O SIONISMO SE EXPANDE PARA ALÉM DO ENCLAVE QUE HOJE OCUPA O TERRITÓRIO PALESTINO: NA BIAFRA AFRICANA SEPARATISTAS JUDEUS QUEREM PROCLAMAR UM “SEGUNDO ISRAEL”…
Muitos pensam que a “filosofia” sionista se restringe aos limites geográficos do enclave de Israel. Em artigos anteriores no Blog da LBI, já demonstramos que não é bem assim, como é o caso da ditadura egípcia do General Al-Sisi, que comunga as mesmas práticas genocidas de “limpeza étnica” contra o povo palestino. Também é o caso do separatismo da etnia Igbo, que ressurge com força na Nigéria, o que já provocou anteriormente uma “guerra civil” no país, a chamada “Guerra de Biafra”, de 1967 a 1970. Desta vez, o líder separatista Nnamdi Kanu garante que o Igbo nigeriano, grupo étnico “é uma das tribos perdidas de Israel”, e pretende proclamar um novo enclave sionista na África.
O líder sionista Nnamdi Kanu, é dono da Rádio Biafra e foi proclamado chefe do Povo Indígena de Biafra (IPOB). Este rico nigeriano era corretor de imóveis em Londres e também possui nacionalidade britânica. Em 2015, Nnamdi Kanu esteve no Congresso Mundial Igbo, organizado em Los Angeles (Estados Unidos), onde apelou a uma revolta armada contra o Estado nigeriano. Ao regressar à Nigéria, foi preso pelo Departamento de Serviços de Estado (DSS). Depois de ser libertado sob fiança, Kanu fugiu do país e refugiou-se em Israel.
Kanu foi novamente preso em 2021, provavelmente no Quénia, e extraditado para a Nigéria, onde se tornou o centro de um turbulento processo judicial, ainda inconclusivo, sob acusações de terrorismo. Desde 2021, Nnambi Kanu é cliente da empresa de lobby americana Mercury LLC, o que lhe permitiu reunir-se com o então diretor da CIA, Mike Pompeo. Enquanto isso, a empresa Jetblack Corp. é responsável por divulgar sua história sobre a “tribo perdida” e buscar apoio entre os cristãos evangélicos ortodoxos em Washington.
Enquanto Kanu estava fora da Nigéria, o atleta Simon Ekpa, que possui simultaneamente nacionalidade nigeriana e finlandesa, foi proclamado “Primeiro-ministro” do governo não reconhecido de Biafra. Simon Ekpa está ligado à Igreja da Reunificação (a conhecida “seita da Lua”) que o nomeou “Embaixador da Paz” em 2023.
Durante a histórica “guerra civil” nigeriana, que vitimou milhões de africanos, os separatistas de Biafra tiveram o apoio do imperialismo francês. Naquela altura, Jacques Foccart, chefe dos serviços secretos do presidente francês Charles de Gaulle, queria impedir a criação do Estado nigeriano porque acreditava que, em comparação com os seus vizinhos francófonos, a Nigéria seria demasiado poderosa. Israel, o regime do apartheid sul-africano e a Rodésia também estiveram envolvidos nessa guerra, também ao lado dos separatistas de Biafra.
Segundo documentos revelados recentemente em 2023, pelos arquivos secretos do Estado de Israel, desde a proclamação da independência da Nigéria, o enclave sionista apoiou as empresas israelenses presentes na Nigéria, aliando-se aos separatistas judeus incrustados na região da Biafra. O genocida Netanyahu, com apoio dos EUA e de alguns governos africanos, como o do Egito, pretendem relançar a “ideia” de novos enclaves sionistas pelo mundo.