1º DE MAIO VIRTUAL E CAMPANHA ASSISTENCIALISTA DA CONLUTAS: “DEFESA DA VIDA” AGORA É OS SINDICATOS FAZEREM “LIVES” COM BUROCRATAS E COLETAREM DOAÇÕES DE ALIMENTOS... NADA DE EXPROPRIAR OS CAPITALISTAS, LIQUIDAR O ESTADO BURGUÊS E CONTROLAR OS MEIOS DE PRODUÇÃO!
Neste 1º de Maio, a CSP-Conlutas e Intersindical farão um
ato virtual e uma campanha de doação de alimentos. Segundo a burocracia sindical
do PSTU “Quando o Estado não cumpre seu papel é necessário fortalecermos a
solidariedade de classe entre trabalhadores e os mais pobres. Não podemos
fechar os olhos diante da catástrofe econômica e sanitária imposta ao povo de
nosso país pelos genocidas Bolsonaro e Mourão”. Por essas linhas podemos ver a
pauta programática da Conlutas e do PSTU: substituir a luta pela expropriação
da burguesia e a liquidação de seu Estado, impondo pela via revolucionário o
controle dos meios de produção pela classe operária por campanhas assistencialistas
e “lives” com pelegos. Na era dos “atos virtuais”, a Conlutas é uma prova
concreta que a burocracia sindical abandonou a organização das massas contra o
capital, se nega a enfrentar os patrões com os métodos de luta da classe trabalhadores
(como ocupações de fábrica) e passou a doar cestas básicas para postar no Facebook!
Sob a camuflagem de “solidariedade de classe”, a Conlutas e o PSTU se associam as outras centrais como a CUT (que também vai coletar alimentos enquanto promove um ato virtual de 1º de Maio até com FHC) para amortecer a luta de classes com instrumentos assistencialistas próprios da política social-democrata, ineficazes para organizar a luta contra o capital e que “alimenta” métodos que atrasam a consciência de classe dos trabalhadores. Não por acaso, esses sindicatos se negam a ocupar as fábricas, como foi na Ford, Troller e agora na LG!
A luta direta pela expropriação dos capitalistas é substituída por acordos rebaixados e até mesmo as greves visam apenas buscar “melhores indenizações” e não
impor o controle operário e a estatização das empresas sobre o controle dos trabalhadores!
Segundo a Conlutas “Para salvar a vida de nosso povo já deveria ter sido decretado o lockdown nacional de 30 dias, com auxílio emergencial de um salário mínimo para todos que precisassem e garantia de emprego, assim como a vacinação gratuita para todos e todas sob o controle do SUS. Como acontece exatamente o oposto, vamos fortalecer nossa solidariedade de classe”.
Para alcançar esses objetivos o PSTU lançou no picadeiro do circo da
política da “Esquerda Lockdown” a nova piada de mau gosto: 1º de Maio virtual e a proposta de uma
“Greve Geral sanitária”.
Segundo os Morenistas “Só a ação da classe pode impedir o
genocídio... A única forma de parar esse genocídio é através de um lockdown por
30 dias, pelo menos. Algo que só será possível com um auxílio-emergencial de
verdade, que permita às pessoas, principalmente aos mais pobres, ficar em casa.
Enquanto isso, deve-se avançar na vacinação” (Editorial, 07.04).
Em resumo, o PSTU defende que os trabalhadores fiquem em
casa, morram de fome, esperando a vacina, esse é o conteúdo da fantasiosa
“Greve Geral sanitária”, um engodo demagógico distracionista que a burocracia
sindical da Conlutas propõe que seja adotado pelas outras centrais: sindicatos
fechados, ninguém nas ruas e o apoio a vacinação pela Big Pharma, um negócio
trilionário que vem enchendo os bolsos dos grandes laboratórios e que tem si
mostrado completamente ineficaz do ponto de vista do combate real a pandemia do
Covid-19.
Nesta “cruzada” pelo isolamento social rígido, o PSTU se
limita a reclamar da “timidez” dos governadores burgueses e da oposição: “Os
que se dizem de oposição não bancam um lockdown... No governo Doria, de São
Paulo, ou mesmo nos estados governados pelo PT ou PCdoB, predominam a
quarentena fake”. A “receita” apresentada pelo PSTU é ficar em casa e repetir
como papagaios os conselhos da Rede Globo e o que prescreve o Manifesto dos
banqueiros patrocinado pelo Itaú: vacina, distanciamento social e testes, nada
de aglomeração e lutas diretas! Enquanto isso, os grandes capitalistas vão
impondo ataques aos nossos direitos e conquistas, com as direções sindicais,
como a Conlutas controlada pelo PSTU, orientando os trabalhadores a não se
aglomerarem em lutas diretas contra o ajuste neoliberal orquestrado por
Bolsonaro, empresários e governadores.
Ainda segundo o Editorial do PSTU “As direções das centrais
deveriam estar organizando a classe em torno a esse programa emergencial... A
mesma coisa em relação aos partidos de oposição, que deveriam estar defendendo
essas medidas”. Agora os Morenistas assumem oficialmente a função de
conselheiros da CUT, da Força Sindical e vão além, apresentam essa pauta aos
partidos da oposição burguesa e aos governadores neoliberais como Dória,
integrando-se oficialmente como “ala esquerda” do chamado “Centro
Civilizatório”.
Ao contrário do que pregam esses revisionistas vulgares, o
lockdown é uma medida repressiva que atenta contra as liberdades democráticas
está diretamente vinculada a exigência do Banco Mundial e do Fórum Econômico de
Davos, para qual governos de todas as esferas só consigam escores positivos
para a contração de empréstimos em organismos financeiros multilaterais, no
caso de adotarem medidas duras de bloqueios e confinamento social.
Desgraçadamente o PSTU e a esquerda reformista se transformaram
no porta voz mais idiotizado da Big Pharma, gritando em nome de uma falsa e
corrompida ciência de mercado, para as massas se trancarem em casa e não
lutarem nas ruas em defesa de suas precárias condições de vida atacadas pela
crise capitalista!
A "receita" Morenista para combater a fome agora é
fazer um ato de 1º de Maio virtual, coletar alimentar e fazer doações... nada de expropriar os
capitalistas, liquidar o Estado burguês pela via revolucionária e controlar os
meios de produção! O PSTU e a Conlutas aderiram ao chamado “socialismo cristão” superado há décadas
pelo Marxismo!