quarta-feira, 1 de julho de 2020

BUROCRACIA SINDICAL DA CTB-CONLUTAS-INTERSINDICAL ABORTA GREVE DOS METROVIÁRIOS DE SÃO PAULO: MAIS UMA TRAIÇÃO CONTRA A AÇÃO DIRETA DOS TRABALHADORES


A direção do Sindicato dos Metroviários de São Paulo, um consórcio pelego entre a CTB, Intersindical e a Conlutas, centrais respectivamente controladas pelo PCdoB, PSOL (Resistência, Liga Socialista-Unidos para Lutar e outros) e PSTU abortaram a greve da categoria em nome de continuar as negociações com o Metrô no TRT. Indicaram uma nova paralisação para dia 8 de julho como mais uma manobra teatral com o objetivo de manter a farsa de um “estado de greve” para ao final trair em um acordo rebaixado com Dória, como já fizerama anteriormente em várias ocasiões. O MRT (ex-LER) sabia da farsa em curso mais tratou de manter até o final a encenação de combatividade do sindicato, desmoralizando-se completamente. Os metroviários haviam decidido entrar em greve neste 1º de Julho porque não houve recuo nos ataques contra a categoria perpetrados pelo tucano João Dória. Essa foi a decisão massiva da categoria porque o Metrô manteve os descontos no mês de junho, prometidos com o pacote de ataques neoliberais da empresa e do governo estadual. Além da greve marcada, a categoria estava realizando uma forte mobilização contra a retirada dos direitos históricos, com uso de coletes, adesivos e botons. A luta não é por aumento salarial, mas pela manutenção do Acordo Coletivo, dos direitos e do Plano de Saúde. Os metroviários são trabalhadores essenciais, não pararam durante a pandemia prestando um serviço fundamental à população, especialmente para outras categorias essenciais no combate ao coronavírus. Por isso, estão mais expostos, cada dia mais são contaminados pelo vírus. Mesmo assim, Doria e Metrô querem atacar os metroviários. A ampla maioria da categoria deu o recado à empresa e ao governo estadual. Se não recuarem da decisão, os trabalhadores iriam parar no dia 1º de julho mas a direção do sindicato sabotou a paralisação na última hora em nome de apostar nas negociações mediadas pelas justiça burguesa. Essa categoria está sofrendo um enorme ataque do governo Doria, que busca precariza muito as condições de trabalho e vida dos trabalhadores. A greve estava sendo chamada para o mesmo dia da paralisação entregadores para demonstrar essa importante unidade entre os setores. Inclusive, os metroviários exigiam que os entregadores tenham as mesmas condições de trabalho e direito que os metroviários. Para vencer é preciso unificar as lutas e superar a políticas de colaboração de classes da CUT-CTB-Intersindical-Conlutas que sempre buscam um acordo com o governo tucano para bloquear a luta. Ao contrário, faz-se necessário convocar a greve dos todo o transporte público de São Paulo para derrotar os ataques neoliberais de Dória e Bolsonaro em plena pandemia!