terça-feira, 9 de novembro de 2021

GOVERNANÇA GLOBAL DO CAPITAL FINANCEIRO “RIFA” A EXTREMA DIREITA MUNDO AFORA: CÂMARA DOS DEPUTADOS DO CHILE APROVA ABERTURA DE IMPEACHMENT DO ODIADO PIÑERA

A Câmara dos Deputados do Chile aprovou nesta terça-feira (9), após um debate de várias horas, a abertura do impeachment do presidente Sebastián Piñera por seu vínculo com a venda de uma empresa mineradora, a Dominga, nas Ilhas Virgens, um paraíso fiscal. O caso foi revelado no conjunto de reportagens chamado de Pandora Papers. Fica evidente que trata-se de uma operação política para se livrar do desgastado Piñera como parte do plano da governança global do capital financeiro de rifar os políticos de extrema-direita pelo mundo afora, como fizeram com Trump e agora vão se livrar de Piñera pela via do impeachment e em breve de Bolsonaro pelas mãos das eleições controladas pela urna eletrônica no Brasil.

Leia Também: DEBATE NO JORNALISMO INVESTIGATIVO: A CIA PODE ESTÁ POR TRÁS DO VAZAMENTO DE DOCUMENTOS DO PANDORA PAPERS?

Os parlamentares conseguiram reunir os 78 votos necessários para que a acusação avance ao Senado. O impeachment precisa de maioria simples para ser aprovado na Câmara, mas no Senado são necessários dois terços votos.

Depois de ser formalmente notificado da decisão na Câmara, o Senado terá um prazo de até seis dias para agendar a votação.

Se a acusação for aprovada nas duas casas, o presidente será retirado do cargo e ficará impossibilitado de exercer funções públicas por cinco anos.

O pedido de impeachment foi feito pela oposição em 13 de outubro. Na sexta-feira (5), os cinco deputados integrantes de uma comissão revisora votaram por rejeitar a acusação.

Documentos revelados pelos Pandora Papers indicam que Piñera pode ter cometido irregularidades ao vender uma empresa de mineração.

A acusação envolve a venda da mina de Dominga, da família do presidente chileno para o empresário Carlos Alberto Délano, e uma transação nas Ilhas Virgens Britânicas (um paraíso fiscal).

O negócio ocorreu em 2010, quando Piñera estava em seu primeiro mandato como presidente.

O Ministério Público do Chile abriu uma investigação para apurar se houve pagamento de propina e violações tributárias na transação.

Uma pesquisa de opinião revelou que 67% dos chilenos concordam com a acusação contra Piñera, o que deu grande espaço para a vontade da governança global do capital financeiro ditar sua vontade em unidade com a esquerda reformista!