DOCUMENTÁRIO SOBRE A “FAKEADA”: LBI DENUNCIOU IMEDIATAMETNE O FALSO ATENTADO ENQUANTO O PT E A ESQUERDA REFORMISTA SE SOLIDARIZARAM COM BOLSONARO
O documentário “Bolsonaro e Adélio - Uma fakeada no coração do Brasil” do jornalista e repórter investigativo Joaquim de Carvalho confirma plenamente a denúncia que o Blog da LBI fez no dia do falso atentado. Na época, o PT e o conjunto da esquerda reformista (incluindo os grupos revisionistas do Trotskismo) se solidarizou com Bolsonaro, mas agora o documentário, que faz parte da campanha para desgastar eleitoralmenre Bolsonaro, é forçado a nos dá razão, quando antes diziam que tudo não passava de mais uma "Teoria da Conspiração da LBI".
Analisando as imagens da facada não foram encontradas uma única gota de sangue na camisa que Bolsonaro, tudo apontava que se tratou de uma “fakeada”. Como o Blog da LBI analisou na época, foi um suposto atentado terrorista envolto em circunstâncias muito “estranhas”, para falar apenas o mínimo.
O então candidato neofascista foi alvo de uma “facada”, aparentemente desferida por uma pessoa com supostos "distúrbios" mentais. Naquele momento pontuamos que não havia nada de conclusivo neste pretenso atentado, aleratamos que sequer podemos afirmar que assumiu a gravidade letal com que a mídia corporativa tratou o fato.
Sabemos historicamente que os “barões murdochianos” são capazes de produzir qualquer “Fake News” e esta constatação não faz parte de qualquer adesão as “teorias da conspiração”, utilizada sempre para desqualificar as denúncias feitas pela esquerda revolucionária.
Está absolutamente cristalino que a facada levada por Bolsonaro no calor da campanha eleitoral foi uma operação bem preparada por seu próprio entorno político para "blindar" o candidato dos ataques de seus adversários, retirando o despreparado fascista dos debates televisivos e ainda por cima o projetando como o "mártir" de uma "disputa suja e violenta" por parte do PT.
A estratégia da farsa, adotada por Bolsonaro se confirmou como a melhor opção do momento, visto que na época todas as projeções das pesquisas eleitorais indicavam sua derrota no segundo turno. Sem aparecer nos debates e se colocando com a "vítima" do processo eleitoral, Bolsonaro conseguiu bater o candidato petista, um suplente sem o carisma de Lula, por uma diferença pequena de votos.
Eleito para a gerência do Estado Burguês, Bolsonaro atravessou dificuldades para cumprir as totalmente promessas neoliberais que o levaram ao Planalto, posto que sequer conseguiu um consenso político em seu gabinete da necessidade de privatizar de uma só "canetada" as principais empresas estatais do país: BB, CEF, PETROBRAS, CORREIOS Etc...
Por isso o imperialismo e seus agentes nacionais diretos, como a famiglia Marinho, lançaram uma campanha para chantagear Bolsonaro e acelerar a ofensiva neoliberal, sem nenhum tipo de pausa ou etapas.
A chantagem dos rentistas consiste em estourar na mídia "murdochiana" escândalos recorrentes envolvendo o clã fascista, chegando mesmo na possibilidade de revelar a "trama da facada".
O movimento operário e popular deve guardar a
maior independência política das instituições manipuladas do regime
bonapartista em vigor, preparando a resposta aos ataques neoliberais pela via
da ação direta das massas, rumo a construção de uma alternativa de seu próprio
poder estatal proletário!
Pela grande dimensão política do atentado, só podemos
garantir uma questão, se foi “fabricado” artificialmente partiu de uma
iniciativa do regime burguês em seu conjunto (polícia, justiça e forças
armadas), e com o apoio “logístico” da Rede Globo, não podemos desconsiderar
que Bolsonaro reuniu-se com a famiglia Marinho uma semana antes da suposta
agressão a sua integridade física.
Alertamos naquele dia que era absolutamente lógico que nenhuma organização de esquerda ou mesmo militantes lúcidos do movimento de massas praticaria atos violentos desconectados, sem que correspondesse a uma ação de autodefesa da classe trabalhadora.
Porém se um ato "tresloucado" como este (no caso de ter sido uma iniciativa pessoal de Adélio), que joga água no moinho da candidatura de Bolsonaro ao Planalto, não poderia contar com o aval político da esquerda revolucionária, outra posição completamente distinta é sair se solidarizando com o fascista, em nome da democracia dos ricos e seu circo eleitoral.
Que o PT, PCdoB, PSOL e PCO, como partidos de esquerda totalmente integrados ao regime burguês, façam a apologia da "paz social" e repudiem genericamente a "violência", como forma de não abalar a estabilidade do modo de produção capitalista, nada mais coerente e lógico para reforçar a política da colaboração de classes. Mas para a esquerda que se reivindica revolucionária, defender Bolsonaro contra um ataque de um outro energúmeno direitista, ou mesmo uma marionete de forças políticas ainda mais sinistras, revela um altíssimo grau de degeneração ideológica e programática.
Correntes revisionistas como PSTU, MRT, "Resistência" e CST (estes últimos satélites externos e internos do PSOL), justificaram sua "condenação" ao ataque imputando um suposto caráter "democrático" ao fascista Bolsonaro, arrolando o fato do mesmo estar concorrendo às eleições, por uma via de "normalidade institucional", em outras palavras Bolsonaro era candidato e merecia portanto um "tratamento" democrático e republicano.
A participação nas eleições parlamentares produziria uma espécie de "salvo conduto" para estes fascistas. Nós os Marxistas Revolucionários levantamos posições radicalmente diferentes das defendidas pela esquerda revisionista, não separamos as eleições gerais do processo abrangente da luta de classes, por isso mesmo dispensamos o mesmo tratamento político para um neofascista, seja ele candidato ou não.