segunda-feira, 1 de fevereiro de 2021

LIRA GANHA DE “LAVAGEM” LOGO NO PRIMEIRO TURNO: DESMORALIZA DE VEZ O PT E POUPA O PSOL DE UM VEXAME... PARA O POVO TRABALHADOR NÃO HÁ DIFERENÇA NENHUMA ENTRE UM GOLPISTA “POLIDO” E UM OUTRO “BRUTO”...

Com uma vitória acachapante de 302 votos, o deputado do “Centrão 1” Arthur Lira (PP-AL), foi eleito logo em primeiro turno, como o novo presidente da Câmara dos Deputados para o biênio 2021 – 2022. Ele derrotou seu oponente, do “Centrão 2+Esquerda burguesa”, Baleia Rossi que obteve 145 votos, afundando a liderança de Rodrigo Maia (DEM-RJ) e desmoralizando por completo o pouco que ainda resta de “dignidade” política do Lulismo. Quem não pode se queixar do resultado da Câmara, além é claro do neofascista Bolsonaro, é o PSOL poupado do vexame de embarcar na Baleia do “Centrão 2” no segundo turno da votação. Para os trabalhadores e a maioria do povo oprimido, não havia diferença alguma entre os dois candidatos, criaturas do mesmo projeto neoliberal e pró-imperialista que gerencia o Estado burguês. A vitória de Lira representa o bolsonarismo “bruto” na condução do parlamento, já o projeto Baleia era a tentativa de emplacar o “Centro Civilizatório” no comando da Câmara, uma versão “polida” de um mesmo golpismo vigente no atual regime político de exceção.

Mas engana-se quem pensa que a esquerda burguesa fará algum tipo de autocrítica diante da atuação vexatória do PT e PCdoB, muito pelo contrário! A presidenta do PCdoB, vice-governadora de Pernambuco Luciana Santos, destacou que pretende: “fortalecer um frente de oposição com esquerda e direita unidos no combate a Bolsonaro” (site Vermelho-02/02). Pena que a sinceridade, ou seria descaramento, do PCdoB não é comum a todas as correntes da esquerda reformista. Em particular o PSTU e PSOL tem a mesma estratégia de colaboração de classes, porém procuram camuflar com “requintes teóricos” sua capitulação política aos “setores democráticos” da burguesia, com uma extensão até a “Centro-Direita”, como ocorreu nas últimas eleições municipais do ano passado. 

O grupo Resistência do PSOL, sintetiza muito bem toda a concepção ideológica degenerada da esquerda reformista. Valério Arcary um ex-dirigente do PSTU e hoje no PSOL escreveu recentemente um texto sobre “Regressão histórica”, onde responsabiliza o governo Bolsonaro pela “crise da civilização humana”! Para estes farsantes do marxismo, não existe esgotamento histórico do modo de produção capitalista e tampouco está em andamento o Grande Reset movido pelos rentistas que controlam o fluxo financeiro de todo planeta, tornando os Estados nacionais como simples reféns das grandes corporações imperialistas. Nada disso existe nas formulações da esquerda revisionista, somente há a necessidade de não reeleger Bolsonaro em 2022 e assim “salvar a humanidade”... Obviamente que revolução socialista e ação direta das massas em oposição ao cretinismo parlamentar, não está no cardápio programático destes “doutos teóricos”, que somente “formulam” para a classe trabalhadora a tática de atuação no parlamento e para as próximas eleições.

O espantalho do neofascista Bolsonaro, mais um dos gerentes estatais títeres do capital financeiro, como foram FHC, Lula, Dilma,Temer etc... serve agora para “espantar” todo o combate frontal do proletariado contra o Deep State, incrustado no seio do imperialismo ianque. Para o reformismo, tudo que não tenha o aval do “Centro Civilizatório” e passe pelo crivo do consórcio da mídia corporativa, é considerado “teoria da conspiração”. Na plataforma da Frente Popular “só existe vida inteligente” no mundo murdochiano de iludir e amedrontar a população com o terrorismo sanitário... A luta de classes é uma peça de museu e que agora só tem validade política (na visão da esquerda domesticada) o confronto entre “extrema direita fascista versus Centro Civilizatório burguês”, caso você defenda alguma posição que saia deste estreito script, já pode ser considerado um “conspiranóico”...