6 MILHÕES A PROCURA DE UMA NOVA OCUPAÇÃO: SOMADOS AO EXÉRCITO CRÔNICO DE DESEMPREGADOS CHEGAM AO RECORDE DE 20 MILHÕES DE TRABALHADORES. OCUPAR AS FÁBRICAS E EMPRESAS QUE DEMITIREM TRABALHADORES!
Enquanto no país o desemprego atinge níveis históricos, também cresce a parcela do proletariado que procura trabalho por longos períodos sem encontrar. São 6 milhões de trabalhadores que buscam por emprego há mais de um ano. Do total, 3,8 milhões procuram por trabalho há mais de dois anos e não encontram. Chamado de desemprego de longa duração, a proporção dos que não conseguem ocupação há mais de dois anos subiu 23,9% no primeiro trimestre de 2020 para 26,1% no mesmo período desse ano. No grupo dos desempregados, entre 1 a 2 anos, a proporção subiu de 6,7% para 15,1%. Isso tudo somado perfaz um exército de 20 milhões de trabalhadores desempregados no Brasil, atingindo nesta pandemia do capital financeiro um trágico recorde histórico.
Os dados foram levantados pela consultoria IDados, com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad Contínua),do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. De acordo com o IBGE, eram 14,4 milhões de desocupados no país no segundo trimestre desse ano, sendo que 41,2% desses procuram trabalho há mais de um ou dois anos. No início de 2020, eram 30,6% do total dos trabalhadores sem ocupação no país
Com a crise econômica agravada pela pandemia induzida pelo capital financeiro, o desemprego atingiu recorde. A retomada lenta das atividades econômicas, por conta do Grande Reset, bloqueios e lockdown, contribuiu não só para que o número de desempregado crescesse, como desorganizou toda a pequena e média economia capitalista, dificultando a recolocação de trabalhadores no mercado de trabalho.
O que se vê é um aumento da parcela dos que estão desempregados há muito tempo. E quanto mais tempo no desemprego, é mais tempo sem renda e mais prejuízos para a família. Além disso, fica cada vez mais difícil voltar ao mercado de trabalho. A situação ainda é mais agravada com a explosão inflacionária da carestia nos preços dos alimentos, da conta de luz, no gás de cozinha, que tem levado milhões de trabalhadores brasileiros para miséria.
O desemprego de longa duração também contribui para o aumento dos trabalhadores que, para conseguir alguma renda, passam para a informalidade, sem qualquer direito trabalhista, precarizados e com salários ainda mais baixos. Ou ainda se “virando” por conta própria, realizando os chamados “bicos”. É o fenômeno da “viração’’, o proletário se vira porque precisa de renda. Faz trabalho de pintor de manhã e de vigia à noite, por exemplo.
Diante deste quadro dramático para a classe trabalhadora e a maioria do povo, a burocracia sindical Cutista encontra-se imóvel à espera das eleições de 2022. Com os sindicatos fechados, com o pretexto da pandemia, os pelegos da colaboração de classes quando muito fazem sua política de lobby no corrupto Congresso Nacional. É necessário construir uma nova vanguarda política da classe para enfrentar a crise capitalista, organizando desde já e de forma independente dos traidores da CUT os comitês de fábrica e empresas com a seguinte bandeira: SE OS PATRÕES DEMITIREM VAMOS OCUPAR!