domingo, 19 de julho de 2020

EXPLOSÕES DE USINAS E NAVIOS NO IRÃ: ATOS TERRORISTAS DE SABOTAGEM PARA DESESTABILIZAR O REGIME DOS AIATOLÁS... DERROTAR A OPOSIÇÃO “MADE IN CIA” E CONSTRUIR UMA ALTERNATIVA REVOLUCIONÁRIA DOS TRABALHADORES!


Uma explosão ocorreu neste domingo (19.07) em uma usina elétrica na província de Isfahan, no centro do Irã, reporta a agência IRNA. A explosão ocorreu poucas semanas depois de outra detonação atingir a instalação de Natanz, no Irã, usada para enriquecer urânio, em um incidente que teria sido causado por uma bomba. 

A usina de Natanz segue sendo a principal instalação de processamento de urânio da República Islâmica. Em novembro de 2019, Teerã teria instalado novas centrífugas avançadas em Natanz, em retaliação à saída unilateral de Washington do acordo nuclear internacional de 2015 (JCPOA) sobre o programa nuclear iraniano. O incidente ocorreu depois de outra explosão no complexo militar de Parchin, situado a 30 quilômetros da capital iraniana, no final do mês passado, que, segundo as autoridades iranianas, teria sido causada por "vazamentos de reservatórios de gás". 

Desde o final de junho, o Irã está enfrentando uma série de explosões e incêndios em suas instalações militares, nucleares e industriais. Diante do terrorismo de estado ianque e da oposição "made in CIA" que patrocina dizemos que cabe lutar em frente única com as forças do regime para derrotar o imperialismo e seus agentes internos, forjando nesta trincheira de luta as condições para construir um partido revolucionário e internacionalista capaz de agrupar o melhor da vanguarda para, depois de derrotada a ofensiva imperialista, marchar contra o regime burguês islâmico e reacionário que mantém intocável o modo de produção capitalista. 

Seguindo o legado de Trotsky e particularmente seus ensinamentos quando esteve exilado no México no final dos anos 30 sob o governo de Cuauhtémoc Cárdenas, a LBI honra neste momento o “velho” que soube de forma principista “andar sob o fio da navalha” ao denunciar a ofensiva reacionária da direita e do imperialismo, chamando a derrotá-la enquanto se delimitava programaticamente com o nacionalismo burguês mexicano. Trotsky presenciou diretamente nos últimos anos de sua vida várias manifestações “populares” reacionárias contra as nacionalizações feitas pelo governo burguês do general Cárdenas. Na época, a oposição pró-imperialista afirmava que Cárdenas era um “ditador”, a mesma cantilena que usaram contra Kadaffi, Maduro, Assad e mesmo os Aiatolás. Ainda assim o dirigente bolchevique se recusou a embarcar pela vereda fácil do falso radicalismo “ortodoxo”, sendo torpemente acusado de ter se “vendido” a Cárdenas, inclusive por dirigentes da própria Quarta Internacional. 

Fazendo um paralelo histórico, é a essa encruzilhada dramática que está submetido o Irã hoje. Nesse combate, os trotskistas da LBI, sem alimentar falsas ilusões no regime dos Aiatolás, lutam em unidade de ação com as forças do regime, com total independência política, para derrotar a contrarrevolução que orquestra atos de sabotagem ao país!