NO “APAGAR DAS LUZES” DE 2021: PETROBRAS PRIVATIZA CAMPOS TERRESTRES NO ESPÍRITO SANTO… INICIAR 2022 COM A DEFLAGRAÇÃO DA GREVE NACIONAL DOS PETROLEIROS!
A Petrobras anunciou ontem (29.12) a conclusão da venda de 27 campos terrestres para a Karavan SPE Cricaré. A negociação envolve o pagamento total de US$ 156 milhões (R$ 889,9 milhões). No apagar das luzes de 2021, a Petrobras comunicou que concluiu a venda de 27 campos terrestres no polo Polo Cricaré, no Espírito Santo para a Karavan SPE Cricaré. A empresa, que no ato da compra pagou US$ 11 milhões (R$ 62,7 milhões) à Petrobras, agora desembolsou mais US$ 27 milhões pelos ativos (R$ 154 milhões). O contrato de venda, escreve o portal EPBR, prevê ainda US$ 118 milhões (pouco mais de R$ 673 milhões) em pagamentos contingentes relacionados a preços futuros do petróleo. A concessão é parte da política de privatizações de Paulo Guedes, ministro da Economia de Bolsonaro, e o acordo vergonhoso faz parte da estratégia da Petrobras de sair da exploração e produção de petróleo e gás em terra no Brasil. Os 27 campos registraram produção média, de janeiro a junho de 2020, de cerca de 1,7 mil barris por dia de óleo e 14 mil metros cúbicos por dia de gás. Diante desses diversos ataques é preciso deflagrar em janeiro de 2022 a greve nacional da categoria rompendo com a paralisia da FUP-FNP!
O Polo Cricaré compreende 27 campos terrestres: Biguá, Cacimbas, Campo Grande, Córrego Cedro Norte, Córrego Cedro Norte Sul, Córrego Dourado, Córrego das Pedras, Fazenda Cedro, Fazenda Cedro Norte, Fazenda Queimadas, Fazenda São Jorge, Guriri,Inhambu, Jacutinga, Lagoa Bonita, Lagoa Suruaca, Mariricu,Mariricu Norte, Rio Itaúnas, Rio Preto, Rio Preto Oeste, Rio Preto Sul, Rio São Mateus, São Mateus, São Mateus Leste, Seriema e Tabuiaiá, que estão localizados no estado do Espírito Santo, nos municípios de São Mateus, Jaguaré, Linhares e Conceição da Barra.
Somente a nacionalização plena de nossas reservas naturais e energéticas poderá garantir nossa real independência dos grupos econômicos imperialistas que controlam militarmente os recursos energéticos do planeta. Mas nenhum governo da centro-esquerda burguesa é capaz de potenciar esta tarefa histórica, nem mesmo a “gerência radicalizada” de Chávez se mostrou resolvido em romper a “parceria” com a Texas Company. O combate por um autêntico Governo Operário e Camponês mantém toda sua vigência histórica, como única senda para romper definitivamente os laços de subordinação ao imperialismo. O proletariado brasileiro deve fazer uma vigorosa denúncia do verdadeiro engodo montado pelo imperialismo e o submisso governo Dilma, fiel representante dos rentistas internacionais na entrega dos recursos naturais e suas fontes energéticas. Apenas a ação direta das massas trabalhadoras poderá se opor às investidas imperiais no solo brasileiro, único caminho para a nacionalização plena de nossos recursos naturais e garantir a completa independência dos grandes trustes do petróleo que detém para si o controle militar da energia em todo o planeta. A classe operária em seu conjunto deve empunhar a bandeira do controle da gestão e produção da empresa estatal em confronto direto com os “tecnocratas de esquerda” privatistas pela sua própria natureza de classe. Mãos à obra!