sexta-feira, 24 de setembro de 2021

GOVERNO XI JINPING PROÍBE TRANSAÇÕES FINANCEIRAS COM MOEDAS VIRTUAIS: UM PASSO DEFENSIVO DIANTE DE UM IMINENTE ATAQUE ESPECULATIVO 

Em um momento de intensa turbulência e crise financeira mundial, o Banco Central da China acaba de proibir as transações de criptomoedas, que em poucas horas viram seus preços cair no mercado especulativo, principalmente o “famoso” bitcoin. Com esta medida, anunciada hoje (24/09) o governo Xi Jinping está obviamente se prevenindo de um ataque especulativo do rentismo financeiro contra sua economia nacional, posto que o anúncio da falência da mega corporação Evergrande colocou em alerta toda a burocracia estatal chinesa. As criptomoedas são a expressão mais concentrada da atual hegemonia global da governança global do capital financeiro.

Valores monetários internacionais são “criados” a partir de supercomputadores quânticos que podem produzir(processo chamado de “mineração”)em alguns dias a mesma cifra cambial de toda as reservas em dólar que um país como o Brasil acumulou em várias décadas. Estas “supermáquinas”, verdadeiras fábricas de dinheiro virtual, mas que pode ser trocado por moeda real em questão de segundos, estão na mão de uma dúzia de grandes corporações financeiras, como o Blackrock, podendo levar a falência a economia inteira de um país.

Outro aspecto do aumento da circulação de criptomoedas levou é a lavagem de dinheiro, arrecadação ilegal de fundos, fraude, golpes de pirâmide e outras atividades ilegais e criminosas, como relatou o comunicado oficial do governo chinês. Em maio, o governo chinês prometeu reprimir a “mineração” e o comércio de bitcoins como parte dos esforços para conter a crise financeira, levando a uma grande venda de criptomoedas. Bitcoin, a maior criptomoeda do mundo, caiu mais de 26%, para US$ 42,2167.  Moedas menores, que normalmente sobem e descem junto com o bitcoin, também caíram.

A proibição de hoje afetou ações relacionadas a criptomoedas e blockchain. As “mineradoras” listadas nos EUA a  “Blockchain”, “Marathon Digital” e “Bit Digital” caíram 6,3 por cento e 7,5 por cento, respectivamente, no pré-mercado.Para encobrir a verdadeira situação de tensão econômica, o órgão máximo de planejamento, o NDRC, publicou uma declaração garantindo que o objetivo da proibição é alcançar a "neutralidade" nas emissões de carbono da China, já que a “mineração” de criptomoedas consome uma grande quantidade de eletricidade.

A explicação do governo Xi Jinping é pouco implausível, embora seja verdade que a China abriga a maior concentração de “mineradores” de criptomoedas do mundo, junto com outros países, como a Abkhazia, onde o preço da eletricidade é muito baixo. Além de conter a especulação, a meta da China é reduzir o consumo de eletricidade e, portanto, a dependência do exterior. Em abril, a China tinha 46% da participação na taxa de extração mundial, uma medida do poder de computação usado na “mineração” e no processamento. O movimento político e econômico da burocracia estatal chinesa, acuada sob uma forte pressão do governo Democrata ianque, vem apontando cada vez para um distanciamento gradual dos grandes barões financeiros de Davos, que patrocinaram por décadas o crescimento colossal do gigante asiático, sob suas diretrizes é claro!