ATOS DO 7 DE SETEMBRO: MOBILIZAÇÃO DA ESQUERDA REFORMISTA CONTRA UMA SUPOSTA AMEAÇA DE GOLPE FASCISTA OU UMA MEDIÇÃO DE FORÇA ELEITORAL ENTRE A FRENTE POPULAR E A DIREITA BOLSONARISTA?
A esquerda reformista, sob o comando do PT e da CUT, convocou para este 7 de setembro atos de rua contra uma suposta “ameaça fascista”, manifestações ordeiras e pacíficas para barrar um pretenso “golpe” que seria perpetrado por Bolsonaro e suas hordas da extrema-direita com o apoio de setores militares, principalmente ligados as polícias. A LBI vem alertando a vanguarda classista que esse cenário é uma completa ficção política criada pela Frente Popular para levar adiante sua política de colaboração de classes, fazendo alianças com os partidos burgueses como o PSDB, MDB, PSD e setores de “Centrão” em nome da pretensa “defesa da democracia”, uma aproximação política à direita neoliberal que de fato tem como objetivo fortalecer a candidatura Lula para 2022 sustentada por uma frente ampla burguesa contra Bolsonaro.
Não há nenhuma ameaça fascista no horizonte, não vai ter
golpe neste 7 de setembro como alardeia a esquerda reformista. Os atos convocados por Bolsonaro fundamentalmente em São Paulo e Brasília,
são atos de caráter eleitoral para coesionar sua base eleitoral e social (cerca de 20% dos votantes), que vê seu governo naufragando ser atacado pelo STF, Rede Globo e a
CPI da Covid-19, com os chamados “ministros ideológicos” demitidos e
substituídos por “quadros técnicos” que servem ao “Deus Mercado” e a Big Pharma,
como Queiroga na saúde.
Bolsonaro encontra-se fragilizado, sem apoio dos setores burgueses estratégicos as suas bravatas golpistas, como vimos no manifesto dos banqueiros (Febraban) e do agro-negócio, isolado dentro das instituções do regime político.
A Casa Branca e o Pentágono já deixaram claro para o alto comando
das FFAA que não aprova nenhum movimento que saia das “quatro linhas” da
Constituição burguesa. Biden deseja que as eleições de 2022 ocorram normalmente no Brasil e entronem no Planalto um
nome completamente alinhado a nova ordem mundial sob o comando do capital financeiro
e esse “escolhido” pela governança global que orquestrou a pandemia não é Bolsonaro. Lula, Dória, Hulk, Pacheco... são os peões de Washington no horizonte.
Até lá a ordem é Bolsonaro seguir a ajuste neoliberal no
parlamento, sua base fisiológica ancorada no "Centrão" tem a missão de aprovar as contrarreformas que
atacam os trabalhadores, privatizando estatais como os Correios e a Eletrobras.
Sua maioria na Câmara e no Senado lhe garante até o momento barrar o
impeachment mas ele paga (literalmente) um alto preço por essa condição de refém político.
Nesse cenário, Lula e o PT usam o “espantalho neofascista”
para ampliar suas alianças burguesas, negociando o apoio de FHC, Tasso e Dória em um
possível segundo turno da disputa presidencial ao petista e costurando chapas
com a centro-direita nos estados.
Não por acaso, Lula e a CUT já vem desmobilizando os atos desse 7 de setembro convocados pela Frente Popular. Ele e um amplo leque da esquerda reformista, como Marcelo Freixo, orientaram a militância a não ir aos atos para supostamente não “provocar os bolsonaristas”, para não fazer o 7 de setembro supostamente "virar uma guerra".
Para os Marxistas Revolucionários da LBI, o 7 de Setembro será uma medição de força eleitoral dos dois lados (Frente Popular versus Direita Bolsonarista) para aferir seus "músculos" para 2022, com o PT inclusive não
jogando muito peso justamente para manter o discurso da crescente “ameaça
fascista” na medida que os atos bolsonaristas obviamente serão bem fortes porque o
governo mobilizou toda sua base e a Frente Popular não, só atuou de forma moderada e até mesmo orientando seus apoiadores a "ficar em casa, não aglomerar na pandemia". Lula inclusive decidiu não participar
dos atos após encontro com a burocracia sindical que organiza o "Fora
Bolsonaro" de 7 de setembro. O petista se comprometeu apenas a gravar um
pronunciamento, que será exibido aos manifestantes no Vale do Anhangabaú, em
São Paulo.
A LBI lançou um manifesto para este 7 de Setembro, desde nossas modestas forças chamamos a mobilizar os trabalhadores da cidade e do campo para colocar abaixo a ditadura “democrática” do capital, o verdadeiro regime “civil” que ataca as liberdades democráticas e explora a classe trabalhadora. Para tanto é preciso romper com a política de colaboração de classes para derrotar o fascismo sanitário imposto pelo Fórum de Davos/OMS e seus capachos, como Bolsonaro, Lula e os governadores genocidas!
Nessa senda de duro combate, devemos lutar nas ruas contra a nova ordem mundial do capital financeiro para abrir caminho para um poder de novo tipo, revolucionário e comunista, baseado na ditadura do proletariado!