quinta-feira, 30 de dezembro de 2021

IMPACTOS ECONÔMICOS DA NOVA ORDEM NO BRASIL: PRECARIZAÇÃO DO PROLETARIADO CRESCE E JÁ ATINGE 40% DA FORÇA DE TRABALHO 


A informalidade, ou seja, a precarização geral das relações do trabalho já atinge 38,2 milhões de brasileiros, tendo como consequência imediata o desabamento da renda familiar em cerca de 15%. Este fenômeno econômico capitalista que se intensificou na instauração da Nova Ordem Mundial do Controle Sanitário e Isolamento Social, também elevou a taxa de desemprego no Brasil para 12,1%, somente no trimestre encerrado em outubro de 2021, puxada principalmente pelo predomínio do trabalho informal, que avançou sobre 40,7% da população ocupada, atingindo 38,2 milhões de brasileiros. O trabalho por contra própria aumentou para 25,6 milhões de pessoas. Os dados oficiais são da pesquisa PNAD Contínua do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados nesta última terça-feira (28/12). 

Com a ascensão das vagas de baixos salários e da disparada da inflação, a renda despencou. O rendimento real habitual caiu 4,6% e chegou a R$ 2.449 em outubro. O recuo foi de 11,1% em relação ao mesmo trimestre de 2020. “Nenhum dos grupamentos de atividades teve crescimento no rendimento médio real habitual, frente ao trimestre anterior, mas houve três reduções: Indústria geral (-4,1%), Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (-2,8%) Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (-7,1%)”, destacou a pesquisa do IBGE. 


Na comparação anual, o Instituto também destacou que não houve crescimento no rendimento de qualquer grupamento, “mas seis deles mostraram reduções: Indústria (-16,1%), Construção (-7,4), Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (-10,0%), Informação, Comunicação e Atividades Financeiras, Imobiliárias, Profissionais e Administrativas (-9,3%), Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (-11,6%) e Serviços domésticos (-5,1%)”. Ao todo, o desemprego atinge 12,9 milhões de brasileiros. A taxa composta de subutilização da força de trabalho foi estimada em 25,7%. A soma de pessoas subutilizadas no Brasil chegou a 29,9 milhões de pessoas no trimestre.


O número de pessoas subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas foi de 7,7 milhões de pessoas no trimestre móvel de agosto a outubro de 2021, alta de 17,7% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior (6,5 milhões de pessoas). Em outubro, o Brasil contava com 5,076 milhões de pessoas em situação de “desalento”, ou seja, que desistiram de procurar emprego.Ao todo, no Brasil são mais de 38,2 milhões de trabalhadores informais. Isto significa que 40,7% da força de trabalho ocupada está sobrevivendo de “bicos”, de atividades de trabalho precário e mal remuneradas.


O número de trabalhadores por conta própria chegou a 25,6 milhões de pessoas, alta de 2,6% na comparação mensal e 15,8% na comparação anual.O trabalho doméstico também cresceu. São 5,5 milhões de pessoas nesta atividade, um aumento de 7,8% no trimestre e 22,3% no ano. O emprego com carteira no setor privado está bem abaixo do que era antes da pandemia, ou seja uma nefasta consequência da Nova Ordem do Controle Sanitário e Isolamento Social, imposta pela governança global do capital financeiro.