A pandemia do coronavírus fez de Bill Gates um “herói”, pelo
menos essa é a posição da cúpula da OMS. O Washington Post o chamou de "um
campeão de soluções baseadas na ciência", enquanto o New York Times o
saudava como "o homem mais interessante do mundo".
Gates estrela a
série de documentários da Netflix "Pandemia", lançada semanas antes
do coronavírus chegar aos Estados Unidos e produzida pela correspondente do New
York Times Sheri Fink, que já trabalhou em três entidades financiados por
Gates: Pro Publica, New America. Fundação e Corpo Médico Internacional. Essa “opinião” também é
compartilhada por Tedros Adhanom, diretor geral da OMS, que declarou a CNN no
último dia 09/07: ”Bill é o homem da ciência no século XXI”, disto isto é bom
sublinhar que nenhum destes elogios diz respeito a criação do Windows.
Gates
financia os grandes canais de comunicação corporativa e estes correspondem a
ele, elogiando-o e ofendendo qualquer opinião crítica em relação aos interesses
filantrópicos de sua Fundação. Graças à disseminação da pandemia pelos Estados
Unidos, Gates apareceu em cada uma das redes de comunicação mais importantes:
CNN, CNBC, Fox, PBS, BBC, CBS, MSNBC, The Daily Show e The Ellen Show. Na BBC,
Gates se descreveu como um "especialista em saúde". Uma revista de
moda como a Vogue pergunta: "Por que Bill Gates não está liderando a
força-tarefa [da Casa Branca] contra o coronavírus?”. Uma intensa campanha de
propaganda foi combinada com a atividade "desinteressada" de uma rede
de fundações beneficentes, como convém ao campo da saúde, culminando na OMS.
Por trás dessa teia de aranha estão os benefícios da indústria farmacêutica, a
Big Pharma, o cimento que solda cada uma destas peças. A Fundação Gates é a
maior do mundo, uma gigante com mais de US$ 51 bilhões em ativos no final do
ano passado. A maioria de seus recursos financeiros é dedicada à "redução
de mortes por doenças infecciosas", principalmente na África e Ásia.
Segundo Gates, a distribuição de uma vacina contra o coronavírus para a
população mundial é "a solução definitiva" para a epidemia. Por sua parte, o CEO da Fundação Gates, Mark
Suzman, proclamou que "uma vacina eficaz deve estar disponível para cerca
de 3 bilhoes pessoas".Mas, embora a
criação da vacina em tempo recorde seja uma “poção milagrosa”, uma espécie de
placebo para a Big Pharma especular suas ações em Wall Street, não se pode
excluir que algo possa dar muito errado, disseminando mais o vírus.
Por isso, em
junho, Melinda Gates disse à revista “Time” que os primeiros a serem vacinados
devem ser os negros dos Estados Unidos. Para os racistas da grande burguesia,
suas vidas importam menos, principalmente se forem pobres e pretos. Gates é a
maior fonte de financiamento do mundo para laboratórios de vacinas,ele destinou
formalmente mais de US$ 700 milhões ao coronavírus e apoiou ensaios de empresas
como a Inovio Pharmaceuticals, AstraZeneca Moderna e Glaxo entre outras.Sua
Fundação criou e financiou a Coalizão para a Preparação para Epidemias (CEPI),
que investiu até US$ 480 milhões em "uma ampla gama de candidatos a
vacinas e plataformas tecnológicas".Gates gasta seu dinheiro em obras de
caridade? Ele é filantropo, como a mídia diz?
Nada está mais longe da verdade: apesar de tantas e tão generosas
"ajudas", sua fortuna dobrou nas últimas duas décadas. Gates é a
figura de proa dos grandes monopólios farmacêuticos. A Fundação não gasta um
centavo, apenas investi!
Ao promover a vacinação em massa, sua Fundação compra
ações das empresas que as fabricam e distribuem. Atualmente, a Fundação é acionista de
empresas farmacêuticas como Merck, GSK (GlaxoSmithKline), Eli Lilly, Pfizer,
Novartis e Sanofi. Bill tem ao menos o mérito de não esconder isso. Em seu site, a Fundação afirma que sua missão
é buscar "oportunidades mutuamente benéficas" com esses tipos de
empresas:"Estamos buscando modelos colaborativos mais eficazes com os
principais fabricantes de vacinas para melhor identificar e aplicar
oportunidades mutuamente benéficas". Penny Heaton, ex-diretora dos planos
de vacinação da Fundação e atual diretora do Instituto de Pesquisa Médica Bill
& Melinda Gates, vem das maiores empresas farmacêuticas do mundo: Merck e
Novartis.O presidente da Fundação Mundial da Saúde, Trevor Mundel, ocupou altos
cargos na Novartis e na Pfizer. Seu
antecessor, Tachi Yamada, era anteriormente um executivo de alto escalão na
GSK. Gates junto a um corpo dos maiores rentistas mundiais, como Soros e Buffet
, criou todo um modelo de negócios em saúde: eles inventam a necessidade
sanitária e depois as soluções mais rentáveis. Para expandir o mercado da Big
Pharma e aumentar seus rendimentos, deve haver doenças e epidemias, quanto mais
melhor...E desgraçadamente para os povos da humanidade estes canalhas
imperialistas ainda ganham o título de “Homens da Ciência”.