sábado, 17 de fevereiro de 2024

POSIÇÃO OFICIAL DO HAMAS SOBRE AS NEGOCIAÇÕES DE CESSAR-FOGO: “NÃO ACEITAREMOS NADA MENOS QUE A CESSAÇÃO COMPLETA DA AGRESSÃO SIONISTA, A RETIRADA TOTAL DO EXÉRCITO ISRAELENSE DE GAZA E O LEVANTAMENTO DO CERCO IMPOSTO AO POVO PALESTINO!” 

Em comunicado oficial divulgado neste sábado (17/02), o chefe do Bureau Político do Hamas, Ismail Haniyeh, declarou que Israel é totalmente responsável pela falta de progresso nas negociações de cessar-fogo. As declarações foram no momento em que uma delegação oficial israelense irá ao Qatar na próxima semana para discutir um novo acordo de trégua que poderá levar a uma troca de prisioneiros. 

Haniyeh apresentou seis pontos que delineiam a posição atual do Hamas nas negociações de trégua.

Primeiro, o Hamas responsabiliza Israel pela falta de progresso nas negociações de cessar-fogo.

Segundo, o Hamas continua a lidar com as sugestões dos mediadores de uma forma positiva e construtiva, com o objetivo principal de acabar com a agressão israelese ao povo palestino. 

Terceiro, a ocupação israelense continua a manobrar e a procrastinar relativamente a todas as questões importantes que precisam de ser resolvidas para que ocorra uma troca de prisioneiros.

Quarto, o Hamas não aceitará nada menos do que a cessação completa da agressão, a retirada total do exército israelense de Gaza e o levantamento do cerco imposto à Faixa.

Quinto, o objetivo do Hamas é conseguir um acordo de troca de prisioneiros através do qual os prisioneiros palestinos, especialmente os mais velhos e aqueles com penas elevadas, sejam libertados primeiro.

Sexto, o Hamas continuará a fazer tudo o que estiver ao seu alcance para impedir o derramamento de sangue israelense contra civis palestinos.

Qual é a posição israelense?

Num contexto relacionado, o Canal 13 de Israel disse no seu website que uma delegação oficial israelese deverá chegar a Doha, no Qatar, na próxima semana, para discutir um possível acordo de troca de prisioneiros.

O canal de comunicação israelese disse que também se espera que a delegação receba um mandato específico para formular uma resposta às exigências do Hamas, dependendo das circunstâncias que surgirão nas negociações.

Enquanto isso, a Corporação de Radiodifusão Israelense, KAN, disse que há uma disputa entre membros do Conselho de Guerra de Israel, onde Benny Gantz e Gadi Eisenkot ameaçaram o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu de dissolver o gabinete.

Gantz e Eisenkot ficaram particularmente descontentes com o que descreveram como a decisão unilateral de Netanyahu em relação à questão dos detidos.

O ministro da Defesa israelita, Yoav Gallant, também terá manifestado o seu descontentamento com Netanyahu por não enviar uma delegação israelese ao Cairo, o que levou ao fracasso da última ronda de negociações.