ALEXEY NAVALNY CONDENADO POR FRAUDE: O XENÓFOBO FASCISTA RUSSO, LIGADO AOS SERVIÇOS DE ESPIONAGEM DO REINO UNIDO É O “NOVO QUERIDINHO” DA ESQUERDA REVISIONISTA
O milionário Alexey Navalny, com documentada conexão de ligação com serviço secreto do imperialismo inglês, e que impulsiona uma “nebulosa” militância xenófoba nazi-fascista na Rússia para se travestir, nos últimos tempos, de “opositor democrata”, foi sentenciado na última terça-feira a cumprir os 2 anos e 8 meses que faltam de sua condenação de 2014 por fraude financeira contra duas empresas, uma delas a marca de cosméticos francesa Yves Rocher Vostok, de US$ 400.000 (equivalentes a 30 milhões de rublos). A empresa é subsidiária russa da Yves Rocher. A fraude consistiu em superfaturamento usando a empresa de transportes Glavpodpiska, de sua propriedade. Navalny voltou às barras do tribunal em Moscou por violar a condicional, ao não se apresentar regularmente às autoridades judiciais, como determinava a suspensão de sua pena e a permissão para cumprir em liberdade condicional. A decisão de determinar o regime fechado foi do Tribunal da Cidade de Moscou.
O juiz considerou “insuficiente” a desculpa alegada por Navalny
para descumprir a determinação legal, o que o levou a converter a sentença
suspensa em real. O autodenominado “ativista anticorrupção” foi originalmente
condenado a três anos e meio, mas já cumpriu quase dez meses em prisão
domiciliar.Na época, Navalny recebeu uma pena suspensa por cinco anos,
posteriormente prorrogada por mais um ano. A pena deveria expirar em 30 de
dezembro do ano passado. No entanto, Navalny foi convocado pela autoridade
judicial e não apareceu, já que não estava no país, e por isso foi declarado
pessoa procurada. Navalny partiu para a Alemanha, se dizendo convalescente de
um suposto envenenamento na Sibéria em agosto passado, mas relatório de
dezembro dos próprios médicos berlinenses demonstrou que ele estava recuperado.
Portanto, no entender das autoridades judiciais russas, tinha plenas condições
de comparecer às autoridades.
A contestação de Navalny, alegando que não estava apto para
retornar à Rússia até meados de janeiro, não foi aceita. Apesar de que o que
vinha a público era que ele não se sentia bem para comparecer ao tribunal e, no
entanto, estava ótimo para produzir, em pessoa, em um estúdio alugado por uma
produtora norte-americana, aquele sofisticado e mentiroso vídeo sobre o
“palácio de inverno” de Putin.O vídeo exibia um cassino fake, uma haste de pole
dance fake e outros detalhes que, certamente, exigiram muito tirocínio do
‘freedom fighter’. Aliás, um comentarista observou que ele ainda está por
esclarecer como foi que o “paciente russo e seus companheiros foram capazes de
viajar pela Alemanha durante um lockdown rígido. Ou, ainda, porque uma
produtora norte-americana pagou o aluguel do estúdio no interior da Alemanha.
Representantes de várias embaixadas estrangeiras foram até o
tribunal manifestar apreço pelos bons serviços de Navalny. Uma longa fila de
carros com chapas diplomáticas se formou fora do tribunal. Nos últimos dois
finais de semana, adeptos de Navalny foram às ruas em várias cidades russas,
exigindo sua libertação, o que deverá se repetir. A parte essa condenação, ele
tem uma avantajada ficha corrida criminal.
As autoridades russas registraram sua Fundação Anticorrupção
FBK como “agente estrangeiro” pelo fato de receber dinheiro de governos e
parceiros estrangeiros. É de 2007 o famoso vídeo em que o ‘jovem Navalny’
compara imigrantes muçulmanos a “baratas” e aconselha tratá-los a bala, caso
falhem as sapatadas e chineladas.
Em 2017, o Guardian britânico entrevistou-o sobre o caso:
“mas comparar imigrantes a baratas?”, questionou o jornalista. “Foi uma licença
artística”, disse. “Então não há nada que ele lamente?”. “Não”, ele diz de
novo, com convicção. Em suma, ele teve a oportunidade de renunciar às suas
opiniões de extrema-direita, mas se recusou.
Perfil de Navalny estampado pelo New York Times se referiu
ao famigerado vídeo em 2011: “Ele apareceu como orador ao lado de neonazistas e
skinheads, e uma vez estrelou um vídeo que compara militantes do Cáucaso de
pele escura a baratas. Enquanto as baratas podem ser mortas com um chinelo, ele
diz que, no caso dos seres humanos, ‘eu recomendo uma pistola.’” O NYT
completava, observando o desconforto dos neoliberais com tal figura.
Como assinalou Tickle, Navalny entrou na vida política em
2000 como parte do partido neoliberal Yabloko. “Apesar disso, tornou-se um rosto
familiar na ‘Marcha Russa’, um agrupamento de ultrachauvinistas, que exibiam
slogans como ‘Pare de alimentar o Cáucaso’ enquanto agitavam a bandeira
preta-amarela-branca do Império Russo”, registrou o articulista.
O Yabloco é aquela agremiação de neoliberais pró-americanos
detestada no país inteiro pelo desastre a que conduziram a Rússia sob a onda de
pilhagem do patrimônio estatal, mas que tem certo peso em Moscou. O partido que
acabou de expulsar Navalny “por suas inclinações de extrema-direita”. A liderança
do partido observou, mais tarde, que “a paixão por Navalny e a filiação ao
partido são incompatíveis”.
Também a BBC registrou o envolvimento de Navalny na ‘Marcha
Russa’, ocasião em que falou para uma multidão de 7 mil pessoas, atacando o
Kremlin. “Temos problemas com a migração ilegal, temos o problema do Cáucaso,
temos um problema de crimes étnicos”.Dois anos depois, em 2013, Navalny, então
com 37 anos, se pronunciou a favor dos pogroms raciais de Biryulyovo em 2013,
quando cerca de 1.000 nacionalistas atacaram nas ruas imigrantes da Ásia
Central.
Através de seu blog, ele atacou as “hordas de imigrantes
legais e ilegais” , mais uma vez usando suas imagens de animais como sua marca
registrada, descrevendo como eles “se arrastam para os bairros vizinhos”. De
acordo com a BBC, os participantes gritavam “Rússia para os russos!” e “Poder
Branco!”
Anos antes, em 2008, quando a Rússia impediu que o regime
colaboracionista da Geórgia massacrasse a Ossétia do Sul e a Abcásia – ação
que, aliás, cacifou Putin, Navalny chamou os habitantes georgianos de “grizuny”
– literalmente, roedores, em um trocadilho com a palavra russa para georgianos
– e sugeriu o disparo de um “míssil de cruzeiro” contra o Estado-Maior da
ex-república soviética.
Em outubro de 2020, em entrevista à Der Spiegel da Alemanha,
ele mais uma vez admitiu que ainda mantém as opiniões chauvinistas do início
dos anos 2000. “Tenho as mesmas opiniões que defendia quando entrei para a
política” , disse ele. “Não vejo contradição em promover sindicatos [da boca
para fora] e, ao mesmo tempo, exigir visto para migrantes da Ásia Central”.
Quem conhece seus vídeos sabe que não se trata apenas de “vistos”.Outro
episódio nebuloso de sua trajetória é seu paradeiro em um curso na Universidade
de Yale, o que depois serviria de trampolim para iniciar sua carreira
‘anticorrupção’.
Ele tinha saído corrido da região de Kirov, onde era
auxiliar de um governador, que foi condenado por corrupção, e onde se tornara
conhecido por seus vínculos com os neofascistas russos. Maria Gaidar, um
sobrenome ilustre entre os neoliberais russos e vice regional, intercedeu em
pessoa junto à embaixada norte-americana em Moscou e foi prontamente acertada a
providencial estadia nos Estados Unidos, quando os federais começaram a
escrutinar os fascistas da região. Voltou do curso em Yale com a fama de ter
publicado informações sobre uma empresa petrolífera russa, dando largada à nova
carreira de ‘caçador de corruptos’.
Quando se candidatou a prefeito de Moscou, Navalny deu uma
retocada na imagem, disfarçou um pouco mais sua xenofobia, mas jamais abriu mão
de nada, como relataria recentemente à mídia estrangeira. Em 2016, ele condenou
a proibição da marcha russa de extrema direita, escrevendo em seu blog que “os
nacionalistas estão mais sob pressão do que os liberais”.
Um entrevistado da RT, o escritor e blogueiro Eduard
Bagirov, descreveu quem eram os tais
“pressionados” das “marchas russas”. “Eram verdadeiras reuniões nazistas, onde
ziguezagueavam, carregavam consigo suásticas e entoavam os slogans apropriados.
Por exemplo, ‘Pare de alimentar o Cáucaso!’ – este era o programa de
Navalny”.Note-se que, na Rússia, país que tanto sofreu para derrotar os
nazistas, para alguém se identificar com a suástica, só sendo a escória da
escória da reação fascista.
Recentemente, veio à tona outro episódio da vida pregressa
de Navalny. A inteligência interna russa plotou um encontro, em 2012, do então
diretor-executivo da Fundação ‘Anticorrupção’, Vladimir Ashurkov, em um
restaurante, com um espião inglês lotado na embaixada inglesa em Moscou, em que
o representante de Navalny oferece os préstimos contra a Rússia e pede a ajuda
de Londres para as “denúncias da corrupção do Kremlin”.
“Se tivéssemos mais dinheiro, com certeza expandiríamos
nossa equipe. Quem gasta aqui … sei lá, 10, 20 milhões de dólares por ano em
apoio vai ver um quadro completamente diferente. E para aqueles com bilhões em
jogo, não é tanto dinheiro. Tento transmitir essa mensagem em minha campanha de
arrecadação de fundos, para transmiti-la aos líderes da comunidade
empresarial”, diz Ashurkov no vídeo. Está tudo gravado. Ashurkov agora está
homiziado no Reino Unido; outros dois auxiliares de Navalny também já tomaram,
faz tempo, providência semelhante.
A adesão consciente e programática da esquerda revisionista
do trotskismo ao Partido Democrata, uma das alas do imperialismo ianque, faz
com que embarque na campanha da Casa Branca contra o governo Putin, elegendo o
fascista Navalny, como o “novo herói da democracia” contra o autoritarismo russo...