“SíNDROME DE HAVANA”: EUA ESTÃO PROVANDO DO SEU PRÓPRIO
“VENENO” OU MAIS UMA “TEORIA DA CONSPIRAÇÃO” DA CIA PARA ATACAR CUBA?
Cientistas da Academia de Ciências de Cuba negaram nesta segunda-feira em entrevista coletiva a existência da chamada “Síndrome de Havana”, termo usado para se referir aos chamados incidentes de saúde ou “ataques sônicos”, relatados em 2017 por diplomatas dos Estados Unidos (EUA) em Habana. Cientistas cubanos denunciaram a alegação dos Estados Unidos de impor uma narrativa a falsas acusações. Seria mais uma “Teoria da Conspiração” montada pela CIA divulgada pela mídia corporativa ou os EUA estão provando de seu próprio veneno no marco da guerra híbrida que leva contra o Estado Operário, quando inclusive lançou o ataque bacteriológico para incrementar a pandemia na Ilha?
Ao longo da história ficou sobejamente comprovado que o tiro que matou Kennedy não saiu da arma de Oswald, e que tampouco a URSS e Cuba nunca planejaram assassinar o presidente, ao contrário da CIA e do Pentágono profundamente contrariados com a decisão da Casa Branca de buscar um acordo diplomático para o conflito do Vietnã.
A poderosa indústria bélica norte-americana, já com sua produção aquecida para a guerra, teria um rombo de algumas dezenas de bilhões de dólares, não tendo hesitação alguma de acionar a CIA em uma intrigada operação para tirar Kennedy da Casa Branca pela via de um caixão de defunto.
Porém tinha sido cunhado o termo de “Teoria da Conspiração” para todos
que ousassem “colocar a boca no trombone”, seriam ridicularizados como
“conspiranóicos”.
A "Síndrome de Havana" surgiu pela primeira vez em Cuba, em 2016. Os primeiros casos foram entre agentes da CIA (agência de inteligência americana), o que significa que foram mantidos em segredo. Mas, eventualmente, a notícia se espalhou e, com ela, a ansiedade. Vinte e seis funcionários e familiares relataram uma ampla variedade de sintomas.
Houve rumores de que alguns colegas pensavam que os doentes eram loucos e que "tudo estava na cabeça deles". Cinco anos depois, os relatos agora chegam às centenas e abrangem todos os continentes, deixando um impacto real na capacidade dos Estados Unidos de operar no exterior.
“A Academia Cubana de Ciências rejeita como 'verdade
estabelecida' uma narrativa construída sem bases científicas reais”, disse
Mitchel Valdés-Sosa, diretor-geral do Centro Cubano de Neurociências. Valdés-Sosa
disse que, em princípio, existem diferenças significativas entre os casos
notificados, por isso é impossível conceituar manifestações tão diversas como
uma suposta 'síndrome misteriosa'.
A respeito do relatório elaborado por especialistas da
Academia Cubana de Ciências (ACC), divulgado na última segunda-feira, Mitchel Valdés-Sosa,
especificou que os argumentos que tentam sustentar a hipótese de supostos
ataques com armas energéticas são negados.
Depois de cinco anos, os incidentes de saúde não
identificados em diplomatas norte-americanos ainda não têm uma explicação aceitável,
então mesmo o termo "síndrome de Havana" não é apropriado. Você não pode
nomear o que não existe. Uma variedade tão heterogênea de sintomas não pode ser
atribuída a uma causa comum ”, disse o especialista.
Da mesma forma, o relatório reconhece que "apenas uma
minoria das pessoas tem disfunção cerebral detectável, a maioria devido a
experiências anteriores à sua estada em Havana e outras devido a condições
médicas conhecidas".
Da mesma forma, ressaltou que "nenhuma forma conhecida
de energia pode causar seletivamente danos cerebrais (com precisão espacial
semelhante a um feixe de laser) nas condições descritas para os supostos
incidentes em Havana".
Da mesma forma, os especialistas insistem no documento
elaborado que se essas formas de energia tivessem danificado os cérebros,
deveriam ter sido ouvidas ou sentidas por outras pessoas, da mesma forma,
destaca-se que a teoria de Washington não é possível sem os danos dos aparelhos
eletrônicos. No caso de microondas ou sem produzir outras lesões (como
rompimento de tímpano ou queimaduras na pele), que não foram relatadas em
nenhum momento.
“Embora existam armas que utilizam som ou microondas, são de
grande porte e não há possibilidade de que esse tipo de arma não passasse
despercebido (ou deixasse rastros) se tivesse sido implantado em Havana. Nem a
Polícia cubana, nem o FBI (Federal Bureau of Investigation), nem a Real Polícia
Montada Canadense, descobriram evidências de "ataques" a diplomatas
em Havana, apesar das intensas investigações ", declararam os
especialistas.
O chanceler cubano, Bruno Rodríguez Parrilla, valorizou que
os resultados das investigações sobre sintomas de saúde relatados por
diplomatas, "mostram quão injustas foram as medidas dos Estados Unidos
(EUA) contra Cuba que ainda não foram revertidas".
É uma questão que prematuramente, e por motivos de
manipulação política, deixou de ser investigada nas áreas da Ciência e da
Saúde, e só pode ser esclarecida com transparência e cooperação nas duas
áreas”, afirmou o diplomata.
Passados mais de 60 anos da morte de JFK, as operações da CIA cresceram muito de volume no mundo todo, não apenas na arena militar, mas principalmente no campo político(“revoluções democráticas”) e também da guerra química e bacteriológica.
Hoje somente o Pentágono no interior dos EUA possui pelo menos quatro grandes laboratórios de segurança militar voltados somente para a produção de agentes químicos, bacteriológicos e virais (patógenos), além de uma dezenas de unidades clandestinas espalhadas pelo mundo.
Os tolos da
esquerda palatável irão dizer que isso é mentira e que tudo não passa de
“teoria da conspiração”, seguindo como papagaios da mídia “Murdochiana”.
Também a Social Democracia e similares revisionistas afirmaram que a queda da URSS e do Pacto de Varsóvia foi obra exclusiva das “massas insurretas” e que a OTAN e a Casa Branca não tiveram ligação alguma com a derrubada do “Muro de Berlim”..pura “teoria da conspiração”..
Novamente quando “rebeldes” iniciaram o processo de aniquilamento de um país inteiro pela via de uma guerra civil, no caso a Líbia, lá estavam os “conspiranóicos” para apontar a “mão pesada” da OTAN na derrubada do regime nacionalista do coronel Kadaff. Bem mais próximo da realidade brasileira, talvez a acusação do envolvimento da CIA e Departamento de Justiça dos EUA, na famigerada operação “Lava Jato” fosse mesmo uma alucinação de mentes doentias, como as da LBI que acusou a “engenharia política”’do Golpe contra o governo de Frente Popular, partindo dos porões da Casa Branca.
Entretanto para Estados imperialistas e sua mídia corporativa, existem excepcionalmente alguns casos em que a tal “teoria da conspiração” é muito bem recebida e aceita como verdade, apesar do absurdo completo de suas “teses” sem sentido e objetivo determinado algum de ser pelo menos plausível.
Este parece ser o caso da Síndrome de Havana ou do suposto envenenamento do líder oposicionista russo, Alexei Navalny, onde nestes casos midiáticos veio acompanhado de uma “boa e saudável” teoria da conspiração, para os organismos do imperialismo.
Para aqueles que pensavam que havia apenas uma “teoria da
conspiração” aquela dos “loucos paranóicos”, vimos uma outra espécie de
teoria, a do “bem”. Uma "boa" teoria da conspiração é a que lemos nas
redes corporativas de notícias de todo o mundo: Alexei Navalny, o adversário de
Putin, foi envenenado por ordem do presidente russo com um derivado do agora famoso
“novichok”.Qual é a “fonte segura” da mídia corporativa? Um laboratório do
exército alemão que o examinou. Naturalmente, a outra informação, desmentindo
esta farsa (comprovando hipoglicemia em Navalny)está “mentindo” porque se trata
de um hospital russo...Poucas evidências adicionais são necessárias porque,
como disse o Washington Post, é um método tradicional pelo qual Putin elimina
seus adversários políticos.
Certamente os leitores com um mínimo de compressão política do que representa o imperialismo, não têm conseguido evitar ouvir esse tipo de notícia da mídia “Murdochiana”. Tão certo como nunca leram que o líder palestino Yasser Arafat foi envenenado pelo regime sionista com polônio-210, ou que o presidente Hugo Chávez foi alvo de radiação cancerígena. Agora, que Navalny foi envenenado supostamente por Putin passa a ser uma “Verdade Absoluta”, mas que Arafat foi envenenado por Mosad e Chavez pela CIA, são acusações típicas apenas de conspiranóicos...