MUDANÇA NO COMANDO DE GESTÃO DA PETROBRÁS: BOLSONARO TROCA “SEIS POR MEIA DÚZIA”. GREVE GERAL PETROLEIRA PELO CONTROLE OPERÁRIO DA ESTATAL
O gerente neofascista Bolsonaro, depois de “fritar” na mídia a direção da estatal, anunciou a demissão do atual presidente da Petrobras Roberto Castello Branco e a indicação do general Joaquim Silva e Luna para ocupar o cargo. O anúncio da nova indicação foi feito por Bolsonaro por meio de suas redes sociais em nota atribuída ao Ministério de Minas e Energia. O general Joaquim Silva e Luna, escolhido para comandar a Petrobras, é o atual diretor da usina binacional de Itaipu e foi ministro da Defesa durante o governo golpista de Michel Temer. Uma vez confirmada a indicação, Luna e Silva se tornará o primeiro militar a assumir a gestão da Petrobras desde 1988. O atual presidente da estatal, Roberto Castello Branco, também foi indicado por Bolsonaro com a missão de preparar a privatização da estatal. A confirmação da substituição precisa ainda do aval do Conselho de Administração da Petrobras, que tem reunião ordinária prevista para a próxima terça-feira (23/02). O órgão administrativo tem 11 membros, dos quais sete são indicações da União, três são de acionistas minoritários e um é indicado pelos trabalhadores da Petrobras. Diante de recentes altas consecutivas nos preços dos combustíveis, Bolsonaro tem demonstrado insatisfação com a direção da empresa. Na quinta-feira, o presidente brasileiro já havia ameaçado realizar intervenções na empresa e zerar os impostos dos combustíveis e do gás de cozinha.
Em uma vergonhosa nota enviada à imprensa pela Federação Única dos Petroleiros (FUP), a entidade sindical filiado à CUT, afirma que “a mudança na direção da empresa gera dúvidas, mas pode ser uma chance de retomada do papel da Petrobras como motor de desenvolvimento do país, desde que a política de preços seja alterada”. O recuo da greve da categoria por parte do Sindipetro-Bahia e a capitulação da FUP aceitando a manobra de negociação da estatal e apontando uma possível apoio ao general interventor, são a demonstração mais “cruel” do papel nefasto jogado pela burocracia sindical da esquerda reformista.
As privatizações dos segmentos em curso na Petrobras se configuram como o maior ataque já sofrido pela empresa, possivelmente é o maior ataque a qualquer estatal desde a privatização da CSN por Itamar Franco e da Vale do Rio Doce por FHC. É necessário que a vanguarda classista da categoria petroleira, supere as orientações de paralisia e traições tanto da FUP como da falsa alternativa de direção FNP, que na prática tem atuado como um braço da Lava Jato no interior da empresa. O momento é de se organizar e deflagrar a greve geral da categoria, incluindo os terceirizados, os quais a burocracia sindical tem total desprezo. Somente com uma Petrobras 100% estatal e sob o controle dos operários e trabalhadores, a empresa poderá cumprir seu papel estratégico em defesa da soberania nacional e dos direitos da maioria da população!
