quinta-feira, 18 de fevereiro de 2021

A ESQUERDA DOMESTICADA E SUA DEFESA “SUI GENERIS” DO ESTADO BURGUÊS ACIMA DAS CLASSES SOCIAIS NA PANDEMIA: REPRESSÃO É JUSTIFICADA PARA “DEFENDER A VIDA E A CIÊNCIA”, MAS NA VERDADE ESTÁ A SERVIÇO DE PRESERVAR A PROPRIEDADE PRIVADA ATRAVÉS DO FASCISMO SANITÁRIO

A célebre afirmação de Marx/Engels no Manifesto do Partido Comunista sobre a real função do Estado na sociedade burguesa, “um comitê de negócios dos capitalistas”, é evidentemente, a sintetize de um todo muito mais complexo que envolve as ações engendradas pela superestrutura estatal através de suas várias instituições, assim como sua interface com a infraestrutura, as relações de produção, ou seja, o engenhoso mecanismo garantidor do modo de produção e reprodução do capital. Esse móvel, indissociável e ontológico do Estado burguês, como indutor do processo de acumulação do capital, da dominação política e ideológica, pressupõe invariavelmente a utilização da coerção e violência através dos aparelhos repressivos, não interrompendo essa dinâmica mesmo em condições excepcionais como guerras, fenômenos naturais como “desastres ambientais” ou “pandemias” provocados ou não por suas ações diretas. Em meio ao surto do Covid-19, a esquerda domesticada nacional (PT, PSOL, PCdoB e PSTU) tem feito a defesa “sui generis” da repressão justificando sua tese cinicamente argumentando que se trata da “defesa da vida e da ciência”, inclusive recorrendo ao toque de recolher, aprofundando a ação da PM assassina contra o povo trabalhador que não se subordinar ao seu fascismo sanitário.

A capacidade do capitalismo de subsumir, transformar através de seu arcabouço institucional em norma, tudo que possa adequar-se aos seus interesses, para integrar e potencializar sua lógica de funcionamento, é da mesma maneira ininterrupto. Por isso a presente onda de repressão sobre a classe trabalhadora mundo a fora, aplicada pelos governos burgueses com a cumplicidade da esquerda reformista “Lockdown” domesticada pela OMS/BigPharma, com a imposição do isolamento social, cinicamente justificada como uma forma de controle da Pandemia do coronavírus e em de defesa da vida, é na verdade uma grande farsa criada para impor uma nova ordem, a governança global do capital financeiro, através do chamado ‘Great Reset” capitalista, tendo um dos pilares o controle social absoluto da população mundial.

O obscurantismo afirmacionista que envolve a pandemia, a começar pela origem do vírus, com a versão oficial descartando qualquer outra possibilidade que não seja um tipo de zoonose, quando na verdade o Sars Cov 2 tenha sido resultado de uma manipulação genética de patógenos realizado em laboratório militar. Outro fator é a política adotada pela OMS, organização mantida e controlada pelo grande capital, de impor um protocolo draconiano com isolamento social, do uso obrigatório do símbolo da subjugação, as ineficazes máscaras, e a demonização de qualquer possibilidade de Covid19 através de medicamentos profiláticos ou terapêuticos, concentrando todas suas forças e orientações no trinômio confinamento, teste e vacina.

O fetiche criado em torno das vacinas, vendidas em massa num dos maiores negócios realizados na história, já começa a revelar-se como realmente é, como os grandes laboratórios já admitindo a pouco eficácia, sobretudo diante das múltiplas variações do Coronavírus neste seu segundo ciclo sazonal de contágio no planeta.

O incremento da repressão estatal nessa pandemia, com a utilização de um descomunal aparato repressor, desde imposição de decretos que cerceiam as mínimas liberdades da população pobre, da ostensividade da vigilância e mesmo uso de armamentos de última geração, para impedir a circulação e concentração, sobretudo nos momentos de lazer ou de luta, representa uma tecnologia e escala de experimentação de controle social inédita. Por óbvio, o objetivo desse mega-empreendimento está relacionado com a amortização da luta de classes para possibilitar a implantação da nova ordem, a governança global do capital financeiro que passa pelo avanço na subtração das conquistas sociais e das liberdades democráticas da classe operária, uma significativa destruição das forças produtivas.

Desgraçadamente, o consenso criado pela burguesia sobretudo no que diz respeito a pandemia, o chamado centro civilizatório, um consórcio que envolvendo todos os seus tradicionais aparelhos ideológicos, a grande mídia, as instituições de ensino desde as escolas até a academia, a “ciência” tutelada etc., também conta com a participação ativa da esquerda reformista. O significado disso é a consumação definitiva da concepção do fim da luta classes na etapa atual da sociabilidade capitalista, uma vez que em uníssono vendem a ideia reacionária de que o capital financeiro, as grandes corporações como a Big Pharma e o próprio Estado burguês com todo seu aparato estão numa missão humanitária de preservação da vida, para além dos interesses de classe, que são antagônicos e irreconciliáveis como nos ensinou Marx.

Essa ignóbil conduta do conjunto da esquerda “Lockdown” está ocorrendo na quase totalidade dos países, sendo no Brasil, inclusive aplicado diretamente nos estados por governos da frente popular encabeçados pelo PT (Ceará, Piauí, Bahia, Rio Grande do Norte) e PCdoB (Maranhão) com o apoio do PSOL e PSTU. Um grande símbolo desse alinhamento político entre as forças que representam e pactuam com a burguesia em sua cruzada reacionária de brutal repressão ao povo pobre ficou evidenciado durante o período do Carnaval, principal festa popular, que esse ano foi proibida, alvo de uma perseguição inquisitorial. Agora avança nessa sanha, impondo o toque de recolher, o que é um passo adiante na repressão estatal!

Frente a essa forte correnteza contra revolucionária, que caracteriza a atual etapa do “Grande Reset” do capitalismo do qual a pandemia é parte fundamental, cabe aos que reivindicam o Marxismo Revolucionário, em que pese as limitações e o isolamento que vivemos em função do retrocesso político, ideológico e cultural que permeia o mundo particularmente desde a derrubada contrarrevolucionária do Muro de Berlim e a restauração capitalista da URSS, denunciar todo esse engodo, travar uma luta resoluta de enfrentamento em defesa dos interesses imediatos e históricos do proletariado no terreno da luta de classes, reafirmando mais do nunca a necessidade da destruição do Estado burguês a edificação do Socialismo!