GUERRA IMPERIALISTA CONTRA A SÍRIA: O GENOCIDA BIDEN CONTINUA PRATICANDO TERRORISMO
O imperialismo ianque não quer saber o que acontece em suas guerras de rapinagem. Os EUA quer acreditar que toda guerra começa de boa fé, quer fazer acreditar que “nosso lado está limpo”, como qualquer força de boa-fé deveria estar. E então, em algum momento, queremos esquecer tudo, exceto algumas atualizações da Casa Branca para os soldados que voltam para o lar no Dia de Ação de Graças. Mas o que acontece quando a verdade, a verdade primordial dos genocídios que vai além de um único acontecimento, emerge sob o pesado manto da mentira midiática?
Você deve se lembrar que os Estados Unidos entraram na
guerra na Síria em 2015 sob a gerência de Barack Obama. Com efeito, tornou-se
um grande tema na campanha de 2016, com a pergunta, onipresente nos debates,
"Você colocaria soldados no campo real?" O Republicano Trump, que não era abertamente
a favor, fez isso e agora, sob um terceiro presidente, o Democrata Biden, cerca de 900 soldados norte-americanos ainda
estão na Síria praticando atos terroristas em nome da “liberdade”.
Seria surpreendente se um em cada 100 americanos soubesse
hoje que os EUA está em guerra na Síria. Não pergunte ao senador Tim Kaine,
companheiro de chapa de Clinton em 2016. Em uma audiência recente no Congresso
ele disse sobre a América: “Estou aliviado que, pela primeira vez em 20 anos,
as crianças nascidas neste país hoje não tenham nascido em uma nação em
guerra”. É duvidoso que Kaine ou qualquer outra pessoa, quando informado sobre
a batalha em curso na Síria, possa explicar por que ela continua.
Portanto, foi bastante “surpreendente” ver na primeira
página do insuspeito “New York Times” uma investigação sobre um ataque aéreo
ianque que durou mais de dois anos em Baghuz, na Síria, que matou cerca de 80
mulheres e crianças. Embora todo o
ataque tenha sido filmado por um drone, é improvável que uma contagem precisa
do número de mortos possa ser feita, já que as armas lançadas - totalizando
mais de 2.500 libras de explosivos - teriam reduzido a maioria dos mortos a uma
névoa rosa fina. É difícil contar isso.
A quantidade de explosivos usados contra esses alvos humanos indefesos
no ar era aproximadamente equivalente à transportada por um bombardeiro B-25
durante a Segunda Guerra Mundial. Não há
nada de cirúrgico nisso.
O “New York Times” reconstruiu o que aconteceu, detalhou o
acobertamento e publicou a história neste último fim de semana. Um porta-voz do
Pentágono afirmou: "Abominamos a perda de vidas inocentes", mas
declarou que o ataque aéreo foi justificado de acordo com as regras que eles
próprios estabeleceram. É altamente improvável que qualquer outra coisa resulte
disso. Os corpos cinzentos de mulheres e
crianças são outros fantasmas da política de guerra do Imperialismo e seu Deep
State criminoso.
Mas o verdadeiro escândalo é aquele que o “New York Times”
não reconhece. Eles tratam como se tudo fosse novo: o choque com a morte de
civis, o acobertamento, o próprio delator [se tornando] o novo alvo. Mas se recusam em sua recém descoberta, a reconhecer que o massacre
está mais perto da norma do que da exceção. Depois de quase 1.000 ataques
aéreos na Síria e no Iraque em 2019, usando 4.729 bombas e mísseis, a contagem
oficial de civis mortos no ano foi adulterada.
A Casa Branca costuma usar o termo “crime de guerra” apenas
quando pode atribuí-lo a um pelotão rebelde ou a uma força militar insurgente.
Mas quando se trata do uso de armas modernas contra grupos civis, torna-se uma
espécie de evento quase legal do Estado imperialista que deve ser passivamente
aceitado. Entretanto o mais absurdo ainda é o apoio político que a esquerda
reformista(até mesmo as correntes revisionistas que reivindicam o
Trotskysmo)empresta as ações genocidas do imperialismo, seja diretamente ou
pela via do seu braço armado OTAN, em nome da “democracia e liberdade contra os
ditadores”.