quinta-feira, 16 de dezembro de 2021

GUERRA IMPERIALISTA CONTRA A SÍRIA: O GENOCIDA BIDEN CONTINUA PRATICANDO TERRORISMO

O imperialismo ianque não quer saber o que acontece em suas guerras de rapinagem. Os EUA quer acreditar que toda guerra começa de boa fé, quer fazer acreditar que “nosso lado está limpo”, como qualquer força de boa-fé deveria estar. E então, em algum momento, queremos esquecer tudo, exceto algumas atualizações da Casa Branca para os soldados que voltam para o lar no Dia de Ação de Graças. Mas o que acontece quando a verdade, a verdade primordial dos genocídios que vai além de um único acontecimento, emerge sob o pesado manto da mentira midiática?

Você deve se lembrar que os Estados Unidos entraram na guerra na Síria em 2015 sob a gerência de Barack Obama. Com efeito, tornou-se um grande tema na campanha de 2016, com a pergunta, onipresente nos debates, "Você colocaria soldados no campo real?"  O Republicano Trump, que não era abertamente a favor, fez isso e agora, sob um terceiro presidente, o Democrata Biden,  cerca de 900 soldados norte-americanos ainda estão na Síria praticando atos terroristas em nome da “liberdade”.

Seria surpreendente se um em cada 100 americanos soubesse hoje que os EUA está em guerra na Síria. Não pergunte ao senador Tim Kaine, companheiro de chapa de Clinton em 2016. Em uma audiência recente no Congresso ele disse sobre a América: “Estou aliviado que, pela primeira vez em 20 anos, as crianças nascidas neste país hoje não tenham nascido em uma nação em guerra”. É duvidoso que Kaine ou qualquer outra pessoa, quando informado sobre a batalha em curso na Síria, possa explicar por que ela continua.

Portanto, foi bastante “surpreendente” ver na primeira página do insuspeito “New York Times” uma investigação sobre um ataque aéreo ianque que durou mais de dois anos em Baghuz, na Síria, que matou cerca de 80 mulheres e crianças.  Embora todo o ataque tenha sido filmado por um drone, é improvável que uma contagem precisa do número de mortos possa ser feita, já que as armas lançadas - totalizando mais de 2.500 libras de explosivos - teriam reduzido a maioria dos mortos a uma névoa rosa fina. É difícil contar isso.  A quantidade de explosivos usados ​​contra esses alvos humanos indefesos no ar era aproximadamente equivalente à transportada por um bombardeiro B-25 durante a Segunda Guerra Mundial.  Não há nada de cirúrgico nisso.

O “New York Times” reconstruiu o que aconteceu, detalhou o acobertamento e publicou a história neste último fim de semana. Um porta-voz do Pentágono afirmou: "Abominamos a perda de vidas inocentes", mas declarou que o ataque aéreo foi justificado de acordo com as regras que eles próprios estabeleceram. É altamente improvável que qualquer outra coisa resulte disso.  Os corpos cinzentos de mulheres e crianças são outros fantasmas da política de guerra do Imperialismo e seu Deep State criminoso.

Mas o verdadeiro escândalo é aquele que o “New York Times” não reconhece. Eles tratam como se tudo fosse novo: o choque com a morte de civis, o acobertamento, o próprio delator [se tornando] o novo alvo.  Mas se recusam em sua  recém descoberta, a reconhecer que o massacre está mais perto da norma do que da exceção. Depois de quase 1.000 ataques aéreos na Síria e no Iraque em 2019, usando 4.729 bombas e mísseis, a contagem oficial de civis mortos no ano foi adulterada.

A Casa Branca costuma usar o termo “crime de guerra” apenas quando pode atribuí-lo a um pelotão rebelde ou a uma força militar insurgente. Mas quando se trata do uso de armas modernas contra grupos civis, torna-se uma espécie de evento quase legal do Estado imperialista que deve ser passivamente aceitado. Entretanto o mais absurdo ainda é o apoio político que a esquerda reformista(até mesmo as correntes revisionistas que reivindicam o Trotskysmo)empresta as ações genocidas do imperialismo, seja diretamente ou pela via do seu braço armado OTAN, em nome da “democracia e liberdade contra os ditadores”.