BUROCRACIA DO GOVERNO CUBANO COLABORA COM O PRESIDENTE NEOFASCISTA DUQUE DA COLÔMBIA: DELAÇÃO DOS GUERRILHEIROS DO ELN É IMORAL, REVELA ALTO GRAU DE DEGENERAÇÃO IDEOLÓGICA DO CASTRISMO
A prefeita de Bogotá, Claudia López, afirmou nesta última quarta-feira (10/02) que leva "muito a sério" um suposto plano da guerrilha ELN, que foi alertado pela burocracia castrista de Cuba ao governo colombiano, para atacar a capital nos próximos dias. "Avaliamos essa informação que ainda é muito incipiente, mas que em todo caso levamos muito a sério", disse a prefeita em uma declaração à imprensa junto ao reacionário ministro da Defesa, Diego Molano, braço direito do presidente neofascista Iván Duque. O embaixador cubano na Colômbia, José Luis Ponce, mostrando-se um capacho da extrema direita, entregou um memorando as “autoridades” para alertar (delatar) sobre uma suposta operação de guerrilheiros do Exército de Libertação Nacional (ELN) em Bogotá.
Segundo o documento entregue pelo embaixador cubano, “a
missão diplomática cubana recebeu informação, cuja verossimilhança não se
compromete a avaliar”. O suposto ataque
seria realizado pela Frente de Guerra Oriental do Exército de Libertação
Nacional (ELN) e ocorreria nos próximos dias na capital colombiana, Bogotá.
O governo cubano informou à “Delegação de Paz” do ELN que
está em Havana há dois anos, para negociar um “acordo nacional”, no modelo
realizado pelas FARC. A delegação manifestou total desconhecimento e reiterou
sua garantia de que não tem relação com as decisões militares da organização.
Especialistas na questão da guerrilha colombiana, asseguram que este é o teste
principal da evidente divisão nas fileiras do movimento revolucionário, à
semelhança do racha que ocorreu no seio das FARC.
A Frente de Guerra Oriental do ELN é a mesma que participou,
há dois anos, do atentado à Escola Geral de Santander no qual morreram 22
cadetes da Polícia Nacional. Cuba mantém representantes do ELN em seu
território, apesar da Colômbia ter solicitado sua extradição após o referido
ataque. Além disso, foram emitidas circulares de “alerta vermelho” da Interpol
contra alguns dos membros do ELN presentes na ilha, como Pablo Beltrán, Nicolás
Bautista e Aureliano Carbonel.
A postura do governo cubano, independente das profundas
divergências que tenhamos com a política e os métodos do ELN, é algo
abominável, e que merece o repúdio de todo o movimento comunista internacional.
Revela, portanto, o alto grau de degeneração ideológica da burocracia castrista,
que está aprofundando aceleradamente seus vínculos com a governança global do
capital financeiro, avançando a passos largos no processo de restauração
capitalista do Estado Operário.