REPRESENTAÇÃO DIPLOMÁTICA DOS EUA É ATACADA NO IÊMEN: AVANÇA A LUTA CONTRA O
GOVERNO CAPACHO DO IMPERIALISMO IANQUE!
Ocorreu ontem um ataque as instalações da representação diplomática dos EUA em Sana'a, no Iêmen. Um grupo de rebeldes Houthi invadiu o complexo dos EUA em busca de “grandes quantidades de equipamentos e materiais”, de acordo com relatórios regionais. A operação ocorre apenas cinco dias depois que os houthis tornaram reféns mercenários iemenitas que trabalham para os Estados Unidos. Com as seguidas derrotas militares da Arábia Saudita no conflito contra o Iêmen, os governos dos Estados Unidos e a Grã-Bretanha reagiram com o envio adicional de mais tropas na fronteira entre os dois países. O pretexto surrado oficial é a "luta contra o terrorismo". No entanto, não é um segredo para ninguém que as tropas ianques estão ajudando os sauditas contra a resistência anti-imperialista huthi. Os Marxistas Leninistas desde sua principal arma, o programa da revolução, convocam o movimento operário internacional a prestar toda solidariedade ativa com a resistência iemita, para derrotar o maior inimigo dos povos, o imperialismo!
O Departamento de Estado confirmou que os funcionários iemenitas estão sendo mantidos como reféns e que os militantes apoiados pelo Irã tomaram as instalações americanas em Sana'a, que abrigava funcionários da embaixada dos EUA antes da suspensão das operações lá em 2015.
“Os Estados Unidos têm trabalhado
incessantemente em seus esforços diplomáticos para garantir sua libertação”,
disse um porta-voz do Departamento de Estado ao Free Beacon . “A maioria dos
detidos foi libertada, mas os houthis continuam detendo mais funcionários
iemenitas da embaixada.”
Os Estados Unidos instaram os rebeldes Houthi do Iêmen a
liberar um número não especificado de funcionários locais iemenitas detidos que
trabalham para a embaixada dos EUA na capital, Sana’a, diz o Departamento de
Estado, segundo o Washington Times.
De acordo com a reportagem, um porta-voz do Departamento de Estado disse que uma “maioria” do pessoal da Embaixada dos EUA que estava detido foi libertada e que Washington estava se engajando em esforços diplomáticos “incessantes” para libertar os guardas de segurança ainda detidos. Não está claro por que os funcionários iemenitas foram detidos.
A maioria dos detentos foi libertada, mas os rebeldes continuam a manter os funcionários iemenitas da embaixada, acrescentou o porta-voz.
Por causa da guerra civil do Iêmen, os EUA transferiram as operações da embaixada para Riad em 2015. As Nações Unidas disseram, no ano passado, que aproximadamente 233 mil pessoas haviam morrido em consequência do conflito.
Em meio da “cortina de fumaça” mundial do coronavírus, a
ofensiva reacionária imperialista continua avançando em várias partes do globo,
seja com medidas econômicas, ou diretamente militares, como na guerra de
ocupação que permeia todo o Oriente Médio. No Irã segue a política de
asfixiamento do regime dos Aiatolás, com a guerra híbrida e bacteriológica, mas
no Iraque, Síria e Iêmen a agressão imperialista traça o roteiro tradicional
com tanques e aviões de guerra, que ignoram completamente qualquer princípio
humanitário ou os “apelos”da OMS.
Centenas de militares da OTAN e Pentágono chegaram à cidade
portuária de Aden como o primeiro contingente de uma grande força militar que
Washington e Londres vão empregar em breve contra o país árabe. Cerca de 1000
soldados americanos e britânicos chegaram a Aden, segundo Fadi Al-Murshidi,
porta-voz do movimento de resistência.
Murshidi afirmou que Trump e Boris Jhonson, que apóiam a agressão
saudita contra o Iêmen, planejam enviar mais 3.000 soldados em Aden, na base de
Al-Anad, na província de Lahj, na ilha de Socotra, no mar da Arábia, nas
províncias de Hadhramaut, Mahrah e
Shabwah, sob o pretexto de combater o “terrorismo” da guerrilha que já impôs
várias humilhações ao exército do reacionário regime da oligarquia saudita. A
mídia local relata que uma força americana de 110 soldados apoiados por 10
helicópteros Black Hawk, 30 veículos blindados Harvey, quatro sistemas de
defesa aérea Patriot e uma sala de operações integrada alcançou a costa de
Balhaf, na província de Shabwa. Dois
navios de guerra dos EUA já atracaram no Balhaf, principal porto de exportação
de gás natural liquefeito do Iêmen.
A intensificação deslocamento militar ordenado pela Casa Branca nas províncias do sul do Iêmen visa preparar uma possível intervenção militar e o estabelecimento de bases ianques no país. Os objetivos de Trump indicam a intenção do imperialismo em saquear os recursos petrolíferos do país, para reforçar os laços com o regime assassino da Arábia Saudita. A presença de forças norte-americanas no Iêmen ocorre no momento em que Washington começa a retirar parcialmente suas tropas do Afeganistão, após o acordo celebrado com o Talibã, e aparentemente planeja transferi-las para a região do conflito. Desde 2015, Sauditas com apoio de Washington realizam uma sangrenta campanha militar contra o Iêmen para restabelecer o facínora, ex-presidente Abd Rabbuh Mansur Hadi, que renunciou em 2014 e fugiu para a capital da Arábia. Bilhões de dólares em armas foram comprados pelo regime saudita e pelos Estados Unidos, França e Reino Unido para uso na guerra contra o Iêmen. Apesar do forte apoio militar e econômico do imperialismo, o regime saudita e seus aliados da coalizão não conseguiram alcançar nenhum dos objetivos dessa longa guerra de rapina, graças à resistência das forças armadas iemenitas, lideradas pelo movimento nacionalista Ansarollah. O deslocamento das forças do Pentágono para a região, anunciado pela Casa Branca ocorre em um momento em que as forças armadas do Ansarollah fizeram um progresso significativo contra as tropas sauditas em várias frentes da batalha.
O governo Biden “continuará seus esforços diplomáticos para garantir a liberação de nossa equipe e a desocupação de nosso complexo, inclusive por meio de nossos parceiros internacionais”, disse o Departamento de Estado.
A situação dos reféns deve inflamar ainda mais as tensões entre os Estados Unidos e o Irã, que arma e financia os rebeldes Houthi no Iêmen. O governo Trump designou os Houthis como uma organização terrorista, mas essa designação foi removida quando o governo Biden assumiu o cargo - um movimento que foi visto como um gesto de boa vontade para persuadir o Irã a negociações diplomáticas com o objetivo de garantir uma versão reformulada do acordo nuclear de 2015.