LEFT BANK: QUANDO A ESQUERDA DOMESTICADA FUNDA UM BANCO NO BRASIL E SE INTEGRA COMPLETAMENTE AO “DEUS MERCADO”
O Left BanK ou “Banco de Esquerda” é uma instituição financeira que nasceu no marco das iniciativas do PT para se mostrar cada vez mais domesticado e integrado ao “Deus Mercado”. Marco Maia, ex-presidente da Câmara de Deputados na gestão de Lula, se apresenta agora cinicamente como o “banqueiro do bem” e faz o “link” diretamente com o mundo dos rentistas. Ele é diretor-geral dessa fintech petista, empresa do setor financeiro totalmente digital. O Left Bank, informa Marco Maia com orgulho, está devidamente regularizado no Banco Central: “Na verdade as fintechs financeiras são uma novidade introduzida no Brasil no governo Dilma Rousseff. A ideia central era a de aumentar o número de bancarizados no país. Foi com esta nova legislação que surgiu o Nubank por exemplo. Nós hoje somos o que o Nubank foi na sua fundação. Temos menos regulação do Banco Central no início e teremos mais a medida que formos crescendo”. Como se observa é mais um passo na integração do PT e da Frente Popular a democracia dos ricos, agora com esse setor petista completamente corrompido esperando ansiosamente a vitória de Lula em 2022 para fazer amplos negócios e parcerias com o governo federal.
O picareta Maia explica que “No Brasil somos mais de 50
milhões de cidadãos identificados com a esquerda. Estamos filiados a
sindicatos, associações, cooperativas, organizações sociais etc…”. Segundo ele
“Quem nos questiona se não é uma contradição um banco de esquerda, digo que
temos de ser cada vez mais objetivos e propositivos, vivemos numa sociedade
capitalista e enquanto não a mudarmos não podemos fugir”. Em resumo, trata-se
de se adaptar completamente ao modo de produção capitalista e ainda explorar os trabalhadores!
O lema do “Banco de Esquerda” é “Coerente, Inclusivo e Fraterno”, um marketing de mercado com o do outros bancos que vendem sonhos enquanto extorquem o povo trabalhador. Sobre suposta a bondade dos banqueiros, lembremos o dramaturgo Bertolt Brecht, em 1928, que escreveu uma peça denominada “A Ópera dos Três Vinténs”. No terceiro ato, um dos ladrões, que resolveu investir o produto de anos de roubo na aquisição de um banco, explica a seus comparsas as vantagens do novo negócio: “O que é roubar um banco, comparado a fundar um banco?”.
Estudos apontam
que as chamadas fintechs com a estrutura digital agressiva de mercado e com poucos
empregados criou um ambiente onde a oferta de crédito por intermédio dessas
empresas pode ser ainda mais perversa do que via canais convencionais no que se
refere à extração de recursos da classe trabalhadora.
Maia vem avançando com suas parcerias com a CUT, MST, MTST sindicatos e entidades distribuir 20% dos dividendos para os “movimentos sociais”, na verdade para seus dirigentes corruptos e completamente integrados a orgia do capital como a Contraf-CUT.
A ideia não é original. É uma cópia da política de ilusões capitalistas
levada a cabo pelos governos petistas: Lula e os governos do PT fazem o pacto
social e esperam que os monopólios estrangeiros e, mais ainda, é claro, dos
nacionais, uma pequena parte do super botim extraído, ou, mais concretamente,
da mais-valia extraordinária arrancada dos trabalhadores em países semicoloniais.
O Left Bank é apenas um “balão de ensaio” de todo um projeto
da esquerda domesticada que vai ganhar ainda mais corpo em um futuro governo Lula,
onde a parceria entre a corrupta burocracia sindical, a direção petista e os
capitalistas vai avançar contra os interesses imediatos e histórico dos
trabalhadores, cabendo aos revolucionários combater essa nova ordem mundial do
capital financeiro onde o PT é peça chave no Brasil!