domingo, 19 de dezembro de 2021

SUDÃO NAS RUAS: MANIFESTAÇÕES MULTITUDINÁRIAS CONTRA GOLPE E O ACORDO TRAIDOR CONTINUAM

Desde 25 de outubro, as manifestações no Sudão exigindo a saída do governo militar não pararam. Pelo menos 40 mortes foram registradas nos protestos. Os sudaneses continuam seus dias de protestos e manifestações neste domingo em Cartum, capital do país africano, contra o golpe militar e o acordo traidor celebrado com a oposição burguesa. Os protestos contra o acordo entre os policiais uniformizados e o governo chefiado pelo primeiro-ministro Abdullah Hamdok não param há semanas. 

Durante o golpe, o exército sudanês sequestrou e prendeu vários funcionários do governo, incluindo Hamdok, que foi colocado em prisão domiciliar. O líder militar, Abdelfatah al Burhan, anunciou no dia 25 de outubro a dissolução do Conselho Soberano e do governo civil, além de impor o estado de emergência. No entanto, em 21 de novembro, Burhan e Hamdok assinaram um acordo em que o último assumiria, do qual ele foi removido à força. Várias organizações e centenas de pessoas mostraram sua rejeição ao acordo, e é por isso que continuam a se manifestar. Hamdok deixou de ser a insígnia do antimilitar e do golpe para ser considerado um traidor. 

A crise política vivida no Sudão vem deste 2019, quando o antigo ditador sudanês Omar al-Bashir, que estava no poder à três décadas foi deposto, depois de 8 meses de protestos. Após essa histórica luta do povo sudanês, foi criado um governo de transição composto por civis. 

Os Marxistas Leninistas convocam a solidariedade ativa com o proletariado sudanês, mobilizando o proletariado internacional para denunciar esta tentativa de golpe militar contra as massas em luta contra a exploração do país pelas corporações imperialistas. Abaixo o Golpe Militar!