A menos de quatro meses das eleições presidenciais dos
Estados Unidos, o ultra reacionário Donald Trump está em queda livre, chegando
a uma diferença de dois dígitos na última pesquisa.
Diante do debacle anunciado
Trump decidiu “reorganizar” sua equipe de campanha, que passou a ser comandada
pelo até então vice-coordenador, Bill Stepien. Em sua conta no twitter, Trump
tentou colocar panos quentes no problema dizendo que tinha o “prazer de
anunciar a promoção de Bill Stepien à liderança da campanha”, frisando que
“Brad Parscale, que está comigo há muito tempo e lidera nossas tremendas
estratégias digitais e de dados, permanecerá nesse papel, como consultor”. E
acrescentou que “ambos estavam muito envolvidos em nossa histórica vitória de
2016, e espero que juntos tenhamos uma segunda e muito importante vitória”.
Para além do arremedo de justificativa, aponta a mídia ianque, o destino do até
então todo-poderoso “estrategista” Brad Parscale foi selado pelo “desastroso
comício” de Tulsa, no Oklahoma,realizado há quase um mês em que Trump aguardava
100 mil inscritos para transbordar o pavilhão e compareceram somente 6 mil
pessoas. Comprovando que a campanha republicana acelera, pesada e desgovernada,
ladeira abaixo, a Universidade Quinnipiac apurou recentemente que o
ex-vice-presidente, o Democrata Joe Biden, tem uma vantagem de quase 20 pontos
sobre o atual presidente. Divulgada nesta última quarta-feira (15/07) a pesquisa
da NBC News e do Wall Street apontou que 51% dos eleitores manifestaram apoio a
Biden e 40% a Trump; com o reacionário republicano somando 42% de aprovação e
56% de reprovação. Até mesmo a família de Trump se transferiu para a campanha
Democrata.
O livro ‘Demais e nunca o suficiente: como minha família criou o
homem mais perigoso do mundo’, escrito por Mary Trump, sobrinha do presidente
Donald Trump, vendeu quase um milhão de cópias no primeiro dia em que foi
colocado à venda nos Estados Unidos, informou a editora Simon &
Schuste. Porém as pesquisas eleitorais da opinião pública são apenas uma parte
da tendência nacional para descartar Trump, seu principal adversário está no
seu próprio campo de classe, a burguesia financeira, as corporações
imperialistas, o Pentágono e a própria agência terrorista ianque a CIA. O
chamado Deep State joga pesado para novamente entronar um Democrata na Casa
Branca, uma “direita civilizada” para atacar os povos com mais legitimidade
política e social. Esta é a política mais adequada do Estado imperialista, por
isso o gerente reacionário da Casa Branca, sem apoio nas classes dominantes,
não serve a brutal ofensiva imperialista que se delineia no horizonte mundial,
inclusive com a possibilidade cada vez mais próxima de uma nova Guerra Mundial,
pela disputa da hegemonia global capitalista, hoje pleiteada pelo bloco
China/Rússia.