segunda-feira, 13 de setembro de 2021

COREIA DO NORTE TESTA COM SUCESSO NOVO MÍSSIL DE LONGO ALCANCE: APOIAMOS O PLENO DIREITO DE AUTODEFESA DO ESTADO OPERÁRIO FRENTE AS PROVOCAÇÕES DO IMPERIALISMO IANQUE!

A Coreia do Norte conduziu com sucesso um teste de fogo de um novo tipo de míssil de cruzeiro de longo alcance neste fim de semana. O desenvolvimento do míssil de cruzeiro de longo alcance, uma arma estratégica de grande importância oi levado adiante de acordo com o processo de desenvolvimento de sistema de armas científico e confiável nos últimos dois anos. De acordo com o relatório, o teste incluiu verificação de impulsos de solo do motor, "vários testes de voo", testes de controle e orientação junto a avaliação da potência da ogiva. O relato do teste ocorreu após um desfile militar realizado na Coreia do Norte em comemoração ao 73º aniversário da fundação do país, apresentando unidades paramilitares mecanizadas, lançadores de foguetes e armas antitanque.

No dia 7 de setembro, Pyongyang testou o primeiro míssil balístico lançado de submarino, virando o primeiro país sem armas nucleares a desenvolver tal capacidade, conforme noticiado.

O desenvolvimento dos programas de energia nuclear e comunicação na Coreia do Norte é uma necessidade de obtenção de uma alternativa de fonte energética e de monitoramento climático-militar diante do brutal bloqueio a que o país está submetido, tecnologia fundamental para possibilitar que Estado possa desenvolver projetos nesse setor com condições de enfrentar os períodos de adversidade climática, marcado também por secas e inundações.

Nesse sentido, esta estrutura de energia atômica legitimamente desenvolvida também pode e deve ser utilizada pelo Estado operário norte-coreano para se defender das ameaças do imperialismo norte-americano através de seu enclave, a Coreia do Sul e o Japão, onde os EUA mantêm bases militares desde o final da Segunda Guerra Mundial.

Os recentes testes de mísseis em meio as provocações organizadas por Biden na península coreana é um ato de autodefesa do Estado operário norte-coreano diante das provocações do imperialismo. A imprensa pró-imperialista em todo planeta faz alarde acerca dos testes nucleares promovidos pela Coreia do Norte, afirmando serem uma “ameaça à humanidade”. Oculta, criminosamente, que só na Coreia do Sul, um enclave criado e militarizado pelos EUA, há um contingente militar acima de 40 mil soldados, mais de mil ogivas nucleares apontadas para o Norte. 

Como explicar que a Coreia do Norte não pode lançar um satélite ou inclusive testar um míssil ou uma bomba H, se quem a condena, os EUA, têm 439 satélites em órbita, sendo 98 deles para uso especificamente militar? Diante dessa realidade de conflito permanente não negamos a possibilidade da Coreia Popular, devido ao isolamento econômico imposto pela China restaurada e das provocações do império ianque, ser forçada a utilizar suas ogivas atômicas ou termo-nucleares contra o território “enclave” da Coreia do Sul ou mesmo o Japão.

Com o fim da URSS e a perda dos parceiros comerciais do Leste europeu, a Coreia do Norte viu sua economia contrair-se em 30% nos cinco anos que se seguiram a 1991. Restou a China, hoje convertida ao capitalismo. A intensa reação ideológica mundial patrocinada pela mídia imperialista e o cerrado bloqueio econômico tendem, cada vez com maior intensidade, a estrangular o Estado operário.

Como Marxistas Revolucionários, não podemos assumir diante de um conflito que pode ter proporções nucleares a “posição de avestruz” da maioria das correntes revisionistas, por isto declaramos em “alto e bom som” nosso apoio ao Estado Operário norte-coreano, apesar da burocracia dinástica que o governa. Devemos mobilizar amplos setores do proletariado e da juventude para repudiar as provocações militares do império ianque contra a Coreia do Norte e apontar o governo Biden como responsável pela escala militar.

Por outro lado, não devemos nutrir a menor confiança política na capacidade de resistência da burocracia stalinista coreana, pronta para capitular a qualquer momento em troca de sua própria sobrevivência enquanto uma casta social privilegiada.

A tarefa que se impõe no momento é o chamado ao conjunto do proletariado asiático que se unifique na bandeira da derrota do imperialismo ianque e seus protetorados militares da região, em particular convocando a classe operária do Sul para cerrar fileiras na luta pela reunificação socialista do país.