domingo, 19 de dezembro de 2021

VITÓRIA DO NEOLIBERAL BORIC E JANTAR COM OPUS DEI ALCKMIN: FRENTE POPULAR ENTRA EM “ORGASMO” PRÉ-ELEITORAL

A vitória do candidato social-democrata Boric, cantada pela esquerda reformista como a “derrota do fascismo no Chile” (como se o verdadeiro fascismo no país andino não fosse representado pelo regime pinochetista, que tanto Boric como Kast apoiam integralmente), e o jantar de confraternização com o reacionário Opus Dei Geraldo Alckmin, deixaram a esquerda reformista em um frenético orgasmo pré-eleitoral neste domingo (19/12). No dito rega-bofe da elite paulistana oferecido a Lula, estiveram as personalidades mais sinistras da política burguesa nacional, como Renan Calheiros, Osmar Azis, Artur Virgílio, etc... mas o centro das atenções do ex-presidente estava voltado mesmo a Alckmin: “Não importa se no passado fomos adversários, se trocamos algumas botinadas. O tamanho do desafio que temos pela frente, faz de cada um de nós um aliado de primeira hora”. Lula também não poupou elogios ao ex-ministro da Ditadura Militar, o rentista Delfim Neto, um “ardoroso apoiador” dos oito anos do governo da Frente Popular, afirmou o líder do PT. O elogio a Delfim na verdade se estende a todos os banqueiros do país, que nunca ganharam tanto dinheiro como nos governos de colaboração de classes. 

Com o aval da nova orientação do imperialismo ianque para a América Latina, ou seja empossar governos da Centro Esquerda burguesa para controlarem (enterrarem) com mais “consistência” as revoltas populares, Lula está seguro que retornará ao Planalto em 2022. Neste roldão falsamente democratizante ingressou Boric no Chile, na Colômbia sairá o neofascista Ivan Duque para dar lugar ao reformista Gustavo Petro, que se juntará aos encurralados Arce na Bolívia e Pedro Castillo no Peru.

Porém como ocorre na Bolívia, Argentina, Peru e México, estes governos estão sob chantagem direta das forças reacionárias, e seguindo à risca o “cardápio” imposto pela governança global do capital financeiro. Neste sentido são mais úteis aos monopólios financeiros imperialistas do que os recalcitrantes gerentes da extrema direita. O Deep State ianque já se livrou inclusive do neofascista Trump, eliminar os periféricos Macri, Pineda, Duque e Bolsonaro é uma tarefa de “jardim de infância” para os “arquitetos” da CIA. É claro que esta operação de reciclagem política na “colônia latina” é realizada sob o manto do sufrágio universal e da suposta “vontade do povo” expressa nas urnas, no caso do Brasil as roubotrônicas mesmo...

A crise estrutural capitalista se agudiza no mundo inteiro, a pandemia do Coronavírus não passa de uma tentativa de queimar parte do excesso de super produção de mercadorias, otimizando o negócio trilionário das vacinas da Big Pharma, entretanto gera na outra ponta da economia o desemprego, inflação e fome. A rebelião popular global está em um crescente desenvolvimento político, para contê-la não basta só a repressão policial e militar, é necessário convocar os coveiros da revolução para gerenciar a crise do Estado capitalista, é aí que entram em cena para o imperialismo os Boric e Lulas da vida...