CUBA VENCE O “ESTRANHO” SURTO DA VARIANTE DELTA: FÁRMACOS DA
BIG PHARMA (RNA MENSAGEIRO) NÃO ENTRARAM NO PAÍS. IMUNIZAÇÃO DE 80% DA
POPULAÇÃO FOI COM VACINAS NACIONAIS “SOBERANA” E “ABDALA”
Cuba superou o “estranho” surto da variante Delta do Coronavírus, vacinando mais de 8,5 milhões de pessoas, de uma população total de 11,2 milhões de habitantes, ou seja cerca de 75,9% da população. A informação foi fornecida pelas autoridades sanitárias de Cuba, mostrando queda em casos e óbitos nas últimas semanas, situação que atribuem ao avanço da vacinação em massa com as três fórmulas desenvolvidas no país: Abdala, Soberana 02 e Soberana Plus. Os fármacos da Big Pharma contra a Covid, elaborados de forma experimental com a técnica do RNA mensageiro não entraram no país. Desta forma o Estado Operário não necessitou contrair dívidas financeiras junto ao rentismo internacional (Banco Mundial) para engordar os cofres da Big Pharma.
Em consequência dessa massiva proteção imunológica
utilizando um método seguro e cientificamente comprovado, na última
segunda-feira (15/11) foi o primeiro dia de abertura de aeroportos e hotéis ao
turismo internacional. A isso se somam outros aspectos do retorno do país à
normalidade com o retorno de 700.000 alunos do ensino fundamental às aulas
presenciais. O presidente cubano Miguel Díaz-Canel visitou uma escola primária
em Havana, que voltou a receber seus alunos como parte da retomada do ano
letivo 2020-2021. As escolas secundárias e as universidades já funcionam
presencialmente.
Cuba é um dos poucos países do mundo a vacinar sua população
com um imunizante de produção nacional. O governo cubano planeja chegar ao
final de novembro com 92,6% da população vacinada. A situação epidemiológica em
Cuba se transforma para melhor a cada dia, graças ao compromisso e atuação do
sistema de saúde estatal cubano e pela contribuição da ciência e da inovação
dos seus pesquisadores.
“Os nossos cientistas com as suas vacinas – sem exageros –
contribuíram para salvar o país”, assinalou o presidente Diaz-Canel ao presidir
a mais recente reunião do Conselho de Ministros. “Ficam evidentes os resultados
que a campanha de imunização está tendo e a eficácia das vacinas, que começaram
a ser aplicadas em condições muito difíceis, com alta circulação da variante
delta”, avaliou o Primeiro secretário do Comitê Central do Partido Comunista.
Dos 959.064 pacientes que foram diagnosticados com a doença
no país, 1.755 permanecem internados, dos quais 1.704 com evolução clínica
estável. Houve 8.283 mortes, uma taxa de letalidade de 0,86%, bem abaixo da
média mundial que é de 2,01% e das Américas que está em 2,44% e no Brasil em
2,77%. Isso porque a vacinação só foi iniciada praticamente no segundo semestre
deste ano, após cumpridas todas as fases da elaboração e testagem das vacinas
nacionais, exatamente quando um “estranho” surto de uma agressiva variante
acometeu o país.