quinta-feira, 29 de fevereiro de 2024

HAMAS E FATAH EM MOSCOU: RÚSSIA DISCUTE CRISE NA AUTORIDADE NACIONAL PALESTINA... PUTIN TEM OBRIGAÇÃO POLÍTICA E MORAL DE PRESTAR AJUDA MILITAR A RESISTÊNCIA ARMADA! 

O vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Mikhail Bogdanov, disse que uma reunião intra-palestina será realizada em Moscou de hoje (29/02) a 1 e 2 de março. Representantes de vários grupos de resistência palestinos, incluindo o Hamas e o Fatah, estão em Moscou para conversações sobre a guerra em curso em Gaza, bem como sobre a potencial formação de um governo palestino unificado, o que obviamente só pode ocorrer com a renúncia do corrupto Abbas, uma verdadeira marionete do imperialismo iauque e a ascensão do Hamas como representante majoritário do povo palestino tanto em Gaza como na Cisjordânia.

Bognadov disse à TASS que representantes de cerca de 14 organizações palestinas foram convidados de vários países do Oriente Médio, incluindo Síria e Líbano. “O objetivo de Moscou é ajudar as várias forças palestinas a concordarem em unir politicamente as suas fileiras”, disse ele. “Partimos do fato de que a Organização para a Libertação da Palestina foi e continua a ser o representante legítimo do povo palestiniano, foi aceite pela comunidade internacional e por nós.”

O primeiro-ministro da Autoridade Palestina, Mohammad Shtayyeh, apresentou oficialmente na segunda-feira a renúncia de seu governo ao presidente Mahmoud Abbas. Em um comunicado, Shtayyeh disse que “esta decisão surge à luz dos desenvolvimentos políticos, de segurança e económicos relacionados com a agressão contra o povo palestiniano na Faixa de Gaza e a escalada sem precedentes na Cisjordânia, incluindo a cidade de Jerusalém”.

Ele explicou que vê “a próxima fase e os seus desafios exigirem novos acordos governamentais e políticos que tenham em conta a realidade emergente na Faixa de Gaza, as conversações de unidade nacional e a necessidade urgente de um consenso inter-palestino baseado numa base nacional e ampla participação, unidade de fileiras e extensão da soberania da Autoridade Palestina sobre toda a terra da Palestina”.

Na segunda-feira, o membro do Politburo do Hamas, Muhammad Nazzal, confirmou que estava agendada uma reunião formal com o movimento Fatah e outras facções palestinas em Moscou.

“Estamos envolvidos numa feroz batalha de negociação política que não é menos significativa do que a batalha que travamos no terreno”, disse Nazzal à Al Jazeera. Ele enfatizou que “estamos comprometidos com o processo de negociação, visando alcançar os interesses do povo palestino”.

As negociações em Moscou seguem-se a uma rodada de negociações realizadas em Paris há alguns dias, após as quais o líder sênior do Hamas, Osama Hamdan, disse que os relatórios vazados sobre uma trégua iminente não refletem a realidade.

Hamdan disse que “o vazamento dos detalhes do documento de Paris visa pressionar e criar um estado de fraqueza entre os palestinos”. Na verdade, “o lado israelita recusou-se a concordar com o projecto apresentado pelos Estados Unidos”, sublinhou Hamdan, descrevendo o projeto de Paris como “uma proposta norte-americana que visa dar a Netanyahu mais tempo para se preparar para um novo ataque” a Gaza.

“O projeto de acordo norte-americano visa salvar a face de Israel”, acrescentou o responsável do Hamas, já que as prioridades palestinas de parar a agressão (israelense), acabar com o cerco, levar ajuda à Gaza sitiada e trocar prisioneiros vêm mais tarde.”

“Há uma manobra israelense para escapar a todos os compromissos, e promover o projeto de acordo de Paris é uma situação de propaganda que não atinge o que queremos”, disse Hamdan.

Autoridades de Israel, Egito, Catar e EUA teriam realizado uma reunião no Cairo no início deste mês para discutir um cessar-fogo em Gaza e um acordo de troca de prisioneiros entre o Hamas e o governo israelense.

O Hamas teria dito que não foi informado dessa reunião.

Em 7 de Fevereiro, o Hamas propôs um plano de três fases para um cessar-fogo em Gaza que inclui uma pausa de 135 dias nos combates em troca da libertação dos cativos. Netanyahu, porém, rejeitou a proposta e prometeu continuar a guerra.

É sabido por todos que o governo Putin não declarou apoio ao Hamas na guerra contra o Estado terrorista de Israel, levantando a bandeira do “cessar fogo” imediatamente. Porém diante do genocídio praticado pelos covardes bombardeios aéreos do enclave sionista contra a população civil de Gaza, o Kremlin que diz impulsionar uma plataforma anti-imperialista no mundo, está diante de uma obrigação política e moral de fornecer armas e logística material ao Hamas e a nova Intifada Palestina!