GOVERNANÇA GLOBAL DO CAPITAL FINANCEIRO “RIFA” A EXTREMA
DIREITA MUNDO AFORA: CÂMARA DOS DEPUTADOS DO CHILE APROVA ABERTURA DE
IMPEACHMENT DO ODIADO PIÑERA
A Câmara dos Deputados do Chile aprovou nesta terça-feira
(9), após um debate de várias horas, a abertura do impeachment do presidente
Sebastián Piñera por seu vínculo com a venda de uma empresa mineradora, a
Dominga, nas Ilhas Virgens, um paraíso fiscal. O caso foi revelado no conjunto
de reportagens chamado de Pandora Papers. Fica evidente que trata-se de uma operação política para se livrar do desgastado Piñera como parte do plano da governança global do capital financeiro de rifar os políticos de extrema-direita pelo mundo afora, como fizeram com Trump e agora vão se livrar de Piñera pela via do impeachment e em breve de Bolsonaro pelas mãos das eleições controladas pela urna eletrônica no Brasil.
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Os parlamentares conseguiram reunir os 78 votos necessários para que a acusação avance ao Senado. O impeachment precisa de maioria simples para ser aprovado na Câmara, mas no Senado são necessários dois terços votos.
Depois de ser formalmente notificado da decisão na Câmara, o
Senado terá um prazo de até seis dias para agendar a votação.
Se a acusação for aprovada nas duas casas, o presidente será retirado do cargo e ficará impossibilitado de exercer funções públicas por cinco anos.
O pedido de impeachment foi feito pela oposição em 13 de
outubro. Na sexta-feira (5), os cinco deputados integrantes de uma comissão
revisora votaram por rejeitar a acusação.
Documentos revelados pelos Pandora Papers indicam que Piñera pode ter cometido irregularidades ao vender uma empresa de mineração.
A acusação envolve a venda da mina de Dominga, da família do presidente chileno para o empresário Carlos Alberto Délano, e uma transação nas Ilhas Virgens Britânicas (um paraíso fiscal).
O negócio ocorreu em 2010, quando Piñera estava em seu primeiro mandato como presidente.
O Ministério Público do Chile abriu uma investigação para apurar se houve pagamento de propina e violações tributárias na transação.
Uma pesquisa de opinião revelou que 67% dos chilenos concordam com a acusação contra Piñera, o que deu grande espaço para a vontade da governança global do capital financeiro ditar sua vontade em unidade com a esquerda reformista!