terça-feira, 21 de julho de 2020

UNIÃO EUROPÉIA REFÉM DOS RENTISTAS: EMPRÉSTIMO DE 750 BILHÕES DE EUROS COLOCA O VELHO MUNDO DE JOELHOS FRENTE AOS BARÕES DO CAPITAL FINANCEIRO


Após quatro dias de reuniões, os 27 líderes da União Europeia (UE) chegaram a um acordo na madrugada desta terça-feira (21) com um inédito fundo de 750 bilhões de euros (R$ 4,57 trilhões) sob o pretexto de superar os estragos na economia do bloco (que pode registrar queda de 7,7% em média este ano) provocados pela pandemia do novo coronavírus. 

Os líderes concordaram em mobilizar 750 bilhões de euros, que a Comissão Europeia tomará emprestada nos “mercados financeiros” em nome da UE e que serão distribuídos em forma de subsídios (390 bilhões de euros) e empréstimos (360 bilhões de euros). Polônia e Hungria se consideraram vitoriosos por conseguir desvincular dos subsídios à situação do “Estado de Direito”, ou seja, regimes abertamente neofascistas serão agraciados com o fundo. 

Com a pandemia do coronavírus, apesar da abertura gradual da economia na maioria dos estados membros da UE, o velho mundo imperialista vai se dobrando ao capital financeiro que se transformou no grande “avalista” da crise sanitária mundial. Desde o início, tratou o COVID não como uma crise de saúde, a ser tratada pela aplicação de medidas cientificamente fundamentadas, e atendimento sanitário universal, mas como um golpe na acumulação de lucros e capital, agindo para forçar resgates bilionários do Estado Burguês, tornando os grandes bancos (públicos e privados) como os “guardiões da economia planetária”. Tanto nos “paraísos do capital”, como EUA e Europa, como nos países semicoloniais, a devastação da pandemia foi enorme na economia real, deixando o campo livre para a intervenção dos rentistas, os únicos beneficiados com este “capitalismo totalmente especulativo e de vigilância” que emerge nesta “nova normalidade” da conjuntura internacional. 

Para os Leninistas a intervenção do capital financeiro na pandemia do coronavírus tem um fio de continuidade desde sua origem biológica, sanitária e financeira. Neste momento milhões de trabalhadores em todo o planeta estão perdendo seus empregos (sendo precarizados ou simplesmente eliminados pela fome e desnutrição), em consequência do colapso capitalista que utilizou o coronavírus “como um justo pretexto”, ao contrário do crash financeiro de 2008 quando os governos burgueses tiveram que admitir (socorrer) a “jogatina” dos rentistas com suas ações sobrevalorizadas. Não há outra alternativa para derrotar a barbárie que se avizinha que não seja a das ações ativas e diretas das massas para impor a derrotar dos barões do capital financeiro, os verdadeiros donos do mundo em pandemia!