quarta-feira, 10 de fevereiro de 2021

PABLO HASÉL: POR UMA CAMPANHA INTERNACIONAL EM DEFESA DA LIBERTAÇÃO DO PRESO POLÍTICO DAS GARRAS DO GOVERNO SOCIAL DEMOCRATA ESPANHOL!

O caso do rapper, Pablo Hasél, obrigado a cumprir pena de prisão efetiva pelo crime de injúrias à Coroa e às instituições do Estado burguês espanhol, a partir de uma canção no Youtube e dezenas de tweets publicados na sua conta, exige uma firme posição da esquerda revolucionária em sua defesa.O governo espanhol, encabeçado pelo PSOE e integrado pelo Podemos, anunciou uma reforma dos crimes de opinião depois que 200 artistas mundiais criticaram a prisão de Pablo Hasél, mas as “letras minúsculas” do decreto indicam que atrás da medida há uma operação de “guerra de informação” contra o direito à liberdade de livre expressão no país.

O termo distopia foi cunhado no final do século 19 por John Stuart Mill em oposição ao termo utopia criado por Thomas More, seria "uma utopia negativa onde a realidade ocorre em termos antagônicos aos de uma sociedade ideal”. As distopias estão localizadas em ambientes reacionários, enquadrados em sistemas políticos formalmente democráticos, mas onde a elite dominante capitalista(establishment) acredita estar investida do direito de invadir todas as áreas da realidade nacional com seus próprios valores conservadores e autoritários, este parece ser o caso atual da Espanha.

A liberdade de expressão na Espanha está morrendo diante da nova ofensiva repressiva do Tribunal Nacional que restringirá a liberdade de expressão ao ponto do paroxismo por meio da imposição sistemática de multas estratosféricas e cujo penúltimo episódio seria a próxima entrada do rapper Pablo Hasel na prisão por suposta " crimes de glorificação do terrorismo e insultos à Coroa ”. Detalhe, isto tudo ocorrendo nas “barbas” do governo que se diz socialista de Pedro Sanchez.

A referida cruzada retrógrada teria o Tribunal Nacional e o Supremo Tribunal Federal como executores de “armas” do falecido regime ditatorial de Franco, tribunais que seriam controlados pelo chamado “clã dos políticos”, nas palavras do ex-presidente do Supremo Tribunal Federal, Ramón Trillo e cujo objetivo declarado seria a implementação da chamada Doutrina Aznar que teria como objetivo final “criminalizar grupos e entidades que são indisciplinados e refratários à mensagem do estabelecimento dominante do Estado espanhol.

A mencionada deriva “involucionária” do franquismo policial tardio do Estado espanhol está sendo protegida pela "espiral do silêncio" dos grandes meios de comunicação, sejam da mídia corporativa privada ou pública.A esquerda revolucionária internacional não pode se omitir diante deste verdadeiro atentado as liberdades democráticas que está em curso no Estado espanhol, o mesmo que se reivindica tão cioso na “defesa da vida e da ciência”, quando trata de seguir as draconianas normas repressivas, orientadas pela OMS. É urgente que o movimento de massas, empunhe no mundo todo a bandeira em defesa da liberdade de Pablo Hasél, preso político do governo “socialista” do PSOE e Podemos.