VENDIDA 2ª MAIOR REFINARIA DO PAÍS: AUMENTO GALOPANTE DOS
COMBUSTÍVEIS E IMPORTAÇÃO DE DERIVADOS SÃO OS EFEITOS NEFASTOS DA POLÍTICA DE LIQUIDAÇÃO
DA PETROBRAS
Foi concluída nesta quarta-feira (01/12), a venda da Refinaria Landulpho Alves, na Bahia, entregue por por R$ 10,1 bilhões ao fundo árabe Mubadala Capital por metade de seu valor de mercado. O Brasil, sob a égide do governo neofascista de Bolsonaro, caminha para vivenciar uma crise de abastecimento de combustíveis. A Petrobras anunciou recentemente que venderá 8 das 13 refinarias que possui, um verdadeiro “presente de natal” para os trustes petrolíferos imperialistas, que controlariam o “filé mignon” do mercado nacional de combustíveis.
É preciso ressaltar que o Brasil detém um número
bem abaixo do necessário de refinarias para atender somente a demanda do
mercado interno. Por esta razão a chamada “conta petróleo” (soma das
exportações de petróleo bruto e importação de derivados refinados) é
estruturalmente deficitária para o país.
Os projetos de expansão das refinarias da Petrobras, uma ampliação de 5 novas e modernas unidades industriais, foram suspensos pela ação dos bandidos da “Lava Jato”, que à serviço dos trustes dos EUA disseminaram a farsa que a estatal estava imersa no “mar da corrupção”...
O resultado prático da intervenção dos falsos “vestais” da Lava Jato foi gerar um “rombo” na Petrobras e na balança comercial do Brasil. Mas agora a ameaça dos neofascistas da equipe econômica do governo é ainda maior, para desestabilizar a economia do país pretendem privatizar as refinarias da Petrobras, como parte de um plano geral dos rentistas de afundar a estatal.
Agora, a unidade passará a se chamar Refinaria de Mataripe e será gerida pela Acelen, empresa criada pelo Mubadala para atuar no mercado de refino brasileiro. Entretanto, durante o período de transição, a Petrobras apoiará a Acelen na operação das instalações.
Além da refinaria, a transação incluiu um terminal marítimo de movimentação de petróleo e combustíveis e a malha de dutos associada aos dois negócios, com 669 quilômetros de extensão. Ao todo, a estatal brasileira anunciou a venda de oito refinarias no âmbito de processos que deveriam ser concluídos até o fim do ano, mas até o momento, só três tiveram contratos assinados.
Para os que pensam que a crise de combustíveis por que passa a Venezuela é algo bem distante da nossa realidade, a venda da maioria das nossas refinarias poderá colocar o país totalmente vulnerável aos interesses financeiros dos cartéis imperialistas. O movimento operário deve compreender a gravidade da política neoliberal de “quebrar” Petrobras, “queimando” refinarias e ameaçando a própria soberania energética do Brasil. É necessário organizar a Greve Geral por tempo indeterminado para derrotar a ofensiva neoliberal do imperialismo contra a Petrobras e o povo brasileiro!