quarta-feira, 15 de julho de 2020

IMPERIALISMO IANQUE CAPTURADO PELO RENTISMO NA PANDEMIA: ESTOURA O DÉFICIT PÚBLICO DA “MAIOR ECONOMIA DO MUNDO”


Impulsionado enormemente pela pandemia, e somado à crise anterior de superprodução, o déficit do tesouro norte-americano nos primeiros nove meses do ano fiscal alcançou um valor recorde de US$ 2,7 trilhões (R$ 14,4 trilhões). 

O déficit federal dos EUA em junho deste ano foi de US$ 863 bilhões (R$ 4,6 trilhões), o que é 107 vezes mais que os US$ 8 bilhões (R$ 42,7 bilhões) registrados no mesmo mês do ano passado, segundo estimativas oficiais do Escritório de Orçamento do Congresso dos EUA. Nos primeiros nove meses do atual ano fiscal, que nos EUA é contabilizado de setembro a setembro, o déficit alcançou a cifra recorde de US$ 2,7 trilhões (R$ 14,4 trilhões), dois trilhões a mais que no mesmo período do ano passado. 

A estimativa mais modesta projetada para o total do déficit em 2020 chegará a cerca de 4 trilhões do dólares. O aumento foi potenciado pela parada econômica provocada pela pandemia do coronavírus e pela resposta de grandes “resgates” financeiros dada pelo governo federal, segundo o relatório. Durante os primeiros nove meses do atual ano fiscal, a arrecadação de impostos caiu 13% em comparação com o mesmo período de 2019, totalizando aproximadamente US$ 2,3 trilhões (R$ 12,2 trilhões). Entretanto, os desembolsos cresceram aproximadamente 49% em relação ao mesmo período do ano fiscal de 2019, superando US$ 5 trilhões (R$ 26,7 trilhões). Em junho, a arrecadação desabou aproximadamente 28%, ficando em US$ 242 bilhões (R$ 1,2 trilhão), enquanto os gastos cresceram aproximadamente 223%, alcançando US$ 1,1 trilhão (R$ 5,8 trilhões). Boa parte dessa enorme quantia foi destinada ao Programa de Proteção da Folha de Pagamento, que ajuda as pequenas empresas a manter os funcionários empregados em tempos de crise, entretanto o maior percentual foi destinado a resgates bilionários de grandes corporações imperialistas. 

Com a pandemia do coronavírus e a quarentena social persistindo nos EUA, apesar da abertura gradual da economia na maioria dos estados federados, o antigo gigante imperialista vai se dobrando ao capital financeiro que se transformou no grande “avalista” da crise sanitária mundial. O último e o mais poderoso trunfo da hegemonia do imperialismo reside ainda no monopólio do padrão cambial do planeta, o Dólar e sua “morada segura ” o Tesouro Norte Americano, porém com os ventos do acirramento da disputa econômica e política com a China, este “cofre do mundo” já não parece mais tão seguro assim...