ESTAFETA DOS
RENTISTAS: PAULO GUEDES PREPARA PLANO DE GUERRA CONTRA OS TRABALHADORES... ENQUANTO ESQUERDA REFORMISTA SÓ PENSA NO CIRCO ELEITORAL
O estafeta dos rentistas, o “tichuthuca” Paulo Guedes, vai
voltar à carga com seu programa de reformas trabalhistas e tributárias
neoliberais enquanto a esquerda reformista (PT, PSOL e PCdoB) só tem olhos para o circo eleitoral que se próxima
com a disputa para as prefeituras em novembro.
Ele quer a capitalização da Previdência, na
qual cada trabalhador é que tem de poupar para a aposentadoria. O ministro também trabalhará
pela criação de um imposto sobre transações digitais, nos moldes da extinta
CPMF. Também quer ampliar a contratação por hora trabalhada, em vez de salário
mensal.
Passada a fase de capacitação, Guedes defende que a contratação dessas
pessoas depende da extinção da contribuição previdenciária patronal de 20%
sobre a folha de salários. A ideia da equipe econômica é substituir essa
contribuição pelo imposto sobre transações digitais. Seria similar à CPMF (o
imposto do cheque), embora o canalha rejeite essa comparação. As alíquotas
ainda estão em definição pela equipe econômica. Também está em debate se o
imposto será cobrado por qualquer movimentação financeira ou só em compras com
cartão e pelo sistema de pagamentos instantâneos desenvolvido pelo BC (Banco
Central). Guedes também quer criar um regime de trabalho mais flexível. Com
isso, o governo deve enviar ao Congresso Nacional uma proposta para criar o
regime de contratação por hora trabalhada. Na prática, será definido um valor
mínimo por hora trabalhada, com base no salário mínimo. Hoje já existe o
trabalho intermitente, pago por hora. Mas no regime intermitente não é possível
que o contrato seja contínuo e sem intervalos.
A ideia original era de que no
regime de hora trabalhada não existissem férias remuneradas, 13º salário e FGTS. Para os técnicos neoliberais do governo, os valores
de férias, 13º e FGTS devem ser calculados proporcionalmente, com base nas
horas trabalhadas. Enquanto isso... o PT se resume a frases de efeito contra o ajuste
neoliberal e na prática seus dirigentes
sindicais desmobilizam a ação direta das massas para derrotar as
(contra)reformas, a Frente Popular tem todas suas expectativas voltadas para a
disputa eleitoral em novembro, inclusive com setores do PSOL como o grupo Resistência
defendendo a aliança eleitoral entre PT e PSOL em cidades como Rio de Janeiro e
Recife, enquando setores petistas defendem a frente ampla... O movimento operário não deve depositar o mínimo de expectativas no
palco viciado da institucionalidade burguesa, a estratégia político de lobby
parlamentar adotada pelos partidos da Frente Popular (PT, PSOL e PCdoB) é o
caminho mais curto para o proletariado sofrer uma dura derrota histórica como foi
a extinção da Previdência Pública no país.
É necessário organizar desde já a
construção de uma vigorosa Greve Geral por tempo indeterminado para derrotar
não só as (contra)reformas, mas o conjunto do regime de exceção, vigente após o
golpe parlamentar que resultou na fraude eleitoral, empossando o fascista
Bolsonaro no Planalto. Somente forjado uma alternativa revolucionária de poder,
para romper com a farsa da democracia burguesa, a classe operária será capaz de
se insurgir no cenário histórico de forma independente para iniciar uma nova
etapa do desenvolvimento humano: a sociedade socialista!