Existe uma vacina para combater a fome, desnutrição e falta
de recursos para a saúde básica da população pobre? Estas são algumas perguntas
que a OMS não tem o menor interesse em responder, diante das consequências
humanas da pandemia do coronavírus. Como os pobres morrem aos milhões de
doenças menos “espetaculares”, causadas pela extrema miséria e para as quais
existe uma cura como tuberculose, sarampo ou difteria, a corrida para ver quem
patenteia a vacina Covid-19 chama a atenção global.Não vamos nos iludir, o
lucro e acumulação de capital dirige os promotores desta pandemia.
Por trás da Fundação Gates não há causa
humanitária, interesse no bem comum ou preocupação social. Para ter noção do
que estamos falando, basta salientar que 1,6 bilhão de pessoas, ou seja, 22% da
população mundial, não recebe atendimento médico, sem esquecer os 115 milhões,
com menos de cinco anos, são afetados pela desnutrição crônica. Ao qual devemos
acrescentar as 7000 crianças mortas diariamente por diarréia. Segundo “Mãos Unidas”,
uma organização que não é exagerada, em 2020 a morte de 5,4 milhões de crianças
com menos de cinco anos de idade poderia ter sido evitada.
No entanto, fome, falta de tratamento de água, higiene
básica, atendimento ambulatorial e clínico, desemprego e condições dignas de
habitação, não são consideradas uma pandemia para a OMS, morrer por essas
causas é algo “natural” para os pseudos “cientistas” da Big Pharma.isto sem
falar do silêncio sepulcral diante da medicina privada que sufoca o sistema
público de saúde em todo o planeta.A necropolítica aparece como uma forma de
organização social do capitalismo monopolista, hoje totalmente entrelaçado com
o rentismo sem fronteiras.
Pensando apenas na possibilidade de vender 3 bilhões de
doses de vacinas do coronavírus para Estados nacionais(vários laboratórios),
para vender a ilusão de restaurar a imunidade global , os lucros da Big Pharma
serão obscenos.Sempre utilizou o mesmo mecanismo. Basta olhar para o tratamento
da hepatite C, seu custo aproximado é de 1,5 Euros e a dose é vendida por cerca
de mil Euros. O mesmo ocorre com a vacina contra meningite, do laboratório
britânico GlaxoSmithKline, cujo investimento em pesquisa e desenvolvimento foi
de 300 milhões de Euros. Em três anos de comercialização(2015-2018), eles
obtiveram benefícios de 1,5bilhão. E para o tratamento do Covid, enquanto não
existe vacina, o Remdesivir foi recomendado como “paliativo” que reduz o tempo
de recuperação, ou seja, libera uma cama de hospital mais cedo. Seu custo de
produção, segundo especialistas, não excede cinquenta Euros, a empresa Gilead o
vende por 2.000 Euros.
Enquanto a cloroquina com vasta comprovação
científica(obviamente não pelos “cientistas” da OMS) na profilaxia do
coronavírus, e com custo final que não ultrapassa 1 Euro, foi lançada nas
“profundezas do inferno” pela mídia venal à serviço do rentismo financeiro e
suas corporações imperialistas.