BRUTAL REPRESSÃO NA BÉLGICA: 500 PRESOS EM BRUXELAS POR LUTAREM CONTRA O CONFINAMENTO SOCIAL IMPOSTO PELO FASCISMO SANITÁRIO
Apesar da proibição, manifestações anti-lockdown foram realizadas em quase toda a Europa durante o fim de semana. Na entrada da estação central de Bruxelas, na Bélgica, verificou-se a maior concentração, na qual, com a ajuda de altofalantes, os manifestantes gritaram palavras de ordem contra o confinamento social, o terror sanitário e apelaram à "liberdade". Em resposta, a polícia prendeu ontem 488 pessoas em diferentes pontos da capital por comparecerem a eventos convocados contra as medidas autoritárias aplicadas na Bélgica a pretexto do coronavírus.
Sob o pretexto de combater um “vírus letal” e “defender a vida e a ciência”, os governos burgueses da Europa estão desencadeando uma brutal ofensiva contra os direitos de organização e liberdades democráticas conquistadas pelo proletariado na derrota do nazifascismo em 1945.
Como se sabe muito bem, o objetivo de qualquer toque de recolher é tirar as pessoas das ruas para estabilizar a situação política após um golpe de Estado. Claro, o direito de manifestar deve desaparecer, porque não é quem quer se manifestar, mas quem está autorizado pelo regime a permanecer com “salvo conduto”.
As concentrações, em que não houve incidentes, tiveram lugar nas proximidades das três principais estações ferroviárias de Bruxelas (norte, centro e sul), bem como na zona Atomium. A polícia preparou uma grande operação repressiva nos pontos onde sabia que os manifestantes poderiam se reunir. Na Holanda, a polícia prendeu 34 pessoas ontem em duas manifestações em Amsterdã e Apeldoorn contra o toque de recolher, embora ambas tenham ocorrido em um clima muito diferente da tensão que levou aos motins no último fim de semana.
Em
Viena, cerca de 10.000 pessoas foram às ruas para protestar contra as
restrições impostas, apesar do fato de que a manifestação foi proibida. Na
Hungria, a polícia dispersou uma manifestação de trabalhadores de hotéis e
restaurantes exigindo a abertura de estabelecimentos, violando a regulamentação
que exige que esses estabelecimentos prestem serviços apenas para levar ou
entregar em casa.
Entre os contestatários às medidas de confinamento estavam
muitos adeptos dos cinco clubes de futebol do país, da região da Valónia e da
Flandres. O país decidiu recentemente proibir viagens "não
essenciais" de e para o seu território, até 01 de março. Os belgas
estiveram parcialmente confinados durante três meses, com escolas abertas, mas
vários setores de atividade fechados, incluindo as atividades desportivas.
Desgraçadamente a esquerda reformista vem se perfilando com a repressão sanitária, apoiando as medidas de supressão de direitos democráticos e de organização política da classe operária. É o sintoma político de que estas direções traidoras já se passaram há muito tempo para o campo de classe da burguesia.
A farsa da pandemia vem servindo é claro para quebrar a coluna vertebral da organização política das massas, em um período onde a crise agônica do capital exige o máximo de extração de mais-valia e ataque as conquistas históricas dos trabalhadores.