BIDEN RECEBE UM “APELO” DOS ALIADOS IMPERIALISTAS: “NÃO
DESCARTE UM ATAQUE NUCLEAR PREVENTIVO CONTRA RÚSSIA E CHINA”
De acordo com declarações publicadas ontem (01/11) pelo jornal “Financial Times”, os principais aliados imperialistas dos EUA na Europa e na Ásia estão pressionando o governo Democrata de Joe Biden para não alterar a política de Washington sobre o uso de armas nucleares em meio a preocupações de que a Casa Branca está considerando adicionar uma nova declaração diplomática sobre a utilização da bomba nuclear: “Não disparar primeiro”, seria o conteúdo da posição do Pentágono. O referido veículo da mídia ianque garante que um alto funcionário da Casa Branca indicou que Reino Unido, França, Alemanha, Japão e Austrália estão entre os países preocupados com uma possível proposta de mudança na política norte-americana, que espera concluir sua revisão da postura nuclear ainda no final do ano.
Uma autoridade do Departamento de Estado disse ao jornal norte-americano que o governo Biden está considerando uma mudança para uma política de "propósito único", que limitaria o uso de armas nucleares para “dissuasão”, o que é uma ameaça aos aliados de Washington. "Este seria um grande presente para a China e a Rússia", declarou o funcionário da Casa Branca.
Biden concorreu na eleição em 2020 defendendo uma posição nuclear de "propósito único", dizem que apoiou a mesma posição durante sua gestão como vice-presidente de Barack Obama (2009-2017). Aparentemente, Washington no início deste ano enviou um questionário a seus aliados imperialistas sobre possíveis mudanças na política nuclear dos EUA, e os parceiros deram uma resposta "esmagadoramente negativa", como indicam os relatórios confidenciais da CIA.
Os temores foram supostamente exacerbados pela recente tomada de decisão unilateral da Administração Biden em áreas de conflito, incluindo a retirada vergonhosa do Afeganistão, bem como o pacto de segurança entre a Austrália, o Reino Unido e os Estados Unidos(delegando a outro país a responsabilidade de atacar a China), e que leva o nome de AUKUS, mantendo outros aliados no “escuro”, o que custou à França a perda de um contrato venda de submarinos de US$ 65 bilhões.
"Os aliados estão essencialmente em uníssono vivendo um pânico coletivo", disse uma fonte sênior do Congresso norte-americano ao jornal. “Eles não acreditam que suas numerosas e repetidas “insinuações” para exacerbar a ofensiva belicista, principalmente contra a Rússia, estejam sendo relatadas aos assessores do governo Biden e ao próprio presidente”. “A adoção de uma política nuclear declaratória de 'propósito único' seria um golpe na alma dos aliados e parceiros dos EUA. Isso destruiria nossa credibilidade ”, reclamou um funcionário do governo Macron.