quarta-feira, 15 de dezembro de 2021

AUMENTO DA FOME NO BRASIL: OS ÚLTIMOS GERENTES BURGUESES RESPONSÁVEIS PELA CATÁSTROFE HUMANITÁRIA SÃO DILMA, TEMER E BOLSONARO!

Estudo elaborado pela Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (FSP-USP) sobre a fome no Brasil aponta evidente piora da situação desde a vigência dos governos burgueses neoliberais. A partir dos últimos anos da década passada, a insegurança alimentar voltou a crescer no Brasil. A fome está presente demagogicamente nas capas de jornais e reportagens da mídia corporativa. São relatos e imagens diárias de brasileiros com pratos vazios, procurando ossos descartados ou revirando o lixo.

A fome exibida nessas imagens, é claro, existe e é extremamente degradante. Entretanto, ela não é a única manifestação do fenômeno, e nem é a mais comum. Os brasileiros que estão expostos à insegurança alimentar muitas vezes têm algum tipo de comida no prato, mas frequentemente sem a diversidade calórica ou a quantidade proteica necessária.

Em 2020, após dois anos do governo neofascista de Bolsonaro, 55% da população do país têm algum grau de insegurança alimentar e quase 10% convivem com a insegurança grave. Com a crise econômica capitalista agravada pelos bloqueios da pandemia, este ano a insegurança alimentar e a fome podem ter aumentado ainda mais. Os dados de 2020 mostram que pela primeira vez, desde o início dessa série histórica, há mais brasileiros em situação de insegurança alimentar do que em segurança.

A medição da fome da população, considerado pelo estudo, foi estabelecida em 2004, em pleno governo Lula, com a introdução da Escala Brasileira de Medida Direta de Insegurança Alimentar (EBIA) para mensurar a fome e a falta de acesso a alimentos. Uma metodologia que considera que “a fome não se manifesta apenas quando a barriga ronca e não há comida na mesa”, mas quando a “insegurança sobre o dia seguinte é enorme” ou ainda quando há uma “preocupação com falta de alimentos no curto prazo”.

A pesquisa inclui entre os dois limites acima referidos, as situações de “insegurança alimentar leve” e “insegurança alimentar moderada”, num total de quatro categorias. Em relação a 2013, quando a pesquisa monstra uma situação levemente mais favorável, com 77% da população com segurança alimentar, 13% com insegurança alimentar leve, 6% de insegurança alimentar moderada e apenas 4% com insegurança alimentar grave, fica evidente retrocesso, produto direta do aprofundamento da crise estrutural do capitalismo.

O número de pessoas em situação de insegurança alimentar grave no Brasil pulou de 8,8 milhões em 2013 no governo Dilma, para 19,1 milhões em 2020. Em 2020, a pandemia de Covid se soma aos lockdowns, falências de pequenos negócios por conta da imposição do Isolamento Social, acrescido do desmonte dos programas sociais. Assim se intensifica o aumento da fome, que já ocorria de forma intensa desde os governos FHC, passando pelo PT e os gerentes golpistas.

Retrocesso esse já detectado no início 2018, depois da recessão capitalista dos anos de 2015 e 2016 e o aprofundamento das políticas neoliberais dos governo Dilma e Temer, quando a segurança alimentar fica em 63% ou queda de 14 pontos percentuais também em relação a 2013. Se a fome se alastrou no país, reflexo direto do estancamento das forças produtivas mundiais, que castigam nossa colônia periférica com a barbárie famélica, também é verdadeiro que os últimos gerentes burgueses do Estado capitalista (esquerda ou direita) são apenas meros fantoches do rentismo internacional.