ABIMAEL GUZMÁN: PRESENTE NA LUTA DO PROLETARIADO PERUANO!
Manuel Rubén Abimael Guzmán Reynoso, líder histórico da Organização Maoísta “Sendero Luminoso”, morreu neste sábado(11/09) aos 86 anos, enquanto cumpria pena de prisão perpétua no Centro de Detenção de Segurança Máxima da Base Naval de Callao, Peru. O ministro da Justiça do governo Castillo, Aníbal Torres, afirmou à mídia que Guzmán morreu de infecção generalizada em um hospital militar. O “Presidente Gonzalo” como era chamado pelos seus camaradas da guerrilha, havia iniciado a pouco tempo uma campanha pela sua imediata liberdade, em função do seu já grave estado de saúde e sua idade avançada. Porém o novo presidente do Peru, que ironicamente de diz “Marxista Leninista”, se recusou a conceder o indulto humanitário para Guzmán.
O movimento de guerrilha camponesa foi iniciado no Peru em 1980 e rapidamente penetrou nas vilas do povo oprimido e trabalhadores rurais. O movimento guerrilheiro cresceu e assustou as classes dominantes peruanas, que foram orientadas pela CIA a eliminar militarmente o Sendero Luminoso. O então governo neofascista de Alberto Fujimori e seus organismos de “inteligência” assessorados pela Casa Branca, utilizaram de infiltração policial no movimento para descobrir o paradeiro e prender a maior liderança do Sendero Luminoso.
Pouco depois de sua prisão, Guzmán teve as visitas negadas de sua família e de seu advogado. Seu julgamento apressado pelo Estado burguês peruano durou apenas algumas horas, contrariando as normas básicas internacionais de direito em muitos aspectos. Abimael estava sentado em uma cadeira no meio de uma pequena jaula de aço, ele foi apenas questionado sobre suas convicções políticas e ideológicas e na sequência logo condenado à prisão perpétua pelos carrascos vestidos de toga.
O “Presidente Gonzalo” aceitou orgulhosamente a responsabilidade de dirigir o Sendero e recusou-se a aceitar a legitimidade do tribunal do capitalismo. Fez um discurso de três horas e meia em que disse: “Estamos aqui como filhos e filhas do povo e estamos a lutar nestas trincheiras, isto também é combate, e o fazemos porque somos comunistas! Porque aqui defendemos o interesse do povo, os princípios do Partido e da Guerra Popular! Isso é o que temos feito, o que estamos fazendo, o que continuaremos fazendo!” .
A prisão, isolamento e o covarde assassinato do camarada Guzmán na Base Naval de Callao não é a primeira nem a última no movimento Comunista Revolucionário mundial. Essas ações criminosas das classes dominantes continuará enquanto houver exploração, opressão e rebeliões contra o capital. Atualmente, quando os imperialistas estão atolados em crises econômicas e financeiras, impondo a Nova Ordem Mundial do fascismo sanitário para tentar resgatar o capitalismo de sua catacumba histórica, os povos de todo o mundo se levantam e lutam por seu direito à vida e contra a supressão de suas liberdades! Apesar de nossas profundas diferenças com o Maoísmo, os Marxistas Leninistas Trotskistas reconhecem o imenso significado do camarada Abimael Gusmán para o proletariado peruano! “Presidente Gonzalo” presente na luta do povo peruano!
