A China enviou hoje diversos caças SuKhoi-30 de fabricação russa à região ao
sudoeste da ilha de Taiwan. As aproximações das aeronaves são uma resposta às
provocações de aviões militares norte-americanas. Os Su-30 são caças de longa
resistência, com sistemas avançados de radar e capacidade de transportar
mísseis ar-ar de médio alcance. “A China não permitirá que nenhuma organização
ou partido político separe qualquer parte do território chinês” afirma Wu Qian,
porta-voz do Exército de Libertação Popular. A China havia recentemente enviado
bombardeiros H-6, aviões de alerta e controle aéreo KJ-500 e caças J-11 à
região próxima de Taiwan, além de navios de guerra. Por sua vez, a Marinha dos
EUA respondeu no Twitter, mencionando os dois porta-aviões enviados à região
para exercícios militares. Pequim tem um amplo leque de armas contra
porta-aviões e que o mar do Sul da China esta sob o alcance do Exército de
Libertação Popular. Washington enviou recentemente os dois porta-aviões para
participar de exercícios planejados que coincidem com as manobras da China
realizadas nas imediações das ilhas Paracel, que são reivindicadas por Pequim. Como
se não bastasse, Pentágono decidiu transferir um bombardeiro estratégico B-52H
para a Base Aérea de Andersen, na ilha de Guam, no oceano Pacífico. O atual
ritmo da restauração do capitalismo na China não interessa aos EUA, por isso
procuram de todas as formas debilitar a China. Foi assim em 1996, quando os EUA
deslocaram porta-aviões, submarinos nucleares e navios de guerra para as
proximidades da costa chinesa, a fim de "proteger" o enclave
imperialista de Taiwan; em 1999 a OTAN bombardeou "por engano" a
embaixada chinesa em Belgrado; em 1º de abril de 2001, um avião de espionagem
norte-americano chocou-se com um caça chinês sobre o Mar da China Meridional. Os
marxistas revolucionários estão na primeira linha de defesa da nação chinesa
contra as agressões imperialistas, apesar de afirmamos claramente o caráter
venal e corrompido dos ex-burocratas “comunistas” que liquidaram as principais
bases sociais do Estado operário, para se converterem em uma nova classe social
dominante. Apesar da restauração capitalista, o que proporcionou a China a
criação de um dos maiores mercados do mundo, parte das conquistas do
proletariado ainda estão de pé e sob ameaça da ofensiva imperialista. É
exatamente neste ponto que se concentram todo o ódio da burguesia ianque contra
a China, não podem admitir que um país recém-convertido à economia “livre” de
mercado, mantenha conquistas operárias que devem ser eliminadas pelo “ajuste
financeiro” global que promovem contra os povos. Portanto, mantém-se plenamente
vigente o prognóstico do Programa de Transição, apontando que os
bolcheviques-leninistas devem combinar a luta pela revolução socialista nos
ex-Estados operários com as tarefas pendentes da luta política em defesa das
conquistas ainda existentes. As constantes provocações contra o Estado nacional
chinês cumprem, em última instancia, o objetivo de acabar com qualquer
possibilidade de que algum regime ao redor do planeta se oponha ainda que
minimamente ao “american way life”, como são os casos específicos da Coreia do Norte
e Irã. Somente a revolução proletária, encabeçada por um autêntico partido
revolucionário poderá retomar o controle para si da economia planificada na
China e o controle do Estado por parte dos trabalhadores e enfrentar
frontalmente a barbárie imperialista rumo à construção do socialismo.