternativa revolucionária de poder, para romper com a farsa da democracia burguesa, a classe operária será capaz de se insurgir no cenário histórico de forma independente para iniciar uma nova etapa do desenvolvimento humano: a sociedade socialista!