domingo, 7 de novembro de 2021

O NOVO “FÃ CLUBE” DA ESQUERDA DOMESTICADA: DEPOIS DE APRESENTAR A OMS E A ONU COMO DEFENSORAS DA VIDA... AGORA VENDE O “CONTO” QUE MARÍLIA MENDONÇA FOI PORTA-VOZ DA LUTA DAS MULHERES

O acidente que matou Marília Mendonça é uma fatalidade própria do capitalismo, onde empresas, como a PEC Taxi Aéreo, lucram utilizando aviões de terceira linha, velhos e ultrapassados, que acabam desgraçadamente ceifando vidas humanas. A aeronova que caiu em Minas Gerais tinha quase 40 anos, um táxi aéreo de baixo custo, usado pela cantora para cobrir sua jornada de shows intensos agendados com a abertura para eventos públicos desde o início da pandemia, em uma dinâmica de apresentações diárias frenéticas, um verdadeiro caça níqueis realizado com o propósito único de ganhar dinheiro, sem haver preocupação com qualidade, o que acabou lhe levando a morte. A empresa teria instalação precária de macas e cabeamento de oxigênio nos aviões, assim como problemas com a limpeza, além de não respeitar as folgas dos pilotos. Uma das denúncias, em especial se refere ao avião que caiu, é que estaria com problemas no pára-brisa, o que o deixaria embaçado, prejudicando pousos e decolagens. Diante da morte da cantora e do clima de comoção nacional fabricado pela mídia, o conjunto da esquerda domesticada embarcou na campanha para idolatrar Marília Mendonça, apresentando-a de um dia para outro com um símbolo da luta das mulheres. Seguindo os passos da Rede Globo, que está dando ampla cobertura a sua morte, em uma gigantesca operação midiática de distracionismo e manipulação da chamada “opinião pública”, criando qualidades musicais e humanas da cantora de “Sertanojo” que absolutamente não existiram na vida real, um arco que vai do MTR até o PCdoB, passando obviamente pelo PT, PSOL e PSTU, segue como papagaio a propaganda fantasiosa da grande mídia burguesa. A mesma esquerda midiota que defende a pauta sanitária ditada pela Famiglia Marinho, apresentando a OMS e a ONU como defensoras da vida e da ciência e não como agentes da Big Pharma e do imperialismo, vem divulgando a imagem da cantora como uma ativa porta voz da luta das mulheres, uma feminista atuante. Em ambos os casos se trata de uma farsa completa! Essa mesma esquerda corrupta cinicamente acusa a LBI de supostamente comemorar a morta da cantora, o que obviamente não fizemos. O que denunciamos foi que ela era um instrumento do mercado para destruir e sepultar a música brasileira. Todas os prêmios que ela recebeu foram verdadeiras “comendas” dadas pela mídia corporativa voltadas para prestigiar a destruição da genuína música brasileira, e inclusive para desmoralizar verdadeiro estilo sertanejo, como Pena Branca, Renato Teixeira, Almir Sater, Tonico e Tinoco, Xavantinho e muito outros compositores “cancelados” pela poderosa indústria do lixo cultural. Por fim, lembremos a inesquecível Inezita Barroso, a primeira mulher cantora sertaneja que enriqueceu a música brasileira, mas nem sequer é lembrada pela mídia corporativa e pela esquerda domesticada pela Famiglia Marinho que agora não se cansa em derramar lágrimas por Marília Mendonça.

Assim como as vacinas experimentais para Covid-19 vendidas pelos grandes laboratório e a mídia comprovadamente não são “imunizantes eficazes” mas sim um negócio bilionário para engodar os bolsos das transnacionais, a cantora do lixo cultural que desgraçadamente reina em nosso país nunca esteve na trincheira de luta dos trabalhadores, do povo pobre e das mulheres. 

Caiu nas graças da esquerda porque se somou timidamente a campanha distracionista pelo “Fora Bolsonaro” para desgastar eleitoralmente o Bufão do Planalto, seguindo as ordens de sua gravadora, a Som Livre, que pertence as Organizações Globo e não por acaso integra a “frente ampla” burguesa para colocar na presidência da república uma fantoche completamente alinhado ao chamado “centro civilizatório”. 

O arco político da esquerda domesticada ao colocá-la em um papel de aliada de nossa luta, não faz mais que repetir como midiotas a mantra martelada pela Rede Globo, assim como faz ao replicar o conto de que a OMS e a ONU são nossas aliadas na defesa da saúde dos trabalhadores.

Inezita Barroso

O MRT consegui neste arco de fã de última hora de Marília Mendonça ser o grupo mais patético. Em uma publicação especial sobre a cantora, o site Esquerda Diário afirma “Marília Mendonça foi de compositora a uma das principais cantoras do Brasil em um curto espaço de tempo, liderando o movimento do feminejo, que invadiu o sertanejo - espaço majoritariamente masculino - com a perspectiva das mulheres”. Para o MRT uma jogada comercial das grandes gravadoras, como a Som Livre, voltado a inundar de lixo cultural a vida sofrida das mulheres, seria um movimento de luta “feminejo” progressista! 

Trata-se de uma completa negação do Marxismo e da luta de classes, onde os capitalistas fazem de Marília um “símbolo” de consumo musical que serve para embotar a luta das mulheres trabalhadoras contra o capital, apresentando a vida dos explorados como uma disputa entre gêneros sexuais onde a “sofrência” sentimental seria o centro dos problemas da vida, criando uma realidade completamente desvinculada da realidade social.

Não por a caso o MRT, um dos maiores defensores das transnacionais farmacêuticas, tanto que faz do Esquerda Diário um órgão de propaganda das vacinas da Pfizer e AstraZeneca, seguiu a mesma cantilena da Globo e do resto da esquerda domesticada idolatrando a trajetória de Marilia Mendonça, uma cantora do mercado que nunca expressou qualquer solidariedade a luta de nossa classe. 

De repente para o MRT ela “alcançou milhões de fãs no feminejo, com voz crítica ao patriarcado num meio majoritariamente machista e de defensores do agronegócio e de Bolsonaro”. O mais tragicômico é que o MRT encobre que ela se vergou aos ditames estético do mercado ao deixar de ser gorda para se enquadrar as padrões de beleza das classes dominantes e apagou suas postagens de adesão ao movimento “Ele Não” em 2018 para não perder a fatia bolsonarista de seus fãs, além de proferir vários comentários machistas e transfóbicos em 2020 em pleno show, pedindo “desculpas” depois, quando foi chamada atenção pela gravadora Som Livre para não desagradar o mercado “identitário”, além de ser uma defensora aberta do agro negócio que postava frases no Twitter em inglês: “Você sabe, mas não custa lembra: Ganhe dinheiro primeiro. Apaixone-se depois.”

Essa “ode” a Mendoça, criando uma realidade completamente falsa em torno da cantora, contagiou toda a esquerda domesticada, em uma campanha tão frenética como a desatada em defesa da OMS e das vacinas experimentais. A Esquerda On line (Resistência - PSOL) declara que “O feminejo feminista de Marília Mendonça” saudando o identitarismo comercial de Marília como sendo parte da luta do feminismo e não uma imposição do mercado. 

O chamado “feminejo”, música sertaneja composta e cantada por mulheres, não passa de uma busca do capital para ocupar uma fatia do mercado consumidor, para vender de forma mais ampla o lixo cultural, nada tem de progressivo.

Não por acaso, o PCdoB, quase repetindo as mesmas palavras do MRT, afirma “Marília Mendonça dentro de seu estilo sertanejo inovou com coragem. Mostrou que a mulher também tem direito de se expressar, pedir uma cerveja em um bar e chorar por sua dor de cotovelo”. 

Em uma jogada claramente eleitoral, para tirar dividendos diante do clima de comoção nacional criado pela mídia em uma operação de distracionismo gigantesco, Lula expressou “sentimentos aos familiares e milhões de fãs da música, do carisma e da irreverência da cantora Marília Mendonça. Que Deus dê forças e conforte o coração de todos que perderam um ente querido”. Os deputados Orlando Silva, Marcelo Freixo, Jandira Feghali e Luiza Erundina, entre outros, também expressaram pesar pela morte trágica da jovem cantora. Governadores como Camilo Santana, do Ceará, e Wellington Dias, do Piauí, também se manifestaram. “Uma artista carismática, mulher forte, que tanto brilho espalhou durante sua vitoriosa carreira musical”. Diante desse movimento orquestrado até Bolsonaro saiu a lamentar a morte da cantora.

O Blog da LBI, assim como denunciou o papel da OMS e da ONU na pandemia para impor uma nova ordem mundial do capital financeiro baseada no terror sanitário, declara em alto e bom som diante da morte da cantora que a “rainha da sofrência”, alcunha dada a Marília pela vanguarda comercial neste nicho do lixo cultural que contamina nossa música brasileira, que ela não era em vida e muito menos agora que morreu, nossa aliada na luta contra o capitalismo e o machismo, ao contrário, sua música fortalece a cadeia de alienação de massa imposta pelas grandes gravadoras do mercado e a própria Globo que mantém a exploração do homem pelo homem.

Pena Branca e Xavantinho

A homenagem que a mídia corporativa faz a Marília é pelo seu papel de símbolo da destruição da genuína música brasileira e inclusive para desmoralizar verdadeiro estilo sertanejo pela poderosa indústria do lixo cultural. Nossa tarefa, ao contrário de alimentar a falsa imagem de Marília Mendonça, é denunciar mais essa farsa montada pela esquerda domesticada, que assim como no caso da pandemia, agora com a morte da cantora, demonstra que não passa de um fantoche nas mãos do grande capital para impedir o avanço da consciência de classe no combate do trabalhadores contra seus inimigos, os capitalistas e a burguesia que controla com sua ideologia de classe dominante a sociedade e deseja nos impor como pensar, agir e até cantar, contado para isso com a ajuda vergonhosa dessa cepa vendida de reformistas que se passaram de malas e bagagens para ventríloquos da nova ordem mundial.