segunda-feira, 15 de fevereiro de 2021

EFEITOS NEFASTOS DO “CONFINAMENTO SOCIAL” NA PANDEMIA: TRANSTORNOS PSICOLÓGICOS DISPARAM ENTRE OS TRABALHADORES... CRESCEM AS DOENÇAS MENTAIS INCREMENTADAS PELA PRESSÃO DO “HOME OFFICE”

Um balanço do ano de 2020, marcado pela pandemia do Covid-19, revela que a concessão de auxílio-doença e aposentadoria por invalidez devido a transtornos mentais e comportamentais bateu recorde em 2020, somando 576,6 mil afastamentos, segundo dados da Secretaria Especial de Previdência e Trabalho, uma alta de 26% em relação ao registrado em 2019. O aumento indica o efeito da crise do coronavírus sobre a saúde mental dos trabalhadores. Desde o início da pandemia do Covid-19, um vírus modificado em laboratório para impor a nova ordem mundial a serviço da capital financeiro, o Blog da LBI vem denunciado a relação direta entre o confinamento social irracional e o aumento dos afastamentos dos trabalhadores do serviço por doenças psicológicas graves, os números demonstram que o terror sanitário imposto pelos governos burgueses e a OMS a serviço da Big Pharma está afetando seriamente a saúde física e mental da classe trabalhadora.

No caso do auxílio-doença, os afastamentos por causa de transtornos mentais, como depressão e ansiedade, registraram a maior alta entre as principais doenças indicadas como razão para o pedido do benefício. O número de concessões passou de 213,2 mil, em 2019, para 285,2 mil, em 2020, aumento de 33,7%. O número de aposentadorias por invalidez concedidas em decorrência de problemas mentais também subiu de 241,9 mil para 291,3 mil de 2019 para 2020, um aumento de 20,4%. 

Nos dois tipos de benefício, os números de 2020 são os maiores da série histórica, iniciada em 2006. No caso do auxílio-doença, o governo nunca havia registrado um crescimento anual tão intenso. De 2018 para 2019, por exemplo, o aumento na concessão de benefício por transtornos mentais havia sido de 2,03%. 

O percentual de crescimento superou a alta nas concessões decorrentes de problemas classificados como osteomusculares e do sistema conjuntivo, como dores na coluna, artroses, lesão por esforço repetitivo (LER) e gota, entre outros, que estão na segunda colocação do ranking. Neste caso, o aumento foi de 28,8% entre 2019 e 2020.

A alta da concessão de auxílio-doença decorrente de transtornos mentais também superou a campeã da lista, que são as lesões causadas por fatores externos, como acidentes. Neste caso, tanto os benefícios de auxílio-doença quanto aposentadorias por invalidez registraram queda no ano passado, na comparação com 2019. 

Em resumo, os trabalhadores estão adoecendo mais, e a tendência é que isso se repita nos próximos anos. Além de toda apreensão envolvendo a pandemia em si, com chantagem em torno da vacina e das mutações do vírus, o sistema de produção mudou com as novas tecnologias e a consolidação do "home office", que incrementa a exploração capitalista. O trabalhador está hiperconectado e pressionado, as jornadas se tornaram ainda mais exaustivas. 

As mudanças na área tecnológica que já vinham acontecendo por exigência das grandes empresas se aceleraram com a pandemia que usaram a “oportunidade”, como aconselha o Fórum Econômico Mundial, para incrementar os ritmos de produção, trabalho a fim de exponenciar seus lucros. 

Além de ansiedade, depressão e síndrome do pânico, entrou no ranking de consultas problemas de adaptação ao "home office", incertezas sobre o futuro e questões relacionadas a morte e luto.

Raquel Varela, historiadora, investigadora e professora universitária, especialista em história do trabalho, condições de trabalho, movimento operário e história europeia do século XX. caracteriza o “Teletrabalho” (Home Office) que os trabalhadores em geral estão sendo obrigados a fazer como “uma contrarrevolução que transforma o lar em uma tortura”. 

Com base nos seus estudos ela alerta que “Não chamaria de revolução trabalhista, mas de contrarrevolução, porque a gestão do teletrabalho é dramática. Quando mais precisávamos de trabalho coletivo, em equipe, criativo … Estamos devolvendo as pessoas às suas casas, transformando trabalhar em uma casa aconchegante, mas nossa casa aconchegante é uma tortura para o trabalho. A fronteira pública e privada desaparece e a demanda por trabalho se intensifica. O que acontece com o teletrabalho é uma intensificação dos lucros das empresas, pois reduzem os custos imediatos e invadem a casa das pessoas”.

O remédio do “confinamento social” é muito pior do que a doença do Covid, além de diminuir a imunidade das pessoas e ainda aumentar a carga viral. O confinamento multiplicou os feminicídios, suicídios, a depressão, o vício em bebidas e drogas e, com ele, as overdoses, as mortes e assassinatos, enfim o avanço da barbárie social. 

O proletariado deve denunciar o terror sanitário como parte das barbaridades próprias do capitalismo senil no contexto da pandemia de Covid a ser liquidado pela ação consciente da classe trabalhadora, com independência diante da burguesia e seus agentes!

Como alertamos, a esquerda reformista se transformou em porta voz da Big Pharma, gritando em nome de uma falsa e corrompida ciência de mercado, para as massas se trancarem em casa e não lutarem nas ruas em defesa de suas precárias condições de vida atacadas pela crise capitalista!

A pandemia da “Quarentena Global” tem exatamente esse “desenho”: estabelecer os ritmos da produção por uma justificativa sanitária, espalhando o medo da morte e contaminação para determinar o que e quando pode funcionar. Essa política da governança mundial do capital financeiro, se impôs por cima dos Estados nacionais, sempre é claro privilegiando o funcionamento do cassino bursátil, que obviamente não entrou em lockdown algum.