quarta-feira, 7 de fevereiro de 2024

ALEMANHA EM CRISE: A “LOCOMOTIVA” IMPERIALISTA DA EUROPA A “PASSO DE TARTARUGA” 

O conflito militar na Ucrânia, segundo números oficiais do próprio governo Social Democrata alemão, já custou à economia capitalista do país 16 bilhões de euros, prejuízos divididos em armas, ajuda financeira e subsídios comerciais, algo como quatro por cento do seu Produto Interno Bruto. Este é o custo do social fascista Olaf Scholz ter se colocado como refém incondicional da política de guerra dos Estados Unidos que, mais uma vez, como na Primeira e Segunda Guerras Mundiais, faz com que os seus aliados sirvam de peões dos seus interesses imperialistas e os coloca como bucha de canhão na conflitos internacionais em que Washington e o seu complexo industrial militar são os primeiros beneficiários.

O enorme “buraco” financeiro que tais despesas derivadas da agressão da OTAN contra a Rússia deixam na economia da chamada primeira potência capitalista da Europa não é a única hemorragia. A guerra na Palestina representou problemas inesperados na Alemanha. Neste momento milhares de trabalhadores saem às ruas para expressar o seu repúdio à guerra, para repudiar o governo de Olaf Scholz no seu apoio incondicional ao regime genocida do sionista Netanyahu.

O “Custo Ucrânia”, que, aliás, também é pago pelas restantes economias do velho continente, fez com que a Alemanha, posicionada como a quarta economia capitalista do mundo e a primeira da Europa, que conquistou o título de “motor do crescimento europeu”, revertesse sua liderança entrando em crise agônica.

A dimensão da crise foi confirmada pelos dados preliminares publicados em 15 de janeiro, pela Agência de Estatística Alemã, Destatis. A Alemanha foi a única grande economia da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico, OCDE, que terminou em “crescimento negativo” em 2023.

A “locomotiva” tradicional da Europa encolheu 0,3% no ano passado. E depois de um 2023 em contração, há suspeitas entre os seus vizinhos em relação a evolução do ano econômico que acaba de começar. Entretanto as más notícias não param por aí, o Instituto de Economia Alemão (IW) prevê uma nova contração de 0,5% do PIB para o próximo ano.

A dependência da Alemanha do gás natural russo, com as sanções que os EUA impôs a Moscou, causou uma desaceleração na economia, e em dois anos de conflito na Ucrânia, a administração social fascista de Scholz não parece ter feito o suficiente para sair do atoleiro.