ABUTRES DO FMI AGORA DEFENDEM A “VIDA E A CIÊNCIA”?: EQUADOR
IMPÕE VACINAÇÃO OBRIGATÓRIA PARA TODOS MAIORES DE 5 ANOS POR DETERMINAÇÃO DO FMI
Na última quinta-feira (23/12), o governo neoliberal do Equador impôs a vacinação obrigatória para todos habitantes maiores de cinco anos no país. Até agora, apenas um punhado de países tornou a vacinação obrigatória, como a Áustria (que será implementada em fevereiro do próximo ano), Tajiquistão, Turcomenistão ou Indonésia. Mas até então era uma questão de inocular à força apenas os adultos.
O governo do banqueiro Lasso avançou um pouco mais na linha
do fascismo sanitário. Não é mais suficiente que 69% dos equatorianos tenham
sido totalmente vacinados. Há um
problema: apenas 4 por cento (900.000 pessoas) solicitaram uma terceira dose e
o medicamento deve continuar a ser vendido pela Big Pharma, endividando ainda
mais o país.
O Equador tem um banqueiro, o reacionário Guillermo Lasso, responsável pela gerência do país e as consequências da draconiana medida são óbvias. A vacinação obrigatória nada mais é do que uma política econômica, e nada tem a ver com a “defesa da vida”. Decidiu-se retirar o dinheiro para pagar à vista as corporações da Big Pharma de um novo empréstimo junto ao FMI (800 milhões de dólares de um negócio de 6,5 bilhões de dólares em 27 meses). Não precisa ser muito bem informado para saber da resolução da direção do FMI exigindo de Lasso a compra de um novo lote de vacinas.
Como sempre, os aportes financeiros do FMI estão condicionadas a uma política econômica que tenha os mesmos objetivos do resto do mundo: privatizações e destruição do setor público, redução das férias dos trabalhadores de 30 para 15 dias por ano, funcionários de empresas públicas terão que pagar ao Estado um dia de salário por mês com a redução de 20 por cento dos salários dos novos empregados contratados.
Na semana passada, o passaporte de vacinação passou a ser obrigatório para poder participar de eventos públicos, acessar shopping centers, restaurantes, cinemas ou teatros, onde a lotação foi reduzida pela metade. A atual mortalidade é quase inexistente no país sul-americano e as restrições sanitárias não têm outra finalidade a não ser expandir o mercado da Pfizer e da Sinovac. É necessário “que as vacinas estejam cada vez mais disponíveis”, declarou um “especialista em epidemiologia” do Fundo Monetário Internacional, agora este abutre imperialista é considerado pela esquerda reformista como um “organismo defensor da vida e da ciência”.