NOVO “ACORDO JUCÁ” PARA “SALVAR BOLSONARO”: COM SUPREMO, COM A
BURGUESIA NACIONAL E PRINCIPALMENTE COM LULA!
O arco político da esquerda reformista, em seus delírios eleitoreiros e completamente alheios ao mundo real, afirmou que as manifestações pró-Bolsonaro no 7 de Setembro “tinham flopado”. A absurda caracterização dos petistas que chega a ser ridícula diante de mais de 1 milhão de pessoas que saíram às ruas para reafirmar seu apoio eleitoral ao presidente bufão neofascista (mas que não pretende dar golpe militar nenhum), corresponde a “surpresa” de encarar o real potencial eleitoral que Bolsonaro ainda possui, mesmo com o bombardeio diário do consórcio da mídia corporativa liderado pela famiglia Marinho. Frente a reação da oposição burguesa e as instituições do Estado burguês diante das bravatas de Bolsonaro contra a quadrilha “democrática” do STF, a burguesia nacional, com o aval da Casa Branca, começou a costurar um pacto pré-eleitoral. Com o novo “Acordão Jucá”, que inclui o “Supremo” e principalmente a aquiescência de Lula e a oposição burguesa, ficará assegurada a manutenção das duas principais candidaturas presidenciais para 2022, ou seja a do líder petista e a do capitão da extrema direita, um acordo que cai como uma luva para os interesses de ambas candidaturas majoritárias do campo político do imperialismo e do capital financeiro. Porém o “Acordão” celebrado por toda as alas (direita e esquerda)da elite dominante também concederá um prazo para que se tente viabilizar a chamada “Terceira Via”, uma possibilidade cada vez mais remota diante da nutrida demonstração de força eleitoral de Bolsonaro. Com o consenso de todos os setores das classes dominantes comtemplados no novo “Acordo Jucá”, a burguesia busca enfrentar a profunda crise econômica capitalista com uma maior estabilidade do regime político vigente, que permanece golpista em sua essência, não de um “golpismo militar ou fascista”, como quer fazer crer a esquerda reformista criando o pânico e o medo no seio do movimento de massas. O processo do golpe iniciado em 2015 e acentuado em 2016 com o impeachment de Dilma, tem um caráter eminentemente institucional, ainda com fortes características de bonapartismo, do qual Bolsonaro não conseguiu exercer plenamente, mais além de suas “bravatas do cercadinho”. Esta é a principal razão dos atritos entre o presidente bufão e o STF, porque é esta a instituição do Estado que é a “mola mestra” do processo golpista desde 2015. Sob a proteção direta do Departamento de Estado dos EUA e o aval do alto comando militar tupiniquim, o Supremo Tribunal coordena e dirige os rumos do país, ficando no papel de “gerente” de segunda linha a presidência da República, hoje tutelada pela equipe econômica do clube dos rentistas, na pessoa do Ministro Paulo Guedes. Esta é a atual linha ditada pelo imperialismo ianque na América Latina (Nova Ordem Mundial), governos da esquerda burguesa ou do “Centro Civilizatório”, tutelados pelo bonarpartismo judiciário, como ocorre na Argentina, Bolívia, Peru, e muito provavelmente em breve no Brasil.