EXPLOSÕES DE USINAS E NAVIOS NO IRÃ: ATOS TERRORISTAS DE SABOTAGEM PARA
DESESTABILIZAR O REGIME DOS AIATOLÁS... DERROTAR A OPOSIÇÃO “MADE IN CIA” E
CONSTRUIR UMA ALTERNATIVA REVOLUCIONÁRIA DOS TRABALHADORES!
Uma explosão ocorreu neste domingo (19.07) em uma usina
elétrica na província de Isfahan, no centro do Irã, reporta a agência IRNA. A explosão ocorreu poucas semanas depois de
outra detonação atingir a instalação de Natanz, no Irã, usada para enriquecer
urânio, em um incidente que teria sido causado por uma bomba.
A usina de Natanz
segue sendo a principal instalação de processamento de urânio da República
Islâmica. Em novembro de 2019, Teerã teria instalado novas centrífugas avançadas
em Natanz, em retaliação à saída unilateral de Washington do acordo nuclear
internacional de 2015 (JCPOA) sobre o programa nuclear iraniano. O incidente
ocorreu depois de outra explosão no complexo militar de Parchin, situado a 30
quilômetros da capital iraniana, no final do mês passado, que, segundo as
autoridades iranianas, teria sido causada por "vazamentos de reservatórios
de gás".
Desde o final de junho, o Irã está enfrentando uma série de
explosões e incêndios em suas instalações militares, nucleares e industriais. Diante
do terrorismo de estado ianque e da oposição "made in CIA" que patrocina dizemos que cabe lutar em frente única com as
forças do regime para derrotar o imperialismo e seus agentes internos, forjando
nesta trincheira de luta as condições para construir um partido revolucionário
e internacionalista capaz de agrupar o melhor da vanguarda para, depois de
derrotada a ofensiva imperialista, marchar contra o regime burguês islâmico e
reacionário que mantém intocável o modo de produção capitalista.
Seguindo o
legado de Trotsky e particularmente seus ensinamentos quando esteve exilado no
México no final dos anos 30 sob o governo de Cuauhtémoc Cárdenas, a LBI honra
neste momento o “velho” que soube de forma principista “andar sob o fio da
navalha” ao denunciar a ofensiva reacionária da direita e do imperialismo,
chamando a derrotá-la enquanto se delimitava programaticamente com o
nacionalismo burguês mexicano. Trotsky presenciou diretamente nos últimos anos
de sua vida várias manifestações “populares” reacionárias contra as
nacionalizações feitas pelo governo burguês do general Cárdenas. Na época, a
oposição pró-imperialista afirmava que Cárdenas era um “ditador”, a mesma
cantilena que usaram contra Kadaffi, Maduro, Assad e mesmo os Aiatolás. Ainda
assim o dirigente bolchevique se recusou a embarcar pela vereda fácil do falso radicalismo
“ortodoxo”, sendo torpemente acusado de ter se “vendido” a Cárdenas, inclusive
por dirigentes da própria Quarta Internacional.
Fazendo um paralelo histórico,
é a essa encruzilhada dramática que está submetido o Irã hoje. Nesse combate,
os trotskistas da LBI, sem alimentar falsas ilusões no regime dos Aiatolás,
lutam em unidade de ação com as forças do regime, com total independência
política, para derrotar a contrarrevolução que orquestra atos de sabotagem ao
país!