sexta-feira, 17 de julho de 2020

A “NOVA POLÍTICA NACIONAL DE DEFESA”: UM MANUAL DE COMPLETA SUBSMISSÃO DAS FFAA DO BRASIL AO ALTO COMANDO MILITAR IANQUE


O Alto Comando Militar das nossas FFAA, desde Castelo Branco até hoje, não dá um único passo sem o consentimento do Pentágono, que vem formando os generais brasileiros de “três estrelas” em suas “escolas de estratégia militar”. 

Não é segredo para ninguém que os conselheiros militares do Pentágono ditam orientações para as FFAA de toda a América Latina, desde o período da Guerra Fria. Bolsonaro é um “experimento” político do imperialismo para todo o continente, sua eleição (fraudada, uma das especialidades da CIA) em 2018 seria impossível caso o Partido Democrata tivesse conseguido se manter na Casa Branca. 

O “projeto” consistia em impor um regime de força para executar as (contra)reformas exigidas pelo mercado. Nesse contexto, a nova Política Nacional de Defesa (PND), que deverá ser encaminhada ao Congresso na próxima semana, apontou que a América do Sul não é mais considerada uma “área livre” de conflitos. O texto ressalta a possibilidade de “tensões e crises” no continente, que podem levar o Brasil a ter que mobilizar esforços para garantia de supostos interesses nacionais na Amazônia ou mesmo ajudar na solução de problemas regionais sempre seguindo as ordens do Pentágono. 

O documento de 21 páginas traz um alerta para as possibilidades de conflitos. “Não se pode desconsiderar tensões e crises no entorno estratégico, com possíveis desdobramentos para o Brasil, de modo que poderá ver-se motivado a contribuir para a solução de eventuais controvérsias ou mesmo para defender seus interesses”, em um aviso claro a Venezuela de Maduro. Nesse sentido, Bolsonaro assinou em março um acordo militar com o Almirante Craig Faller, comandante do Comando Sul americano para “'melhorar ou fornecer novas capacidades militares” em preparação a uma ação contra a Venezuela. O Comando Sul dirige as operações militares dos Estados Unidos no Caribe, na América Central e do Sul. 

O Acordo de Projetos de Pesquisa, Testes e Avaliação abre caminho para que EUA e Brasil “desenvolvam futuros projetos conjuntos alinhados com o mútuo interesse das partes, abrangendo a possibilidade de aperfeiçoar ou prover novas capacidades militares”. Em março do ano passado, os dois presidentes assinaram um acordo de salvaguardas tecnológicas que permite o uso da base de Alcântara (no norte do Brasil) para o lançamento de foguetes norte-americanos. Não por acaso, o governo venezuelano denunciou um plano dos EUA de desencadear um conflito que justificaria uma intervenção militar na Venezuela com a ajuda dos vizinhos Colômbia e Brasil. 

Lembremos que em fevereiro de 2019, o chamado “Dia D”, impulsionado pela farsesca operação “Caballo de Troya” na Venezuela, acabou resultando no maior fiasco político e militar do imperialismo ianque e na completa humilhação dos governos capachos da região, como Duque e Bolsonaro. A chegada de novas armas balísticas em Caracas vindas de Moscou  há um ano atrás com mísseis de longo alcance que podem atingir até o território ianque em conjunto com os caças Sukhoi desequilibram a relação de forças entre a Venezuela e o restante dos países do continente. Nós Trotskistas defendemos o pleno direito do regime chavista armar-se “até os dentes”, inclusive com artefato nuclear, para dissuadir os chacais imperialistas e seus vassalos latino-americanos de atacarem as conquistas sociais instauradas pelo regime nacionalista chavista. O alinhamento automático e a submissão ilustrada pelo vergonhoso vídeo de um general brasileiro tratado como empregado pelo chefe do comando sul dos EUA, o mesmo responsável por possíveis ações armadas contra países latino-americanos é uma prova de como funcionará a “nova” política nacional de defesa do Brasil, um verdadeiro manual de submissão das FFAA brasileiras ao imperialismo ianque e seus comandantes militares!