domingo, 21 de novembro de 2021

GOVERNO IMPERIALISTA FRANCÊS ENVIA SUAS TROPAS PARA REPRIMIR GREVE GERAL EM SUA COLÔNIA DE GUADALUPE NO CARIBE: MAS LULA E PT SÃO SÓ ELOGIOS AO GENOCIDA MACRON 

Ontem (19/11) o governo imperialista francês, encabeçado pelo neoliberal Macron, anunciou o envio de veículos blindados e reforços militares e policiais e ao arquipélago de Guadalupe, no Caribe, em face do agravamento da crise política produto das mobilizações populares promovidas pelo movimento sindical contra o desemprego, a fome no país e a vacinação obrigatória(passaporte sanitário). Os sindicatos convocaram para a próxima semana uma greve geral por tempo indeterminado.

Até a última terça-feira o prefeito da capital Basse-Terre, Alexandre Rochatte, impôs toque de recolher entre as 6 da tarde e as 5 da manhã. As escolas estão fechadas e as barricadas populares impossibilitam o deslocamento pelas ruas. A situação da colônia francesa, que tem status institucional de Departamento do Ultra Mar, se tornou insurrecional, lembrando a longa greve geral de 2009, com piquetes de jovens e trabalhadores quase sempre encapuzados e armados.

O bloqueio por quatro dias das vias de acesso da maior cidade, Pointe à Pitré, elevou a tensão social no país. Houve tumultos noturnos e duros enfrentamentos entre a política e os manifestantes. As mobilizações de protesto logo se transformaram em confrontos nas ruas entre trabalhadores e tropas de choque, com queima de veículos e prédios, saques de lojas, com quatro joalherias de luxo totalmente depredadas, disparos de morteiro e bombas de gás contra os ativistas.

Os Ministros do Interior da França, Gérald Darmanin, e Ultramar, Sébastien Lecornu, condenaram em nota do governo "com a maior firmeza a violência das manifestações das últimas horas” e indicaram que decidiram enviar 2000 militares e policiais nos próximos dias para "restabelecer a ordem”. Por sua vez, o promotor de justiça, Patrick Desjardins, anunciou a abertura de dois processos sumários por danos, incêndios cometidos por entidades organizadas do movimento.

Os protestos são organizados por diversos sindicatos, como UGTG e LKP, que denunciam a perseguição dos trabalhadores e, principalmente, dos trabalhadores da área de saúde, do decreto que está vigorando em toda a França, de apresentarem o certificado de vacinação para entrar no trabalho.Um dos líderes sindicais mais conhecidos é Elie Domota, porta-voz do LKP (Liyannaj Kont Pwofitasyon, “Movimento contra a exploração” em crioulo).“Temos centenas de trabalhadores que receberam cartas de suspensão do contrato de trabalho, cartas de suspensão do salário, porque não estão vacinados”, explicou. “Nós dizemos não. É um desafio às liberdades fundamentais, o direito ao trabalho e o acesso à saúde”.

Desde que essas regras draconianas e antidemocráticas foram impostas, como o “passaporte sanitário” para estimular a vacinação, a partir de julho passado, gerou-se forte oposição popular nas colônias francesas, com barricadas, incêndios e protestos nas ruas. Hoje, Guadalupe no Caribe é vanguarda deste processo de sublevação popular, que tem se enfrentado diretamente contra a opressão do governo imperialista do reacionário Emmanuel Macron, aliado político de Lula e do PT.