quinta-feira, 4 de novembro de 2021

O CORRUPTO RUI PIMENTA NA “FOLHA DE PAGAMENTO” DE HADDAD PARA ATACAR BOULOS: PORÉM LULA, O CANDIDATO DO PCO, PREFERE ALIANÇA COM ALCKMIN, O TUCANO “SOCIALISTA E ANTI-IMPERIALISTA”... 

O PCO vem desferindo ataques furiosos a Guilherme Boulos, acusando-o em vários artigos de ser “um rato criado em laboratório da CIA e um agente da direita contra o PT” (DCO, 04.11). A LBI não tem nenhuma simpatia pelo dirigente do PSOL-MTST e sua política de colaboração de classes, mas daí a dizer, como faz Rui Pimenta, que ele é “financiado pela CIA” já é um completo devaneio que está a serviço de fortalecer o PT e atacar a candidatura de Boulos em São Paulo para beneficiar Haddad na disputa estadual. Segundo Rui “Boulos foi ‘criado, moldado e impulsionado’ pelo império, é a personalidade da ‘nova esquerda’ que foi criada e impulsionada pelo capital golpista brasileiro”. Logo essa falsa “ortodoxia” do PCO se esvai quando se trata de Lula. Apesar do petista está costurando uma dobradinha eleitoral com o direitista Alckmin para o governo estadual ou até mesmo para ser seu vice (ele ainda está no PSDB mas deve migrar para o PSB), Rui Pimenta afirma categoricamente que a candidatura de Lula deve ser apoiada incondicionalmente pela esquerda, ou seja, independente de quem seja seu vice e dos partidos direitistas e golpistas que formem sua aliança da chapa presidencial do petista e mesmo uma dobradinha do petista com o tucano "socialista e anti-imperialista" em São Paulo. 

Segundo o PCO, Lula é um operário, socialista e anti-imperialista que encarna a classe trabalhadora independente do programa que defenda e das alianças que faça, como a que costura com Alckmin em São Paulo, mesmo em detrimento a Haddad. 

Como o PCO está na "folha de pagamento" de Haddad, Causa Operária volta a carga com ataques fortíssimos e desproporcionais a Boulos em uma operação política que tem o objetivo de salvaguardar a candidatura burguesa do ex-prefeito lançada pelo PT em São Paulo para o governo estadual. 

Rui Pimenta entra em cena porque uma parte da militância petista defende o voto em Boulos e até mesmo que o PT retire a candidatura de Haddad para apoiar o PSOL no 1º turno em troca de uma aliança nacional de apoio a Lula, não vendo com bons olhos a aproximação com Alckmin. Já Lula, uma raposa política burguesa, costura nos bastidores uma dobradinha com o atual tucano que pode migrar para o PSB, se lançado a governador contando com o apoio de Lula ou mesmo ser seu vice, o que é mais improvável.

Não por acaso, Haddad e Alckmin se encontram três vezes neste ano para tratar sobre as eleições ao governo de São Paulo. Nesse cenário de aproximação com o reaça Alckmin é que entra o PCO para fazer o jogo sujo de atacar Boulos. 

O PCO atua em São Paulo como um braço da ala direita do PT, mesmo maquiando sua posição de uma ortodoxia vazia.

A cada dia que passa fica mais evidente que o PCO foi escalado pelo PT e Haddad para atacar “pela esquerda” o “pequeno burguês” Guilherme Boulos (PSOL) em meio à inútil disputa eleitoral. Enquanto diariamente Rui Pimenta acusa Boulos de “agente da CIA, cria dos empresárioe, homem da Frente Ampla, fascista, agente da PM, representante da esquerda tucana e cria do imperialismo” jamais denunciou a candidatura burguesa petista e o próprio Hadad que é financiado de fato pelo grande capital. 

Quanto a Lula, Rui Pimenta não abre a boca para denunciar suas alianças com golpistas e direitista, ao contrário, convoca a esquerda a apoiar sua candidatura burguesa incondicionalmente!

A resposta a esta questão é baseada em um profundo cretinismo eleitoral e não em nenhuma diferença programática na medida em que as três legendas tem plataformas reformistas burgueses (PT, PSOL e o próprio PCO) apenas com diferentes nuances políticos. Para Causa Operária Boulos deveria apoiar o PT para “combater a direita” em São Paulo, como não o faz é alvo da fúria do PCO.

Como é sabido, Rui Pimenta tornou Causa Operária uma legenda de aluguel, muito bem remunerada, do petismo. A corrupção material foi à base da guinada política do PCO, que antes apresentava Lula como “presidente dos banqueiros” (Jornal Causa Operária, nº395, agosto/2004). A razão de fundo para um giro tão abrupto de 360 graus na política do PCO obviamente não esteve em alguma mudança substancial na essência dos governos da Frente Popular de colaboração de classes. Ao passar a considerar a “democracia como um valor universal”, seguindo a trilha dos “teóricos” do PT, do tipo Francisco Weffort que acabou indo ao PSDB, o PCO deu o primeiro passo na senda de sua corrupção material e programática.

A partir deste ponto de inflexão, o PCO começou a aceitar a “generosidade” dos fundos estatais, administrados na época pelo governo do PT, até chegar no financiamento direto da Frente Popular, ora pela via dos apêndices sindicais como a burocracia da CUT, ora por parlamentares com controle do caixa petista.

Ao atacar Boulos sem apontar uma alternativa revolucionária porque é satélite do PT, o PCO acaba por tornar completamente vazias as denúncias contra o PSOL, sem qualquer validade para a luta política das massas e muito menos para o trotskismo.

Para além das diferenças de nuances entre PT e PSOL, o que os une é a profunda identidade ideológica em torno da defesa da democracia burguesa como o regime ideal para conciliar os interesses do proletariado e dos capitalistas, ou seja, a política de colaboração de classes da Frente Popular tão combatida por Leon Trotsky. Esse elemento central que Rui Pimenta não denuncia!

A LBI não tem nenhuma simpatia por Boulos, ao contrário, somos críticos abertos das posições de colaboração de classes do dirigente do MTST, defendemos o boicote eleitoral a essas eleições fraudadas. Entretanto dizer que Boulos “está junto com os golpistas e serve para jogar o eleitorado do PT para a direita” enquanto faz propaganda de Lula e Haddad demonstra que Rui Pimenta e o PCO não passam de uma legenda de aluguel que está na folha de pagamento do esquema burguês corrupto do PT na disputa eleitoral em São Paulo.

Como “tendência externa do PT”, o PCO passou a atacar violentamente as “traições da esquerda em geral”, com o foco obsessivo no PSOL e PSOL, omitindo descaradamente que o principal partido de esquerda no país é justamente o PT, sob a liderança máxima de Lula, o maior responsável pelo imobilismo do movimento de massas diante da ofensiva neoliberal imperialista contra os direitos históricos da classe trabalhadora. 

Triste fim do PCO, hoje reduzido ao papel de “cabo eleitoral” dos burocratas mais repugnantes da Frente Popular, como a Bebel, ex-dirigente pelega da Apeoesp, eleita deputada estadual com o apoio do PCO, do mafioso Jair Tatto, aliado dos empresários nas eleições passadas para prefeito de São Paulo e agora o séquito de Rui Pimenta é formado por um punhado de militantes pagos e acríticos cabos eleitorais de Haddad e Lula, homens de confiança da burguesia.